Parece que tomei uma decisão um tanto impulsiva, mas eu estava conectado de alma ao Edward, ele era o meu destino, portanto não poderia fugir disso e só em pensar em deixa-lo, uma dor tomava-me o peito, como se meu mundo ficasse sem chão.
Ao lado dele as coisas pareciam ser mais leves, era como se a gravidade não me prendesse mais na terra e sim ele.
Minha família não entendeu bem quando cheguei às pressas, e nu, em casa para colocar uma peça de roupa e arrumar as malas alegando que iria fazer uma viagem de poucos dias com Edward. Pedi para que Sam pegasse a minha moto e a levasse de volta para casa, então me despedi rapidamente sem dar brechas para mais questionamentos.
Billy olhou-me com preocupação e disse que ansiava por me ver novamente mesmo que eu nem tivesse partido ainda.
O vampiro estava um tanto puto comigo pelo fato de eu ter amassado a lataria do teto de seu carro, mas justifiquei que foi por uma boa causa, então a discussão foi breve. Era ótimo estar no banco do carona do seu lado sentindo o frescor que o início de noite proporcionava.
Foram mais de oito horas de viagem ininterruptas, das quais eu cochilei por diversas vezes, até chegarmos em uma cidade que eu sequer sabia onde ficava, já que não prestei muita atenção no percurso.
- Onde iremos dormir? - Questionei.
Edward riu.
- Quer dizer, onde eu irei dormir. - Corrigi -Já tem alguma ideia?
- Aluguei uma chácara. Pela internet parecia bem aconchegante até. Ainda está cansado? - Deu uma breve olhadela - Você dormiu e acordou umas duas ou três vezes durante a viagem.
- Não mais.
Ouvi o barulho das rodas passando por cima das pequenas pedrinhas que haviam na pista de terra que dava até chácara. Ao chegar lá, era uma casinha de madeira com um pequeno jardim e um lago atrás, sim, realmente aparentava ser aconchegante.
Edward estacionou o carro, descemos e fomos até a entrada da casa, de onde saiu um homem baixinho e barbudo indo de encontro ao vampiro entregando-lhe as chaves.
- Boa noite, senhor Cullen, a casa já está arrumada e fiz o que você pediu. - disse.
- Obrigado. Bom fazer negócio com o senhor. - Respondeu cordialmente assentindo com a cabeça seguido por um sorriso sutil.
Ao entrarmos na casa, fiquei maravilhado com o ambiente acolhedor e rústico. A lareira já estava acesa, ela ficava de frente para os pequenos sofás, no chão havia carpete avermelhado, mesinha de madeira combinando com as paredes...
- Eu acho engraçada a forma que você fica bobo com a decoração dos lugares. - Disse Edward trancando a porta, então jogou as bolsas com nossos pertences no chão.
- Quando gosto de algo costumo a admirar mesmo. - Retruquei encarando-o com um sorriso sutil afim de que ele entendesse o recado.
Ele direcionou suas írises para mim e pôs a mão em minha nuca puxando-me para perto afim de que deixasse nossos lábios se tocarem. Aqueles dedos tão gélidos em minha pele que me levavam ao arrepio.
- Vou tomar um banho. Quer vir junto? - ele sugeriu e o canto de seus lábios se ergueram deixando-o com uma feição sacana.
- Eu até gostaria, mas preciso comer algo, Edward.
Logo o sorriso safado desapareceu.
- Tem na geladeira. Pedi para que o caseiro fizesse compras, pois sabia que você chegaria com fome após tanto tempo de viagem. - Pôs as mãos no bolso e caminhou pelo pequeno corredor da casa abrindo todas as portas, uma por uma, afim de encontrar o banheiro.
Enquanto ele ficava a tomar banho, peguei as bolsas que estavam no chão da sala e fui até o quarto guardando-as. Observar aquela enorme cama de casal aparentemente tão macia instigou em mim a vontade de me jogar e adormecer na mesma hora, porém, a noite estava apenas começando.
Fui até pequena cozinha que lá havia e peguei um pouco de água para me hidratar, então comi algo leve que fosse somente para sustentar o corpo. Resolvi surpreender Edward indo pé ante pé até o banheiro cuja porta estava encostada.
Ao abri-la, encontrei o vampiro deitado dentro da banheira com os olhos fechados. Ele lentamente ergueu as pálpebras lançando um olhar de canto para mim.
- Mudou de ideia?
Retirei a camisa e abri a calça descendo o zíper devagar.
- Por que? Quer ficar sozinho? Caso queira, eu saio.
Ele deu uma risada nasal.
- Quer que eu insista? - suas pálpebras meio caídas demonstraram o deboche em sua frase -Vem logo.
Terminei de me despir e fui caminhando até ele. Entrei na banheira cuja a água quente parecia queimar a pele, e ao me sentar de frente para seu corpo, o nível subiu deixando a ponto de transbordar.
Ficamos nos encarando durante um tempo sem dizer ou pensar em algo. Eu acreditava estar sufocando Edward as vezes com tanta intensidade dos meus sentimentos, e sempre querendo mais, então naquela ocasião preferi dar-lhe espaço.
Arregalei os olhos em surpresa quando, num passo rápido, o vampiro saiu de onde estava e se inclinou para beijar-me novamente. Aquele toque de nossos lábios foi diferente, com mais malícia, onde o roçar das línguas levavam minha temperatura a aumentar.
Coloquei as mãos na cintura de Edward e mudei as nossas posições encostando seu corpo no canto da banheira com tal rispidez que fez com que parte da água vazasse.
O vampiro aparentou estar surpreso com o movimento repentino, porém, seus olhos em tom de âmbar cujas pupilas estavam dilatadas demonstraram o quanto ele também me desejava. Aquele homem com os cabelos desalinhados gotejando ficava com uma aparência ainda mais tentadora.
Debrucei meu corpo sobre o dele e fui até seu ouvido sussurrar:
- Que tal se eu te foder hoje?
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
NOTAS DA AUTORA: Ih carai. Jacó ativou o modo ativo pra cima do Eduardo, será que vai dar bom? se curtiram, deixem aquele votinho bacana, isso me motiva muito <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
Antes da meia-noite [CONCLUÍDA]
FanfictionSinopse: A rivalidade entre lobisomens e vampiros é antiga e conhecida entre as criaturas sobrenaturais de Forks. Jacob, que sempre teve repulsa aos frios, nunca imaginou que após uma noite de ataque teria sua vida salva por quem considerava ser seu...