Cap 13: Um Sonho Real?...

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Angie


Acho que machuquei minha cabeça, porque eu estou tão confuso com o que acabou de acontecer. Não parece que estou na minha realidade.


– Bom dia Angie. – disse um homem entrando no quarto, ele se vestia combinando. – Sou seu médico. Fico feliz que já tenha acordado, como está se sentindo? – perguntou.


– Hummm... acho que não estou no real... – falei confuso.


– Como assim Angie? O que aconteceu? – perguntou com calma.


– Aconteceu algo não normal. – falei olhando para o teto. – Acho que minha cabeça está doente. – tentei explicar.


– O que aconteceu de não normal? – perguntou o médico curioso.


– Meu Mestre me tratou diferente, disse coisas estranhas para mim. – Suspirei e olhei para o homem que me olhava como se eu fosse de outro mundo, bom, eu sou, mas é engraçado ver seu olhar. – Talvez meu mestre esteja doente. – pensei em voz alta. – Não tenho permissão para falar com pessoas estranhas. – refleti novamente em voz alta. – Desculpe senhor, não posso falar com você. – falei me encolhendo na cama, mas estremeci com a dor no meu abdômen.


– Fique quisto, seus pontos podem abrir se, se mover assim de novo. – Disse o médico profissional. Assenti e me endireitei na cama. – Acredito que esteja faminto, logo uma refeição será servida para você. Passo aqui mais tarde para ver seu estado de novo. – Finalizou o médico se retirando do quarto.


Fiquei observando o lugar perdido no que tinha acontecido a minutos atrás. Fico imaginando se foi real, e se foi o que devo fazer e esperar daqui para frente. Só sei que fechar os olhos e dormir é tudo que parece fazer sentido agora.


***


Acordei sentindo o toque quente em minha bochecha, abri meus olhos e meu mestre me encarava com olhar inquieto. Estava um pouco lento, tentei me sentar e meu mestre impediu.


– Você não pode fazer movimentos. Tem que ficar em repouso. – meu mestre falou sério. Concordei e fiquei imóvel na cama. – Precisamos ir para Ancor ainda hoje, pedi sua alta e o enfermeiro que veio na nave vai supervisionar você até chegarmos lá, a Doutora cuidará de você, temos mais recursos que os terrestres, então é possível você se recuperar muito rapidamente. Entende?


– Sim mestre. – murmurei sonolento.



– Agora você tem que se alimentar. – ele colocou uma bandeja cheia de comida na minha frente. – Não se preocupe, vou te dar a comida, fique quieto. – pediu. Isso é diferente. – Aqui, pedi que colocassem frutas para você. – Sorriu. Minha boca se abria no decorrer com que ele colocava o alimento na mesma, em pouco tempo já me sentia satisfeito. – Pedi para Valentin comprar roupas confortáveis para você usar na viagem e em Ancor.



– Obrigado Mestre. – murmurei.



– Descanse um pouco mais, quando Valentin e Liano chegarem eu te acordo para tomar banho e se trocar. – disse de modo sério, mas não sentia que era uma ordem como já estava acostumado.



– O senhor está diferente... – sussurrei. – O senhor está doente? – perguntei com nervosismo.



– Não Angie, não estou doente. Eu só quero tentar ser bom para você também. – Disse simples, mas suas maçãs do rosto ficaram um pouco rosadas. – Isso não é algo fácil para você e nem pra mim, mas você merece mais do que só meus esporros e minha raiva. – ele tocou meu rosto e se aproximou com sua boca e selou a minha. – E sempre amei sua boca doce. – sorriu olhando em meus olhos como se a escuridão e a hostilidade tivessem sido deixada no fundo e algo tivesse aflorado. Esse olhar me lembra alguém. – Agora descanse que temos uma viagem de volta para casa a noite. – ele beijou minha testa antes de partir do quarto e decidi me beliscar para saber se tudo isso era de verdade. Meu braço ganhou um hematoma e meus olhos queriam ficar fechados depois de minutos só ali.



Acordei com vozes amenas ecoando pelo quarto, abri os olhos e meu mestre, Valentin e Liano estavam conversando. Liano veio até mim quando viu que eu estava acordado, sentou na cadeira do lado da cama e sorriu para mim.


– É bom ver que está bem. – falou com sincera felicidade. – Trouxe roupas fofas, acho que elas vão combinar muito com você, e de queda são confortáveis. – finalizou animado.



– Obrigado Liano. – agradeci e sorri.



– Angie, vou chamar uma enfermeira e vou levar você para tomar um banho e fazer suas necessidades. – Meu mestre disse saindo do quarto.

– Fico feliz que já está bem recuperado Angie. – murmurou Valentin.



– Obrigado senhor. – falei timidamente.



– Oh, por favor, me chame de Valentin. – pediu caloroso.



– Desculpe, mas não devo tratar meus superiores de forma tão informal. – comentei de forma respeitosa.



– Entendo, mas sempre me veja como um amigo também. – sorriu conformado.



Logo em seguida mestre entrou com uma mulher baixa e de olhar doce, ela me ajudou a sentar na cama e me levantar, a essa altura Liano e Valentin já tinham se retirado do quarto, as antes Liano deixou uma bolsa com as roupas que trouxe para mim. A enfermeira tirou a camisola do hospital, estava nu e somente a parte da cintura estava enfaixada com curativo, quando fui andar em direção a porta do banheiro, o primeiro passo foi um pouco doloroso, Mestre me pegou no colo e me ajudou, me levando ao banheiro.


– Com o chuveirinho vamos te lavar da cintura para baixo, e o resto terá de ser com toalha umedecida. – explicou a enfermeira. Confirmei com vergonha de está tão exposto a humana.



A mulher bondosa me lavava com profissionalismo e delicadeza, não tinha malícia, mestre me lavava com uma toalha macia e quente do curativo para cima, eu só fiquei quieto e esperei aquele banho constrangedor acabar. A enfermeira saiu pouco tempo depois para que eu pudesse lavar minhas partes íntimas, o que mestre fez em vez de mim. Suas mãos lavaram meu bumbum e meu pênis com calma e luxúria. Quando o banho enfim acabou, mestre me enrolou numa toalha branca e felpuda, me levou para o quarto e me sentou na cama para me enxugar, tirou da bolsa que Liano trouxe um hidratante e passou no meu corpo sem nunca encarar meus olhos, ele parecia diferente e nada do homem sério e rígido que conheço. Ajudou-me a vestir um moletom branco com detalhes em preto de gatinho, o que eu amei. Uma cueca feminina branca e uma calça também de moletom. Me sentia confortável e adorável. Por último, mestre me colocou pantufas fofas e macias.




– Pronto Angie, vou chamar o médico para te dar alta. Fique quietinho aqui. – pediu, não mandou.



– Sim mestre. – respondi me encostando no travesseiro da cama.



Não demorou para que mestre voltasse com o médico e ele me liberasse, saí do hospital acompanhado de mestre, Valentin e Liano. Vi que ainda era dia e o sol brilhava intensamente aqui fora, mesmo com o ar frio, era uma coisa gostosa de admirar. Entramos num carro e seguimos para a casa de Valentin. Em menos de uma hora já estávamos estacionando em frente a casa bonita e grande. Entramos e fomos direto para sala de estar, como estava me movendo com lerdeza para os pontos da cirurgia não abrirem, Mestre me ajudou a andar e descer o pequeno degrau para entrar na sala, Valentin e Liano já estavam sentados e mestre quando chegou no sofá grande também sentou e como de costume ia me ajoelhar a seus pés.

– O que está fazendo Angie? – questionou Mestre me olhando com uma carranca.

– Me ajoelhando Mestre. – disse simplesmente.

– Sente-se ao meu lado. – ele suspirou. – Enquanto está se recuperando não faça o que está acostumado a fazer. Quero que fique bom logo, e se esforçando á está numa posição desconfortável não é a opção para isso. Venha, sente ao meu lado e deixe que eu cuide de você. – pediu com um sorriso medroso. Ele não mandou, ele pediu calmamente. Estou devidamente fora do meu universo ou coisa assim. Com cuidado me sento e fico tentando entender se acordei num sonho, bom, acho que estou ficando a cada minuto mais confuso com Mestre. – Você gostaria de dormir um pouco? Sente alguma dor na cirurgia? Quero que meu fale se sentir dor ou qualquer coisa. – Mestre soltou tudo como uma metralhadora.

– Estou bem Mestre, mas gostaria de deitar, estou um pouco sonolento. – pedi com cuidado.

– Vamos para o quarto. – falou me ajudando a levantar. Seguimos para o quarto e na cama estava Fast dormindo. – Gato folgado. – resmungou mestre.

Rí de Mestre disfarçadamente, ele me ajudou a me sentar na cama e Fast acordou, veio ate meu colo e Miou para mim. Beijei o tipo de sua cabeça enquanto via mestre sumindo no closet. Com pouco mais de um minuto ele voltou segurando um vestido de veludo, era roupa de dormir. Fast Miou aborrecido com a aproximação dele e saiu empinando o nariz rosado para ele. Dessa vez eu rí com vontade, o que fez minha cirurgia doer um pouco. Mestre revirou os olhos e me ajudou a tirar a roupa que eu estava e me levou ate o banheiro, fiz minha necessidade e logo ele me entregou o vestido, era confortável e fofo. Com ajuda me deitei na cama. Mestre deitou comigo e fez carinhos em meu cabelo, o que me deixou relaxado.

– Acho que estou vivendo em um sonho, e que quando eu acordar de verdade vou ver seu rosto me olhar com pura seriedade e me humilhar

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– Acho que estou vivendo em um sonho, e que quando eu acordar de verdade vou ver seu rosto me olhar com pura seriedade e me humilhar. – citei com o sono quase me abraçando.

– Eu sinto muito querido. – mestre sussurrou e beijou meus lábios me puxando para deitar em seu peito. – não é um sonho, eu prometo ser melhor. – suspirei uma última vez antes de cair em um sono bom. Mas antes eu pedi que quando eu acordar mestre não tenha mudado de novo.

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Oi gente. Desculpa pela demora de novo. Não se preocupem que amanha tem cap novo. 


Obrigada pelos votos e comentários. Continuem a participar comigo dessa 

jornada.Desculpa pelos erros que tem.


Beijinhos, beijinhos...

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