Capítulo 2 : Quem É Você?

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Ela o olhou tão de leve e pediu um refrigerante, e derrepente alguém a chama:

- Ei? Está tudo bem? - Perguntou com a voz roca e profunda sentia uma pitada de tristeza no fundo dela.

- Oi? Estou, e vc? - Respondeu a garota para o peixe fora da água no seu lado.

- Bem... eu acho - Disse ele, mas sabia que se dependesse dela a conversa acabaria ali, então tornou a falar - Meu dia não foi um dos bons sabe?...

- Sei - Disse a garota de cabelos caracóis nem um pouco interessada no que dizia o rapaz.

- Qual o seu nome? - Perguntou ele

- Mary...

- Não vai perguntar o meu? - Disse ele um pouco esperançoso.

- Não, não estou interessada... caso contrário eu perguntaria primeiro - Disse a jovem já se levantando.

Ele parou e olhou em sua volta, concerteza ele não sabia qual nome inventar já que não poderia dizer que  simplesmente não sabia seu nome, ele avistou um pôster no bar... no pôster tinha um grupo de jovens chamado " One Direction", ele nem fazia idéia de quem era e nem quais eram seus nomes.

- Meu nome é Thomas... - Disse ele com a voz baixa.

- Qual? - Perguntou a moça.

- Carl... - Disse ele num tom de gato mais uma vez.

- Qual?

- Liam... - Disse ele mais uma vez.

- Fale mais alto! - Gritou a garota se estressando com a situação.

- Liam! - Gritou ele envergonhado.

- Eu nem ao menos lhe perguntei seu nome... por quê o disse? - Perguntou ela que tentava o comparar com o do pôster da parede direita, sem sucesso tentava.

- Porquê seria melhor se você soubesse algo de mim já que sei seu nome... - Disse o garoto com esperança.

Ela sai do bar sem ao menos olhar para trás, ele sai também porém ao invés de tomar seu rumo ele a segue. Ela olha para trás e o vê, e pensa consigo mesma - Será que ele vai me assaltar - A garota de cabelos caracóis acelera seu passo a ponto de sumir de vista, mas sem sucesso, ele era alto e rápido... e ela pequena e lenta, a cada passo que ela dava ele continuava a seguir sem sequer a perder de vista.

Assim que ela finalmente chega no seu apartamento, ela fecha a porta e tranca... Olha pela janela e o vê sentado em frente seu prédio. Ela seguiu ao banho e se assustou quando viu que seu chuveiro ainda estava quebrado:

- Droga, vou tomar meu banho assim mesmo!

Disse a baixinha totalmente estressada com sua situação:

- Talvez... eu devesse tentar - Disse ela talvez ficando maluca, nem sequer sabia varrer uma casa dirá arrumar o chuveiro.

No fim ela acabou deixando como estava e tomando seu banho ali mesmo, depois disso ela saiu para se trocar, algo tocou seu coração para olhar a janela de novo... Ele ainda estava lá sentado parecia ventar muito e estava frio, Mary disse:

- Ele não pode ficar lá... está ventando muito... - A compaixão bateu a porta de seu coração depois de 16 anos, finalmente havia lá a maldita compaixão - Não gostei desse novo sentimento... - Disse ela confusa e preocupada.

Desceu até o garoto, parou em sua frente e estendeu sua mão:

- Vamos? - Disse ela

- P-para onde?- Disse o garoto de cabelos escuros se tremendo.

- Para minha casa, vamos... - Respondeu ela o pegando pelo braço.

Ele se surpreendeu com sua reação, era como se uma pequena tartaruga tivesse saído do ovo e descobrindo o mar a sua frente, por algum motivo ele sabia que ela não era aquele tipo de pessoa... Sim, eu disse pessoa.

Ele subia as escadas atrás dela até chegar em sua porta, entrou ela ofereceu um café quente para ele se esquentar:

- Tem outras roupas? - Perguntou a pequena curiosa por conta de suas roupas encharcadas.

- Não... - Respondeu ele

- Você não tem nada? Sério? - Perguntou ela mais uma vez.

- Literalmente não tenho nada... - Respondeu o garoto quase caindo no sono.

- Como vai se secar? O chuveiro queimou, não tenho água quente... com o que irá se vestir? - Perguntou ela preocupada.

- Não sei.

- Você só pode estar de brincadeira com minha cara... aqui não tem nada para você vestir!... - Disse ela se irritando com ele.

- E-eu bem-m... eu não tenho nada. -Liam já nem sabia o por quê dele estar molhado, mas sabia que já tinha visto o rosto de Mary em algum lugar.

- Você lembra de onde veio? Sabe quem são seus pais? Tem amigos?

- Não, qual da parte de "não tenho nada" você não entendeu. - Realmente forçar ele a pensar parecia perigoso.

- Você pode usar os cobertores e dormir no sofá, amanhã verei como vamos resolver seu problema. - Disse ela se cansando.

- Obrigado... - Disse o garoto agradecido por ela ter o notado.

Ela nem gostava de pensar em possibilidades de ele a estar mudando, era estranho saber que depois de a aparição de um garoto misterioso que não sabe de onde veio a deixaria tão estranha.

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