Capítulo 2

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Tim me espera escorado na parede em frente à sala, ele observa Jake andar emburrado corredor a fora.

- O que deu nele? – Pergunta se virando pra mim.

Tim é lindo de doer, tinha cachos dourados e olhos de um castanho meio dourado, é apenas uns cinco centímetros mais alto – não tenho que quebrar o pescoço para falar com ele – e tem um corpo muito impressionante para quem não faz nenhum tipo de esportes. Já fiquei sabendo de várias marcas chamando ele para ser o modelo.

- Acho que a professora não quis facilitar pro lado dele. – respondo e balanço a cabeça. – Tadinho, deve pensar que está num daqueles filmes colegiais onde todo mundo faz o que ele quer só porque é do time.

Ele ri e sai da parede, vamos caminhando para o meu armário.

- Você e suas comparações cinematográficas.

- Tente ficar na presença dos meus pais por um dia e não sair assim.

- Eu acho legal. – Ele da de ombros e eu lhe dou um sorriso, me viro para o meu armário e o abro. Começo a guardar tudo o que não vou precisar com bastante cuidado.

- Você me pediu ajuda, do que precisa? – Pergunto depois de uns instantes em silêncio.

- Preciso de ajuda em literatura, você é a minha última esperança Meg, ou acho que vou acabar de recuperação nas férias. E se isso acontecer, tchau, tchau Havaí!

- Acho que o Havaí pode sobreviver um tempinho sem você. – Brinco. Mas acho que ele não entende que é uma piada porque faz bico.

- Não seja tão malvada.

- Estou só brincando, eu vou te ajudar. – Fecho o armário e lhe encaro.

- Você é perfeita Megan! Nem sei como agradecer! Minha casa, quinta? – Balanço a cabeça afirmando. – Perfeito! Havaí que me espere. - Dou risada ao ver ele sair animado.

Hanna tem reunião com o comitê de organização e vai sair mais tarde hoje, então vou andando para casa, já que é melhor que ficar aqui esperando por umas duas horas.

- Meg, quer uma carona? – Clarisse me pergunta. – Tony e eu vamos passar perto do centro, podemos te deixar lá, não é na porta da sua casa, mas já é a metade do caminho.

Aceito sem nenhuma resistência, afinal, meio caminho é mil vezes melhor que o caminho inteiro.

Acaba que outros dois caras do time também precisam de carona e eu sou espremida no banco de trás. Sinto-me o recheio de um sanduíche ali.

- Estou me sentindo a Dory naquele balde de sardinha. – Falei ao entrar e me sentar entre os brutamontes, eles soltam aquele tipo de risada de quem achou graça mais não entendeu, apenas reviro os olhos.

Clarisse vai me contando do vestido que está pensando em comprar para a festa de aniversário de uma prima e eu vou opinando todas as vezes que ela se vira para me mostrar uma foto de vestido. Contudo, isso não parece o suficiente para entretê-la e de repente ela se lembra de alguma coisa e se vira para Tony.

- Amor, você devia nos apresentar mais gente do time, a Meg é amiga do Jake. E as outras garotas e eu só descobrimos isso hoje. – Ela matraca.

Tony me olha pelo retrovisor chocado, os dois brutamontes também me encaram.

- Amiga? – Os três perguntam embasbacados.

- Amiga? Clarisse! Eu disse que ele faz algumas aulas comigo. Nunca falei nada sobre uma amizade ou qualquer mínimo laço de educação que seja.

 O Último Final FelizOnde histórias criam vida. Descubra agora