Chapter 5 - Bônus

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CHAPTER FIVE - BÔNUS



Anna Clara Wood

— Eu não quero saber, Jonathan! Não me interessa de quem é a porcaria da culpa! Esse pequeno erro de digitação me custou meio milhão de dólares! Meio milhão, Jonathan! - berrou Dimitri passando a mão desocupada pelos cabelos. Ele estava furioso!

Estamos do 10º dia de reuniões e conferências e Dimitri já mostrava sinais de cansaço. Como não poderia? O homem trabalha 24/7! Ontem mesmo, acordei de madrugada com sede e o encontrei na sala analisando contratos e aquisições, deveria ser três e meia da manhã de uma segunda-feira que teria de acordar ás 7 horas. Ele não para! Daqui a pouco me aparece doente por aí. 

Mas não é nada disso que me preocupa ou deixa triste. Eu só o teria por mais quatro dias. Se alguém me perguntar vou negar até a morte, mas ele vai me fazer uma falta surreal! E eu possa estar, levemente- só uma hipótese- me apaixonando pelo Zeus logo ali! E eu só o teria por mais quatro dias, quatro dias! Sem tristeza e arrependimentos Anna! Faça esses quatro dias memoráveis na vida desse grandão! 

Dimitri andava de um lado pro outro na sala de conferências, agora eu poderia denominá-la como "Sala de Dimitri" porque ele vivia aqui! Dei a volta em sua cadeira principal e esperei ele terminar a chamada com seu secretário pessoal, Jonathan. 

— Eu não aguento mais pessoas incompetentes trabalhando pra mim! - disse ainda andando pela sala. 

— Grandão? - o chamei carinhosamente. 

—Tem horas que penso que logo terei um ataque cardíaco! - continuou andando e me ignorou. 

— Grandão? - chamei um pouco mais alto, mas ele continuava a andar. 

—Eu não aguento mais isso, Anna! Vou sair demitindo todo mundo! 

— Dimitri! - gritei e ele parou e olhou para mim - Vem aqui! - o chamei com o dedo e indiquei a cadeira e ele se sentou. 

— Juro que to a ponto de matar alguém! - coloquei sua cabeça encostada em meus seios. 

— Respira fundo. Fecha os olhos. Isso, muito bom. Agora respire fundo de novo - e ele foi me obedecendo e se acalmando - Melhor? 

— Bem melhor! - sorriu ainda de olhos fechados. 

— Tem mais alguma reunião ou conferência hoje? - perguntei calmamente alisando seus cabelos. 

— Não, essa foi a ultima! 

— Que ótimo, porque vamos sair! - desencostei da cadeira e peguei minha bolsa. 

— E pra onde vamos, senhorita? 

— Não pergunte, apenas me siga, senhor Rachmininov! - sai pela porta com Dimitri em meu encalço sorrindo. 

Dimitri estranhou quando eu o mandei me esperar do lado de fora do hotel e apareci com uma caminhonete, a mesma era de Mica que me emprestou. Entrou no carro e não fez nenhuma pergunta. O levei a um pequeno parque escondido da cidade, onde tinha um cinema ao ar livre. Fazia anos que eu não ia até lá. Estacionei o carro, descemos e eu fui até o porta malas para pegar dois colchonetes e uma mochila com comida. Estendemos os colchonetes e nos ajeitamos. 

— Okay, você realmente me surpreendeu com essa! - disse abrindo uma lata de refrigerante. 

— Eu adoro esse lugar! Vinha aqui quase todo dia depois da faculdade. Sentia saudades da minha mãe e vinha aqui pra arranjar algum outro motivo pra chorar. Teve uma vez que assisti Titanic 6 vezes em um dia, e chorei nas 6! 

— Seis vezes? Titanic? Isso sim é querer chorar! Teve uma vez que eu queria chorar assim, mas em vez de assistir Titanic eu dei um murro na parede e quebrei minha mão. Acredite, eu chorei! - deu uma risada baixa. 

— Você quebrou a mão pra poder chorar? - perguntei chocada e ele riu - Deus! Por que queria chorar? 

— Meu pai, ele morreu num acidente de avião quando eu tinha 18 anos. 

— Eu sinto muito, Dimitri! 

— Tá tudo bem. Eu estava triste, muito triste, mas algo em mim não me deixava chorar. Não consegui chorar nem quando eu recebi a notícia, nem no enterro, em nenhum lugar! E eu senti essa necessidade de expressar toda aquela mágoa, dor, dentro de mim. 

— E então você teve a brilhante ideia de esmurrar concreto? - perguntei numa tentativa de quebrar o clima tenso. 

—Quase isso. Nunca contei isso a ninguém. - me puxou para seu lado e me abraçou. 

— Nunca trouxe ninguém aqui. - me aconcheguei em seu enorme abraço. 

—O que você está fazendo comigo, morangão? - beijou meus cabelos. 

— Possuindo sua mente aos poucos? - ele riu abafando o som com meu cabelo. 

— Quase isso. Mas te garanto que não é só a cabeça de cima! - ele pegou minha mão e levou até sua ereção. Oh Lord! 

— Não no meio de tanta gente! 

— Então vamos! - me levantou e me arrastou até o carro - Não vou aguentar esperar até o hotel! 

— Você leu minha mente!

Fomos para o banco de trás da caminhonete e começamos a nos beijar. Dimitri desabotoou minha camisa rapidamente e eu retirei sua camiseta. Ele abriu o lacre frontal do meu soutien e abocanhou meus seios me fazendo gemer baixo. Arranhei suas costas, bíceps, barriga, aonde minhas unhas conseguiam chegar! Desceu suas carícias até o limite da minha calça e, praticamente, a arrancou de mim junto com minha calcinha. Começou a estimular minha intimidade e eu me segurei muito pra não gritar! 

— Dimitri! - arfei alto. 

— Sim, meu morango! 

— Eu te quero agora! Eu não vou mais aguentar! Agora, Dimitri! - implorei mais ofegante do que nunca. 

Dimitri se levantou, retirou suas calças, mas antes pegou um preservativo e o vestiu. Me beijou profundamente e me penetrou fundo. Ele cobriu meu grito com um beijo e começou a investir forte e rápido. Arranhei seu pescoço enquanto arfava em sua boca. Senti o orgasmo vindo com força e tentei segurar mais um pouco. 

— Deixe vir, meu amor. Venha pra mim, vem! - com um pedido desse ao pé do ouvido, como negar? Vim forte gritando seu nome e tremendo. 

— Oh Dimitri! - logo depois senti seu corpo convulsionar e ele desabar em cima de mim. Eu nunca vou me cansar disso! 

That Russian CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora