Conto - Prazer

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O conto a seguir é classificado como +18, contendo cena de sexo e violência. 

Fazia muito tempo que Alexia não dava seu sorriso de satisfação

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Fazia muito tempo que Alexia não dava seu sorriso de satisfação. Passeou com os pés pelo colchão. Não tinha aberto os olhos ainda mas sabia que não havia amanhecido totalmente, deveria ser algo por volta das três da matina. Permaneceu com o sorriso e se recordou dos eventos de poucas horas antes. Enquanto as lembranças iriam se desenrolando na sua cabeça, a cada instante sentia a excitação sucumbir no meio das suas pernas.
Alan estava ao seu lado, sentia-o, ocupando a maior parte da cama de casal. Quem diria? Havia sim ficado interessada fisicamente por ele, mas achou que seria mais uma daquelas transas meia boca que você encontra em qualquer esquina, de fato não dá para julgar um livro pela capa...
Quando chegaram em seu apartamento/Studio nem deu tempo de tomarem uma bebida. Alexia elogiou o espaço e a decoração e mal terminou de falar quando Alan a lançou contra a parede. Seu corpo de 1,80 de altura cobrindo o corpo de Alexia que mal chegava no 1,65. Ele subiu a mão sobre sua coxa, levantando levemente a saia do vestido e sussurrou "Não aguento mais só te olhar" o coração de Alexia que estava aos pulos começou a se controlar assim que a boca de Alan encontrou seu pescoço. Os beijos dóceis foi excitando-a e deixando à vontade para entrar no clima das carícias. A mão dele se mantinha firme em sua coxa... Bruscamente Alan virou Alexia colocando-a de costas para ele, permaneceu com a mão em sua coxa e a outra colocou em seu cabelo, puxando-o para que sua cabeça tombasse para trás, mordiscou sua orelha e sussurrou de forma bem petulante "Sente isso?" empurrando sua ereção na bunda dela. Continuou beijando seu pescoço, diferenciando entre beijar, mordiscar e chupar. Com a mão que permanecia em sua coxa começou levá-la de encontro a sua virilha, massageando levemente a parte de dentro da coxa antes de adentrá-la ferozmente na sua vagina. Assim que os dedos dele fizeram contato com seus lábios vaginais, Alexia não conseguiu controlar o gemido que escapuliu de seus lábios. Alan sentiu sua excitação o que fez com que se sentisse à vontade para prosseguir com as estimulações. A mão que antes segurava o seu cabelo abandonou e desceu para tocar seu peito esquerdo por cima do vestido que logo foi removido para que pele tocasse pele, sem panos.
Continuou estimulando seu clitóris, Alexia sabia que naquela altura sua calcinha já devia esta encharcada, ele voltou a vira-la. Ela escutou o zíper dele abrir, mas seus olhos não desgrudavam um do outro, ela respirava sexo. O tesão passava de um olhar para o outro e Alexia até se aventurou em morder seus lábios em uma forma a demonstrar sedução, algo que dificilmente fazia.
A calça dele se juntou ao vestido dela, no chão. Pela primeira vez seus lábios se tocaram, o beijo foi se tornando mais intenso e então Alexia sentiu seus pés no ar, ele havia levantando-a, cruzou suas pernas envolta de sua cintura, sentindo seu membro duro raspar na sua calcinha de renda. Seus dedos estavam cravados na sua bunda, provavelmente aquilo deixaria uma marca, mas ela não se importava. Ele a lançou na cama, ambos estavam com a respiração acelerada. Agora ela podia dar uma bela olhada em seu membro e gostou do que viu, estava ficando realmente animada com aquilo. Ele ficou sobre ela, voltou a dar atenção aos seus peitos, instigando um com a mão e o outro com os lábios. Ela sabia como deveria estar encharcado lá embaixo, pois sentia o meio das suas coxas ferverem, implorando para que fossem explorados. Ele deveria ter ouvido sua preses, pois sua mão começou a descer, devagar... Encontrou a beirada da calcinha, brincou um pouco com ela e então se sentou na cama, encarando-a por alguns segundos.
- O que foi? – Alexia questionou, intrigada.
- Admirando sua lingerie, ela é muito bonita para ser só ignorada.
Puxou a calcinha para baixo e no mesmo instante abriu sua perna, assustando Alexia pela ferocidade, Alan sorriu e voltou a beijá-la enquanto voltava a tocar sua vagina. Brincou um pouco com seu clitóris fazendo Alexia arfar em alguns momentos e parando logo em seguida para provocá-la, depois seus dedos voltaram sua atenção para os lábios vaginais, tencionando-os um pouco mandando eletricidade para todo corpo dela. E quando Alexia já estava se acostumando com a sensação seus dedos entraram de uma vez só dentro dela. Alexia arqueou o corpo com a surpresa e soltou um gemido alto que foi abafado pelos lábios de Alan contra o seu.
Ele manteve um ritmo lento no início, aumentando gradativamente. As pontas do seu dedo faziam uma pequena pressão no colo do útero trazendo um prazer enorme para ela. O ritmo aumentou constantemente e Alexia já nem tinha mais força para gemer. Sua respiração estava entrecortada e seus olhos fechados. Ela só percebeu que estava sendo encarada durante todo o processo quando abriu seus olhos. Foi assaltada pela timidez que não durou muito tempo, pois segundos após seu primeiro orgasmo, enquanto ainda estava sensível ao toque, Alan já estava com sua língua sobre seu clitóris. Permaneceu com o ritmo da sua língua enquanto seus dedos também eram postos para trabalhar. Em poucos minutos a adrenalina da estimulação voltou ao corpo de Alexia, ela se agarrou aos lençóis, trocando em segurar os cabelos de Alan e segurar a beirada da cama enquanto arqueava o corpo. Achou que esse segundo orgasmo ia levar sua vida junto, pois teve quase certeza de ter visto o céu quando fechou os olhos, gemendo alto. Seu corpo tremia por todo aquele colapso de emoção que sentiu, Alan subiu de novo para beijá-la, sorrindo de satisfação.
- Primeiro um orgasmo e logo em seguida você gozou... Será que ganhei na loteria? – Ele voltou a beijar sua nuca, sua mão passeando pelo corpo de Alexia tentando acalmar seus músculos. Quando percebeu que seu corpo havia parado de tremer, Alan voltou abrir suas pernas para penetrá-la.
Dessa vez Alexia se manifestou. Prendeu suas pernas envolta da sua cintura e derrubou-o para o lado, montou em cima dele, olhou para seu rosto que expressava o susto e a curiosidade. Alexia sorriu jogando o cabelo para o lado para beijar seu pescoço, por impulso Alan levou suas mãos para agarrar a bunda dela, porém ela o impediu.
- Agora quem vai brincar sou eu.
Ela rebolou um pouco em cima do seu membro, sentindo sua rigidez roçar sua vagina. Ele suspirou, fechando os olhos.
- E se eu fizer isso? – Ela pegou-o com a mão, massageando levemente a cabeça, sentindo a lubrificação natural e espalhando ela por todo o membro. Depois conduziu-o, tocando seu clitóris com ele até chegar na entrada da vagina. Encaixou só a cabeça, sorrindo enquanto fazia. Depois entrou bem devagar, mantendo totalmente o controle. Novamente Alan não aguentou e levou sua mão a sua bunda. Alexia voltou a puxar seus braços, colocando os cruzados em cima da sua cabeça. Avistou seu xale que estava no chão, pegou-o e amarrou as mãos de Alan. Voltou a se sentar. Continuou provocando-o da mesma forma, até que finalmente se sentou bruscamente, enfiando seu membro totalmente dentro de si. Alan arfou e se contorceu para fazer com que seu quadril fosse a seu encontro, Alexia manteve o ritmo por alguns momentos e quando viu que ele estava chegando ao clímax, conteve. Alan murmurou por desapontamento.
- Calma babe.
Ela voltou a segurar o membro, saiu de cima dele e enquanto massageava-o para cima e para baixo em uma breve masturbação, passou sua língua pela cabeça e em torno dela, colocou parcialmente na boca, sugando para fazer uma pressão mínima, colocou então metade dele dentro da boca, sem parar a língua, enquanto chupava o membeo sua língua continuava mexendo dentro da boca. Manteve o ritmo em chupar e continuar com o movimento da mão no restante do membro. Em poucos minutos Alan havia voltado a arfar e quando Alexia decidiu que era suficiente voltou a sentar nele, rápido para que ele não perdesse o clímax.
Alan perdeu o controle e se soltou do nó frouxo que ela havia dado no xale, lançou a palma da mão na polpa da bunda de Alexia. O tapa fez barulho pelo apartamento, ele agarrou a bunda dela para manter o ritmo enquanto Alexia soltava uma breve risada. Ele a jogou para o lado, abrindo sua perna e metendo com rapidez. As estocadas eram precisas, rápidas e fortes. Alexia voltou a gemer, estimulando-o a não perder o ritmo, sua mão foi para seu clitóris para voltar a estimulá-la para ter a lubrificação natural. Quando percebeu que estava perto de gozar, retirou o membro e se masturbou por segundos. Alexia soube que ele havia gozado pois sentiu o líquido quente na coxa.
Ele se deitou ao seu lado, ambos arfando e depois de alguns minutos, adormeceram.
Alexia depois de se lembrar de tudo sentia que estava pronta para mais uma rodada, agora um sexo matinal para começar bem o dia. Apalpou o lado da cama atrás de si, não havia ainda virado para olhar para Alan, havia pensado em surpreendê-lo com um boquete. Tocou o lençol que estava bastante úmido, sabia que havia gozado, mas não tinha noção que tinha sido tanto.
O quarto ainda estava escuro, virou devagar para não o acordar. Ele estava virado para o outro lado, ela se sentou na cama e puxou seu ombro para vira-lo para a frente e ter acesso ao seu corpo para começar a estimulá-lo. A luz ambiente dificultava bastante seu alcance de visão, ela estava demorando um pouco para se acostumar com a falta de luz. Virou-o pronta para ver sua expressão de surpresa enquanto ela colocava sua mão no seu membro e...
Demorou um pouco para que sua visão se acostumasse, mas quando finalmente aconteceu Alexia conteve o grito de horror. Os olhos de Alan estavam fixo no teto e sem vida, e mais abaixo havia um corte imenso em sua garganta. Alexia percebeu mais horrorizada ainda que o lençol na verdade estava encharcado de sangue.
Alexia se lançou para o chão, segurando a ânsia de vomito. O terror deu espaço para medo. Ela sentia que tinha alguém ali, só podia ser isso. Sua mente voltou a pensar com clareza para salvar sua própria vida. Mas... Como? Como alguém mataria ele sem acordá-la? Deixou de lado as dúvidas, ficando atenta para qualquer movimento no escuro. Horas antes seu coração estava acelerado de prazer, agora estava de pavor.
Foi se afastando devagar em direção a porta. O apartamento era um Studio, não havia divisão nos cômodos a não ser no banheiro, quem tinha feito aquilo poderia estar em qualquer lugar...
- Por que está fugindo querida? Achei que queria brincar de provocar...
Alexia procurou de onde vinha a voz, mas seus sentidos estavam falhando com ela, o medo já contornava toda a situação. Brevemente pensou que o autor daquela voz abafada poderia ter observado os dois enquanto transavam, só esperando o momento para atingi-los. Mas por que não havia matado ela também?
Suas costas tocaram em algo e assustada ela se lançou para frente. Sentiu a faca encontrar sua carne do braço. A dor e o susto fez com que gritasse e tombasse para o lado. Não teve tempo de pensar. Levantou-se e tentou correr para a porta, mas uma mão agarrou seu braço jogando-a para trás. Não conseguia enxergar seu agressor, mas a poucos metros conseguia ver sua bolsa em cima da mesa... Seu celular... Novamente sentiu algo puxar ela e a força a lançou para o chão, não estava preparada então não conseguiu proteger seu rosto, sentiu o sangue encher sua boca e cuspiu seu dente da frente. Seu cabelo foi puxado deixando exposto seu pescoço. Sentiu a lâmina da faca na carne do pescoço, afiada. Não conseguia respirar. As lágrimas desceram sobre seu rosto.
- Como você deveria morrer?
Em um momento de lucidez, lançou sua cabeça para trás batendo em algo duro que fez com que o agressor largasse a faca. Isso daria tempo para ela. Correu até a porta e tentou abri-la. Trancada. As lágrimas de medo, dor e frustração saíram sem temor. Não conseguia enxergar nada pela escuridão e o choro não facilitava as coisas. Correu então em direção a mesa, era mais fácil encontrar sua bolsa do que seu celular. O alívio atingiu-a quando sua mão se fechou na alça da mesma. Correu em direção ao banheiro, não sem antes esbarrar em uma cadeira e quase se desiquilibrar. Não sabia onde estava seu agressor, mas com certeza havia recuperado a faca. Sentiu algo ser lançado em sua perna, a dor foi desconcertante, porém continuou correndo. Encontrou a porta do banheiro, abriu-a e fechou rapidamente, ouvindo um baque de alguma coisa batendo nela.
Tremendo pegou o celular na bolsa e ligou para a polícia. Mais um baque na porta fez com que ela voltasse a chorar muito, deslizou sentando-se no chão, com as costas encostada na porta. Mais um baque.  Ouviu alguém do outro lado da linha e no meio do choro conseguiu falar o que estava acontecendo. O terror de que eles achassem que fosse trote perturbava sua mente. Garantiram que estavam mandando uma viatura para o local. Houve mais um baque ainda mais forte na porta, jogando Alexia para frente pelo susto, mas a porta não cedeu. Depois tudo ficou silencioso.
Passou-se alguns minutos até que a viatura aparecesse. Era um bairro classe média-alta obviamente a polícia viria. Quando chegaram no lugar encontraram o corpo de Alan sobre a cama e Alexia no banheiro, tremia demais e quase não conseguia relatar o que havia ocorrido. No hospital ela havia fraturado um osso do pé e lesionado o joelho, além de ter vários hematomas, claramente de alguma luta corporal. O corte no braço tinha sido fundo e precisou de pontos. Na cena do crime encontraram a faca que havia sido usada como arma. Na perícia preliminar foi apontado que tinha sido a mesma arma usada para matar Alan. Durante meses a investigação prosseguiu, não havia digitais na cena e não houve arrombamento, mas Alexia havia confessado que na empolgação inicial deles, Alan poderia ter deixado de fechar a porta.
Sem novas provas, testemunhas ou imagem de segurança o caso foi arquivado, sem ser considerado latrocínio pois nada havia sido roubado, o que intrigava os investigadores. 
Alexia ficou dois anos sem sair com mais ninguém, tinha se traumatizado e constantemente tinha pesadelos sobre o caso. Mudou de estado e gradativamente, depois de muita terapia foi voltado a normalidade.
Custou quase três anos para que ela saísse de novo com alguém e decidisse ir aos "finalmente" com a pessoa.
Depois do sexo, novamente pegaram no sono, estavam em um hotel bastante movimentado, que ela mesma havia escolhido pois lhe trazia segurança...
Se encontrava encarando sua imagem no espelho largo do quarto de hotel, sorriu para si mesma, sua imagem no escuro em contraste com seus pensamentos igualmente obscuros.
- Esta pronta para brincar de matar? – A voz dentro da sua cabeça, perguntou-a.
Ela levantou a faca acima dos olhos e respondeu "sempre" e foi caminhando até a cama onde se encontrava seu companheiro. Dessa vez não precisaria se machucar como da última vez. Dentro de sua bolsa continha uma peruca, óculos escuros e sua nova identidade falsa. A única preocupação depois seria limpar o sangue do seu corpo.
Em um armário, dentro de uma pasta, bem escondido continha um laudo médico. Diagnóstico? Esquizofrenia.



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