Chapter 1

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CHAPTER ONE



Cabelo, pronto. Maquiagem, pronto. Saltos, ainda vivos. Vestido liso, okay, tudo certo! Mas eu ainda sinto que to esquecendo de alguma coisa. Eu penso nisso tudo enquanto saio correndo pelo aeroporto indo em direção ao portão 15 pra esperar a chefia. Imagina se ele faz parte da Máfia Russa? Misericórdia, foco Anna Clara, foco ou você sai tropeçando por aí! 11h01min. Com 1 minuto de atraso eu chego à frente do portão para esperar o russo. Quando olho para os lados vejo pessoas segurando plaquinhas com nomes. Era isso que eu tava esquecendo! Logo vi que o japa ao lado já tinha encontrado quem ele procurava pedi a folha emprestada. Procurei qualquer caneta ou lápis na minha pequena bolsa, mas nada, encontrei apenas um batom. Vai ter que servir! E sim, eu decorei o sobrenome estranho do cara e escrevi na folhinha e segurei abrindo meu sorriso mais simpático. Quando as portas se abriram e aquela multidão de gente saiu, comecei a procurar algum homem de idade com cara de poucos amigos e "sou muito rico, não me toque". Mas não vi nada parecido. Vou esperar, na sorte, que ele me ache! 

— Com licença, senhorita - disse em inglês a perfeição do Olimpo parado na minha frente. Ele era loiro de cabelos compridos, olhos azuis, ombros muito largos, bem alto, com a cara mais sexy que eu já vi na vida. Vestindo uma calça social escura, um blazer e o cabelo preso num coque estranho, ele estava totalmente apetitoso. 

— Perdão, posso ajudá-lo? 

— Provavelmente, já que está segurando uma placa com meu nome! - O QUÊ? Brasil, que isso? Piada agora? Soltei um riso baixo. — Contei alguma piada, senhorita? 

— Não senhor, eu só não te imaginava assim tão - gostoso - jovem! Meu nome é Anna, serei sua intérprete durante sua estadia! - disse em russo e estendi minha mão para cumprimentá-lo. 

— Muito prazer. Será ótimo estar em sua companhia por tantos dias! - disse segurando minha mão e a beijando, fora o olhar de "Ian Somerhalder" que ele tá me dando. Ai Brasil, que homem é esse? 

— Devo levar o senhor para o hotel para se instalar. Sua primeira reunião é logo após o almoço, às 13 horas - comecei a andar em direção a saída e percebi que ele estava me seguindo. 

— Sim senhora. 

— Quer ajuda com as malas? – perguntei. 

— Jamais deixaria uma senhorita tão delicada como você levar as malas. Sou forte o suficiente para isso, mas obrigado! 

— Sim, forte o suficiente! - murmurei em português o medindo descaradamente. 

— Desculpe, o que disse? 

— Nada não, apenas pensando alto! 

Fomos até o carro que foi alugado para a locomoção do russo. E como sempre esse trabalho foi dado ao meu velho amigo Micael, que é motorista particular e sempre que estou com algum gringo de negócios é ele quem fica responsável pela nossa locomoção. 

— Mica! - dei um abraço rápido nele. 

— Anna! Quanto tempo! 

— E não é, menino? Como estão as coisas? Pegando muitas por aí? 

— Sempre! E você? 

— Ah, você sabe. Ainda na espera do gringo que vai mudar minha vida! - caímos na gargalhada até que ouvimos alguém tossir - Ah, me perdoe. Senhor Rachmaninov, esse é Micael, ele ficará responsável pelo seu transporte durante sua estadia no Rio. 

— Muito prazer, senhor! - disse Mica e inglês. 

— Igualmente - respondeu o russo com um aperto bruto, másculo. 

That Russian CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora