IV - Cupido Uravity: Gravidade zero!

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Yey, VOLTEI!

Primeiramente, desculpem meu sumiço, realmente aconteceu muita coisa nesse cenário de pandemia e eu fiquei desmotivada. Mas não desistam de mim, agora eu voltei pra valer, juro! Já tô escrevendo o último capítulo 🤧 (ou penúltimo? Ainda não sei se vou ter que dividi-lo hihihi). Então a partir desse capítulo eu volto com força, só preciso esperar a beta linda e anjo salvador terminar de avaliar e betar os capítulos, agradeçam a Júlia por tudo!

E sim, eu mudei meu nome, e sim, eu sou mulher gente KKKKKK geral achava eu era menino, but no. Quem quiser saber os motivos da mudança, tá no mural.

E aliás, os últimos capítulos foram revisados após dicas da Ju, e eu fiz alguns acréscimos importantes, então recomendo a releitura pra quem quiser se inteirar mais com os sentimentos dos personagens.

É isso, desculpem essa senhora nota, obrigada por continuarem aqui e boa leitura :)

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Shoto soube que havia algo muito errado assim que acordou e sentiu o frio arrepiar seus pelos da nuca. As estações no Japão eram conhecidas por serem muito pontuais, portanto, não era comum aquela baixa temperatura em plena primavera. 

O jovem despertou de súbito, saindo do transe pós sono que sempre o prendia por minutos a mais na cama. Sentia um terrível aperto no peito que espantou toda a letargia da manhã. Na sua mão (que dormira embaixo do travesseiro) ainda estava a poesia que lhe fora tão acolhedora na noite anterior, bem amassada. Notou que vestia o uniforme, então apenas enfiou sua pequena relíquia no bolso enquanto pulava da cama, agitado. 

O sentimento de desespero aumentou quando seus pés sentiram a leve camada de gelo no chão. Estava presente por todo seu quarto, subindo em sutis veios pela parede, embora não tivesse ninguém ali no cômodo. 

Shoto correu com o coração na boca, imaginando se aquele homem teria feito algo com sua irmã. Se fosse isso, não responderia por si. 

Quando chegou na cozinha, observou da porta uma Fuyumi com os braços apoiados na mesa e rosto escondido entre eles. Seu corpo tremia, e Todoroki sentiu o sangue ferver ao assistir a cena. Porém, ao procurar ao redor, não viu sinal de Enji ou qualquer violência causada por ele — nada de copos quebrados, artigos de cozinha queimados ou móveis fora do lugar, apenas o gelo pelo chão e veios sutis pelas paredes. Seu pai não era o motivo do frio ou do choro. 

Andando devagar, Shoto se aproximou o suficiente para tocar o ombro da irmã gentilmente como poucas vezes fazia, atento a cada movimento e expressão dela ao levantar o rosto para encará-lo com olhos vermelhos e chorosos.

— O que aconteceu? — perguntou enfim, sem saber se realmente queria ouvir a resposta. 

Um longo silêncio se instalou, interrompido somente pelos soluços de Fuyumi. Apenas muito tempo depois a jovem Todoroki conseguiu força suficiente para responder o irmão caçula, com a voz mais quebrada do que nunca: 

— A mamãe... Ela está morta. 

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Izuku estava apreensivo, mal conseguia prestar atenção às aulas. Ninguém parecia ligar a mínima para a ausência de Shoto, mas Midoriya achava-a de extrema importância. Perguntava-se frequentemente entre uma aula e outra o que poderia ter acontecido, temendo que tivesse algo a ver com aquele homem abominável. 

Poeta anônimoOnde histórias criam vida. Descubra agora