ARIZONA ROBBINS
Assim que a porta bateu com força
E o silêncio que caiu
Foi tudo o que você me deixou(...)
— Bom dia, querida! – seus braços rodearam minha cintura e seus lábios tocaram meu pescoço – Esse cheiro tá muito bom. – sussurrou no meu ouvido
— Obrigada, acho que você vai precisar, né? – me virei ainda em seus braços.
— com certeza, preciso repor as energias. – deu um meio sorriso e beijou meus lábios.
— Tem suco, leite, café, panquecas, torradas e frutas. Fique a vontade – falei.
— Hum... – ela sentou e me chamou com o dedo – não vai me deixar comer sozinha, né? – seus olhos verdes tinha um brilho diferente.
— Claro que não. Vamos comer que daqui a pouco Ella tá chegando – soltei sem pensar, e fechei os olhos quando me dei conta do que tinha falado. Droga!
— Não quer que sua filha me veja aqui? – ela perguntou calma.
— Não é isso, Stella. É que... – passei a mão no pescoço.
— Não quer que Ella veja outra mulher que não seja a mãe dela, correto? Porque vai ficar um clima muito esquisito? Posso imaginar sua filha fazendo várias perguntas. – tentou descontrair – Não se preocupe, não tem porquê você fazer isso, entendo seu lado. O que a gente tem é apenas uma amizade com...
— Benefícios – falamos juntas, eu ainda tentava me acostumar com essa realidade inusitada pra mim.
— Você deixou claro quando começamos isso, e entendo. Eu já falei e vou repetir, eu só vou até onde você permitir. – sorriu. Stella era uma mulher muito compreensível, e de uma calma invejável. Ela entendia meu lado, e não forçava a barra.
Falando da minha filha, essa nunca tinha visto Stella, e não pretendia fazer tão cedo. Primeiro, porque não tinha necessidade, segundo, eu e a mulher não tínhamos nada sério. Eu jamais iria impor a presença de uma mulher na vida da minha filha, eu conhecia aquela criança como ninguém, ela agiria da mesma forma que age com a Erica. Então, para evitar esse tipo de situação constrangedora, era melhor ficar como estava. E, além disso, se Ella visse a presença de Stella sairia correndo para contar a outra mãe. Eu tentava evitar essa possibilidade também, não que eu estivesse fazendo algo de errado, mais não queria que Callie soubesse disse, apesar de saber que provavelmente ela já tenha visto a mulher entrando na minha casa, afinal, era impossível não notar tal movimentação, já que somos vizinhas, e acredito que ela não se importe com quem saio ou deixo de sair.
Como eu tinha prometido, estava dando espaço a ela. Depois daquele dia na casa da minha irmã, nos vimos algumas vezes, momentos rápidos, apenas olhares. Ela tentava não me olhar diretamente nos olhos, era com se tivesse com vergonha. Era apenas uma impressão que tinha. Se ela queria espaço, ela teria. Meu endereço ela tinha conhecimento, meus horários também, poderia aparecer a qualquer momento que estaria esperando por ela.
— Acabei. – limpou a boca com guardanapo – estava uma delícia como sempre. – sorriu
— Obrigada.
— Amanhã tenho um compromisso, um evento. Aceitaria ir comigo? – colocou as coisas sobre a pia e começou a lavar. Eu já tinha falado que não precisava ter esse trabalho, como sempre ela não me dava ouvidos. – é algo simples.
— Eu aceito. – respondi e vi a surpresa estampada em seus olhos
— Ótimo. – secou as mãos e me deu um beijo na bochecha. – até amanhã, se cuide. Tenha um ótimo dia, minha flor – pegou a bolsa e saiu soltando beijos.
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Uma Nova Vida - Constelação e o Florescer de Uma Primavera (Livro II)
Roman d'amourLivro II Nessa segunda parte da história, veremos conflitos e o desdobramento de uma linda história entre duas mulheres tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo. Intrigas, brigas, ciúmes, superação e amor. Vamos acompanhar os laços que une essa l...