prólogo

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Encaro todas aquelas pessoas ocupando o espaço central da minha casa. Todas da classe alta desses estado, até desse país, muito bem vestidos e exalando toda elegância e arrogância que vem de berço.

Passo meus olhos por todo o local e não encontro o que procuro, ela não está aqui.

— Brian, chega aí! — ouço a voz de Dom quando me chama. Eu desço as escadas e ando até ele que está acompanhando por mais dois homens — Rapazes, esse é Brian O'conner, meu sócio e cunhado. Brian, esses são...

— Chris e Jordan Marks — sorrio enquanto estico minha mão para apertar a deles — Um prazer conhecê-los.

Os homens falam algumas coisas, mas meus olhos voltam a correr pelo salão e procuram por aquela garota. Vejo o exato momento em que ela desce as escadas acompanhada de sua amiga loirinha. Sempre com aquele sorrio encantados nos lábios e um vestido que, puta merda, acaba comigo essa noite.

— Brian! — sou despertado por Dom — O que você acha?

— Sobre? — beberico um gole do meu whisky enquanto os encara.

— Ele está brincando — Dom solta uma risada — Nos vemos na segunda, parceiros.

— Até — Chris, o mais velho é o primeiro a apertar nossas mãos, seguido pelo irmão, então os dois se afastam.

— O que aconteceu aqui? — pergunto.

— Acabamos de marcar uma reunião para uma suposta parceria com a maior empresa de motores de toda América e você não prestou a atenção por que não para de olhar pra porra da minha sobrinha!

— Quem são aqueles garotos? — questiono, ignorando completamente aquele papinho dele.

— Lety deixou ela chamar uns amigos — ele menciona — Vê se não bate em ninguém essa noite, não sei qual desculpa inventar dessa vez.

Ele se afasta e eu permaneço no mesmo lugar encarando toda aquela palhaçada. Ela estava em uma mesa com mais duas de suas amigas e as outras três cadeiras ocupadas por meninos.

Tomo todo o líquido restante no meu copo e sinto que todo o álcool desse whisky de mais de quarenta anos não me ajudaria a disfarçar a raiva que estou.

Essa diaba sabe que não gosto que ela chegue no mínimo dois metros de um homem, ainda mais quando ele tem mais ou menos a sua idade, e mesmo assim ela chama esses manés pra cá todas as festas.

Deixo o meu copo em uma mesa qualquer e saio dali indo direto para o meu escritório. Tiro o paletó e a gravata, que já estava me sufocando. Sento na minha poltrona e pego um charuto, cortando a ponta e o acendendo. Pego mais whisky e bebo sentindo todo o ar do tabaco forte tomar os meus pulmões.

Alguém bate na minha porta e eu permito a entrada, logo a silueta dela aparece. Ela fecha a porta e bem até a frente da minha mesa.

— Tio Brian? — ela me chama. Sua voz baixa e manhosa me chamando desse jeito acaba comigo, e ela sabe disso — Eu falei com a tia Mia, mas ela disse que eu precisava falar com você...

— Diga o que quer, Louise — peço.

Ela anda até mim e se senta por cima das minhas pernas, passando seus braços pelo meu pescoço.

— O senhor deixa os meninos dormirem aqui hoje? — ela pede e eu aposto que percebe todas as sombras presentes no meu olhar — Por favor, eu disse que podíamos passar o dia na praia amanhã.

— E por que eles tem que dormir aqui pra isso?

— Já está tarde, tio... — ela faz um pequeno biquinho.

— Não — digo — E a minha resposta não vai mudar — ela suspira.

Ela se inclina e seus lábios deixam um pequeno beijo no meu pescoço. O meu corpo se arrepia por inteiro e o meu pau sente o impacto dessa carícia.

Eu deixo o copo em cima da mesa e agarro com força sua cintura, em sinal de alerta, mas ela não para. Ela continua e beija o outro lado do meu pescoço e então solta um gemido.

Eu sabia que era pra me provocar, ela gemia assim sempre que queria desmontar alguma barreira minha, na maioria das vezes conseguia.

— Sabe, titio, um daqueles garotos queria ficar comigo... — ela diz enquanto suas pequenas mãos passam sob meu peitoral e desabotoam os primeiros botões da minha camisa social branca — Falou a noite toda de como sou linda e os meus seios parecem ser suculentos.

Eu aperto mais forte sua cintura, sentindo ódio por ouvir aquilo.

— Mas sabe o que eu disse, titio? — ela olhou para mim. Suas unhas arranharam todo o meu ombros e então ela deu uma pequena rebolada em cima de mim — Eu disse que já tenho alguém. Um homem de verdade que me dá tudo o que eu preciso.

Ela ataca os meus lábios e iniciamos um beijo profundo e gostoso, como costumava ser. Sua língua pequena tinha um gosto de frutas, provavelmente pelo suco que bebeu a noite toda. Ela puxa os meus cabelos da nuca e se mexe ainda mais em cima de mim.

— E eu preciso que o senhor deixe eles dormirem aqui essa noite, tio... — ela pede.

Filha da puta!

Apago meu charuto, muito mão tragado e o largo pela mesa.

Agarro ela e a faço sentar em mim com as duas pernas a minha volta, o seu vestido sobe, exibindo boa parte de suas pernas.

Puxo ela para outro beijo. Agarro seus cabelos cacheados e os prendo na minha mão. Ela rebola mais em mim enquanto meu pau cresce ainda mais. Acho alucinante a forma que ela geme contra os meus lábios enquanto nós beijamos.

Ela se afasta só um pouquinho e toca o volume do meu membro, apertando com as suas mãozinhas.

— Senhor O'conner? — me chamam do lado de fora.

— Droga, é a Maria — ela murmura e sai imediatamente de cima de mim, arrumando sua roupa.

— Quero você às duas na sauna — aviso — Nem um segundo de atraso.

— Tá bom, titio — ela se inclina e beija a minha bochecha — Olá, Maria — ela beija o rosto da mulher assim que abre a porta, em seguida sai e eu faço sinal para a mulher entrar.

— Senhor, o senhor Toretto o espera lá em baixo — Maria avisa.

— Maria, prepare um quarto para esses amigos da Louise ficarem — peço — O dos fundo, bem longe do dela.

𝑀𝑖𝑎 || 𝐵𝑟𝑖𝑎𝑛 𝑂'𝐶𝑜𝑛𝑛𝑒𝑟Onde histórias criam vida. Descubra agora