CHAPTER FOUR
Anna Clara Wood
Já estamos no 6° dia de reuniões e eu estou tentando resistir ao Zeus ali, porém é quase uma missão impossível. Eu disse quase. Estou conseguindo prevalecer a dois dias, porque no fundo, bem no fundo, eu acho errado ter esse tipo de relação com o meu "chefe". Totalmente contra as regras! Mas a filha da puta que inventou essas regras não conhecia todo aquele pecado! Vocês não estão entendendo o quê estou passando! Agora ele resolveu malhar por aí, no meio da sala, nu! Isso é a resposta para a minha "greve". E quando ele se sujou de chocolate e, por acaso, estava sem camisa? Quase sai correndo pra comprar navalha e cortar meus pulsos ouvindo Demi Lovato! Por que ele tinha que ser meu chefe?
Estávamos começando o sétimo dia de reuniões. A primeira já tinha acabado e estávamos nos preparando para a próxima. Eu organizava alguns contratos quando Dimitri derrubou sua caneta dourada no chão.
— Senhorita Wood? - me chamou no tom de superioridade mais sexy que existe.
— Sim, senhor? - me virei em sua direção.
— Minha caneta caiu - disse passando o dedo pelo lábio inferior.
— Sim. - o que diabos ele queria com isso?
— Pegue-a! - ele só pode estar de brincadeira!
— Me desculpe. O que? - perguntei indignada.
— Pegue a caneta - disse impassível sem nenhum rastro de humor.
— Você tá falando sério? - perguntei ainda sem acreditar.
— Senhorita Wood, pegue a caneta! - ainda indignada, mas ainda lembrando que ele era meu chefe, me abaixei de frente pra ele para apanhar a caneta.
— Não assim, senhorita Wood. Vire-se! - ele disse agora com os olhos brilhando maliciosos. Me virei de costas para ele e me abaixei devagar para pegar a caneta.
Minha saia social justa me ajudou a provocá-lo. Empinei minha bunda mais do que deveria e me levantei rapidamente. Mas quando me levantei, Dimitri colou seu corpo no meu abraçando minha cintura.
— Meu morango, já chega dessa frescura! Eu preciso te ter novamente! - disse acariciando meus seios.
— O senhor Rachmininov! - gemi e ele ofegou - Está na hora do seu almoço com o senhor Montenegro! - desfiz de seu abraço e caminhei até a porta - O senhor não pode se atrasar!
— Isso ainda vai ter volta, senhorita Wood! - disse baixo quando estava passando pela porta.
— Essa noite, talvez? - respondi no mesmo tom baixo não aguentando mais resistir a esse Zeus todo.
— Não me prometa aquilo que não irá cumprir!
— Oh senhor, eu irei cumprir! Definitivamente eu irei! - ele sorriu e se aproximou de mim.
— Hoje, o jantar é por minha conta!
— Eu prefiro jantar no hotel! Só eu e você. Com a cama perto o suficiente!
— Sim senhora! Vá para o Hotel, descanse e se prepare pra mim! Passarei o resto do dia com o Montenegro, então você pode tirar o resto do dia! - disse saindo da sala e andando pelo corredor.
— Okay. Senhor Rachmininov! - o chamei e ele se virou sorrindo - Prefere as pretas ou as vermelhas? - disse acariciando meu soutien por cima da regata de seda que eu usava junto à saia.
— Definitivamente as pretas, senhorita Wood! - me deu una piscadela e saiu em direção à Micael e ambos entraram no elevador.
Peguei as minhas coisas, tranquei sua sala e segui para o hotel. Peguei um taxi, já que Micael estava com Dimitri. No meio do caminho Jen me ligou.
— Hey linda! Estou no Rio e na frente do seu quarto de hotel. Onde diabos você tá? - disse Jen rapidamente.
— Eu tava na R&R. Já to chegando aí!
— Me encontra lá embaixo. Vamos sair pra almoçar. To varada de fome!
— Isso que a gorda sou eu! - no despedimos e logo eu estava na frente do hotel.
— O que você tá fazendo no Rio, mesmo? - perguntei a Jen em meio a um abraço.
— Cliente novo! E como vai o seu?
— Trabalhado na gostosura divina! Jen do céu, o que é aquilo!
—Imagino! Isso que só o vi por segundos e por webcam! Mas como vocês estão? - e então contei pra ela que ficamos juntos, que estou tentando resistir, mas que hoje eu diria foda-se e pegaria aquele Zeus!
Isso durou a viagem a pé até o restaurante que Jen escolheu. Quando chegamos à porta do restaurante, lá no fundo, sentado numa mesa quase escondida, estava Dimitri com uma vadia praticamente no seu colo e com a boca colada em sua orelha, provavelmente dizendo algo sujo. E eu reconheço essa vadia. É a secretária vadia do Montenegro do jantar beneficente! Aquela mesma que deu em cima dele. Vagabunda! E ele está rindo pra ela! Isso é nojento, completamente nojento!
— Eu não vou entrar aí, Jen! Eu não posso ver isso de perto! - sai praticamente correndo de volta ao hotel.
Não acredito que pensei em voltar a ter algo com ele! E se ele se encontrou com ela nos dias que estávamos juntos? E se eles fizeram coisas horríveis enquanto estávamos tendo algo juntos? Oh Deus! Eu vou matar aquele desgraçado! Ah eu vou!
Eram seis horas da tarde quando ele entrou em nosso quarto junto com o serviço de quarto trazendo nosso jantar. Dimitri veio me cumprimentar, mas eu fugi de seu contato e fui dar uma gorjeta ao entregador. Depois, ainda o ignorando, eu peguei meu jantar e fui até a mesa. Me sentei e comecei a comer, nem o esperei, nem olhei em seu rosto.
— Está tudo bem, meu morango? - ele perguntou beijando meu pescoço, logo desviei e continuei a comer sem respondê-lo.
— Anna? O que aconteceu? - perguntou sentando na cadeira a meu lado e eu continuei a comer. Nem sabia o que estava comendo, mas eu não dava a mínima!
— Anna, eu to ficando preocupado. O quê houve? - eu estava a ponto de matá-lo.
— Eu não sei, por que você não pergunta pra vadia que você comeu hoje? - levantei com tudo e fui colocar o prato de volta na bandeja.
— Vadia? Do que você está falando, meu morango?
— Não me chama de morango agora! Eu vi você no Dumma's hoje com a secretária do Montenegro sarrando em você! Não adianta se fazer de tonto! - minha respiração estava começando a falhar.
— Sarrando? Você estava vendo coisas, Anna!
— Cala a boca! Não fui só eu que vi! Você saiu com aquela piranha enquanto estávamos ficando juntos? - ele nada respondeu e minha respiração estava ficando pior- Responde!
— Mas é claro que não, meu morango!
— Não me chama de morango! - minha visão estava ficando turva e eu quase não respirava. Ai Deus, será?
— Dimitri, o que tinha na comida?
— Era risotto de camarão com ervilhas. Por quê? - oh não, camarão não!
— Chama uma ambulância agora! - conseguir dizer antes das minhas pernas cederem e eu cair.
— Anna? Anna! Fica comigo! - foi a última coisa que eu ouvi antes de desmaiar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
That Russian CEO
ChickLitLivro #1 : That Russian CEO •̃ CORRIGIDO! História indicada para maiores de 18 anos! Ser tradutora e intérprete é, de longe, o melhor emprego que eu poderia ter. É claro que tem seus dias ruins, como trabalhar 14 dias para uma multinacional para a a...