Chapter 7

20.5K 1.5K 81
                                    

CHAPTER SEVEN



Dimitri Yure Rachmininov

"Foi capturado o último e principal integrante da quadrilha responsável pelo roubo de 120 milhões de um famoso hotel na zona norte do Rio"

Consegui ouvir a mulher na televisão dizer. Eu mal conseguia abrir os olhos de tanto cansaço. Meu corpo inteiro estava dolorido. Pernas, braços, olhos, até respirar doía. Principalmente respirar! Consegui abrir os olhos e uma luz branca quase me cegou. O som de "bip" me indicava que eu estava num quarto de hospital. Já acostumado com a luz examinei o local. Como sempre, tudo branco e muito limpo. E ao meu lado, toda encolhida numa poltrona e segurando minha mão, estava Anna. Com uma aparência cansada e preocupada. Estava usando um moletom vermelho, o que me fez ressaltar do porque a chamo de meu morango. 

— Ela nunca sai daí! - disse Hugo entrando no quarto - Todos esses dias, ela não quis sair daí. E não foi por falta de tentativas de nós! 

— Dias? Há quanto tempo estou aqui? - perguntei confuso. 

— Hoje é seu quinto dia. Passou por duas cirurgias no pulmão, onde a bala se alojou. É um procedimento de muito cuidado e o mantemos sedado por esses dias. - disse enquanto me examinava. 

— Ela se machucou? Algum ferimento? - tomara que não! 

— Ela está completamente bem. Só tá insuportável por você. Fica me perguntando quando você vai acordar, quando você poderá ir para casa. Tem sido um inferno! - disse sorrindo. 

— Mas ela é a mulher que eu amo, e tomaria todos os tiros por ela. - acariciei sua mão. 

— Esta tudo okay. O senhor deve receber alta em alguns dias! Cuide bem dela, senhor Dimitri! - disse já na porta do quarto. 

— Eu vou, doutor. Eu vou! - acariciei seus cabelos e depois seu rosto e ela despertou rapidamente. 

— Hey linda! – eu disse calmamente. 

— Dimitri! - ela se levantou rapidamente e se debruçou sobre minha cama - Você tá bem, meu amor? - perguntou acariciando meu rosto. 

— Eu estou bem melhor agora! - me deu um selinho calmo - E o que a senhorita faz aqui? 

— Porque você realmente achou que eu ia te deixar aqui sozinho! Por favor, Dimitri! Assim você me ofende! - rimos um pouco, mas logo meu pulmão deu algumas pontadas e eu tossi. 

— Okay. Rir, nada bom! Eu fiquei tão preocupada com você! - disse com lágrimas nos olhos - Nunca me senti tão desesperada quando você desmaiou e eu vi o sangue. Nunca mais me faça passar por isso novamente, senhor Rachmininov! - disse fingindo estar brava. 

— Eu tomaria todos os tiros por você, meu morango! Não conseguiria viver num mundo onde você não existisse! 

— Oh, meu Edward! - rimos - Eu não quero te perder nunca mais! 

— Então você vai embora comigo! Nem adianta pensar no assunto! Eu não vou te deixar aqui, você não quer me deixar ir. Fim de assunto! Você vai trabalhar comigo, minha secretária pessoal, ou qualquer coisa! Eu voltei naquele dia exatamente com esse propósito! 

— Dimitri! Isso é uma loucura! 

— Loucura é eu ter que vir de tão longe pra achar um só morango pra chamar de meu! 

— Você sabe que "morango" é meio broxante, né? Mas você pode me chamar do que quiser! Eu sou sua desde o momento que você veio até mim no aeroporto! 

— Minha! - acariciei seus lábios com meus dedos. 

— Sua! - respondeu e nos beijamos profundamente. O beijo foi ficando mais intenso e os carinhos também. Gemi baixo quando ela beijou meu pescoço. 

— Não! Na Na Não! - disse se afastando de mim. 

— O que foi? - perguntei ofegante. 

— Conheço esse gemido e conheço esse olhar! Estamos num hospital, você foi operado duas vezes! Nem pensar! 

— Mas eu já estou quase de alta! - tentei puxá-la de volta nas não consegui - Vai ser rapidinho! 

— Dimitri, hoje não! 

— Tão injusto! - bufei frustrado. 

— Ai Deus! Era só o que me faltava! - puxei de volta e a beijei. 

— Eu te amo, meu morango! 

— Eu também te amo, meu amor! - nos beijamos ainda mais apaixonados do que antes.

~*~

Anna Clara Wood

E aqui estou eu, colocando as malas no carro em rumo ao aeroporto para me mudar par a Rússia. Quando eu ia pensar que isso ia acontecer? Se alguém me dissesse isso há algumas semanas eu ia rir muito da cara do indivíduo! Mas cá estou: me despedindo dos amigos na porta do hotel onde ficamos os tais 14 dias. 

— Vê se não se esquece de mim, viu piranha? - disse Jen me abraçando. 

— Como me esquecer da mais vaca de todas? - olhei para seu rosto cheio de lágrimas e beijei sua testa - Vê se não mata o Hugo, tá? - apontei com a cabeça para o mesmo que estava por perto. 

— Não posso prometer nada! - fui ao encontro de minha irmã, Ally, e a abracei fortemente. 

— Se cuida, tá? 

— Você também! - beijei sua bochecha. 

— Vamos, meu amor? - disse Dimitri me esperando com a porta do carro aberta. 

— Vamos sim! - acenei para todos e entrei no carro, com Micael dirigindo. Acho que não avisei, ele está indo conosco. Dimitri o contratou como motorista integral. 

País novo, casa nova, emprego novo, um novo amor, vida nova. E eu espero que a sorte que caiu sobre mim, também caia sobre vocês! 

That Russian CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora