Aligned | Adrien Agreste

22 | Change my mind

Oi, votem e comentem o que estão achando. Vou atualizar quando eu tiver tempo para escrever, que nem venho fazendo até agora. Podem deixar que vai ter atualização sim e não pretendo não terminar a fic, por mais que demore um pouco eu vou sempre atualizar até acabar!

Boa leitura,
- Júlia 🖤

- Eu acho que você está.

- Não estou! - ele diz sorrindo.

Ele sorrindo pra mim pela segunda vez em uma noite? Definitivamente bêbado.

- Argh - grunhi. - Muda a música. Não gosto dessa.

- Não gosta de Justin Bieber? - ele diz sarcástico. - Se eu me lembro bem você era fã dele. Já foi até em show...

- Alya!

Alya é fofoqueira demais.

- Sim. - Ele ri. - Você tem que tomar mais cuidado com o que você compartilha com ela, sei de mais uma ou duas coisas do seu passado.

O sorriso dele diz que eu devo me preocupar.

- Ah, não pense que você está a salvo com o Nino - seu rosto murcha. - Se eu não me engano, você chorou quando a Taylor Swift cancelou o show em Paris.

- E não sinto vergonha. - Ele cruza os braços me fazendo rir.

Adrien se joga na cama e limpa a boca de torta de limão no guardanapo que ele carregava. Pego o meu doce de chocolate, metade comido, e sento no tapete. Mergulho o garfo no doce e ele fica deitado na cama, olhando para a janela.

- O que você está vendo? - pergunto curiosa.

- Literalmente nada. Não sei porque você sente tanto ciúmes com esse quarto, a vista é péssima. O máximo que eu vejo daqui é o ponto de ônibus.

- Isso não é verdade - vou até ele na cama. - Você tem um péssimo senso de direção. Ali é o rio Sena.

- Você gosta daqui porque a vista dá para um rio sujo e fedido de Paris?

- Não, eu gosto daqui porque é o quarto que eu fico desde criança.

- Eu conheço a Chloé desde criança também, mas eu nunca pude vir para cá, alguma coisa a ver com uma rixa entre meu pai e o pai dela.

- Ah, eu lembro disso. Época que seu pai queria ser prefeito.

Adrien levanta a sobrancelha.

- Como você sabe disso?

- Eu era criança, não burra - falo de prontidão. - Toda vez que ligavam a televisão o assunto era esse.

- E no fim nenhum dos dois ganharam as eleições - ele gargalha. - Desculpa, não tem graça. É só que é diferente e meio anormal lembrar daquele tempo. Quando ela ainda estava aqui.

- Você tinha quantos anos mesmo?

- Oito? É, isso mesmo. Oito.

Uau. Não me recordava disso. É difícil para qualquer pessoa perder a mãe, independente da idade, mas oito anos? Ninguém deveria passar por isso. Principalmente porque ele não a perdeu de verdade, ela foi embora. A gente conversava sobre isso no primeiro ano.

- A gente nunca supera, sabe? - ele pensa em voz alta. Parece que está falando consigo mesmo, não comigo. - Com o tempo a dor melhora, passa um pouco até. Só que as memórias muitas vezes vão junto. Às vezes eu não me lembro do rosto dela. Não me culpo por isso também, minha memória nunca foi boa. Só sinto falta da minha mãe, mesmo sabendo que foi escolha dela ir embora.