Nascida logo após a Primeira Guerra Mundial, no país de Salem, Elena Davies cresceu longe dos holofotes, apagada da linha de sucessão ao trono, junto com os seus pais em um pequeno palácio, mas logo após o seu Tio abdicar do trono, todo rumo da hist...
O Natal estava chegando, árvores sendo cortadas, o verde sumindo... dando espaço para o branco, decorações festivas, símbolos festivos...
Fui à missa das 16 horas, rezar pelo o que me esperava, pelo o que me assombrava e o que tinha passado. Não foi um ano fácil, tivemos perdas, reencontros, guerras, e muita luta.
Saindo da Igreja, fui direto ao palácio me organizar para a véspera e estar pronta para receber o Antônio.
Com a ajuda da Eleonor coloquei meu clássico vestido vermelho com luvas brancas e batom de mesma tonalidade que o vestido. Estava um dia chuvoso, gotas escorregando chão abaixo pela janela de vidro, onde meu rosto as refletia, senti um pequeno desgosto dentro do meu peito.
Estava tudo pronto para a nossa ceia, convidados estavam chegando... sorridentes. Logo fui recebê-los na porta com um longo sorriso e palavras doces. Foi quando eu vi o Steven chegando, meio bagunçado e barbudo, com lama nos sapatos.
O cumprimentei e o dei um beijo em sua bochecha.
- Que bom que você veio, Steven.
- Fico feliz por estar aqui com você e minha família.
- Em falar em sua família, jaja eles devem estar chegando. Vamos subir para tomar um chá?
- Vamos sim.
Subimos diversas escadas até o andar de meu quarto, onde tinha preparado um bule com duas xícaras de chá. Ficamos conversando em cima de minha cama, até que o coloquei em uma cadeira com vista para minha penteadeira, um pouco desgastada.
Alisei os seus longos cabelos com os meus dedos sedosos, o toque, o cabelo entrelaçado... Foi quando propus repaginar seu visual.
Cortei a sua longa barba, que se tornou um pequeno bigode charmoso, e seu cabelo em tom de loiro médio... estilo surfista. Seus olhos refletiam... brilhavam. Ele se virou, sua respiração estava ofegante, mas por um momento parou.
Estávamos chegando cada vez mais perto, eu queria muito beija-lo, mas a minha cabeça estava no Antônio, não seria certo com ele. Nos afastamos e ele me agradeceu, logo descemos as escadas e nos demos de cara com a Betty e Carmita. Nossa, a Carmita ficou tão feliz quando o viu, deram longos abraços e sorrisos estampados no rosto de todos, lágrimas a solta.
Foi quando o Antônio chegou, em um terno preto e gravata borboleta:
- Onde está a minha garota?, disse ele.
Fui correndo para os seus braços...
- Antônio, você veio.
Dei um pequeno surto de felicidade, mas por outro lado triste pelo o Steven.
Fomos juntos para a mesa, me sentei perto do Antônio, e logo do meu lado Steven, Carmita e Betty.
Passamos a noite rindo, bebendo, celebrando tudo o que havia acontecido.
Estava tudo tão perfeito.
Logo o Antônio me puxou e me levou para fora do castelo, sentamos em uma fonte, e logo falou:
- Olhe para esta moeda... estamos todos aqui reunidos, felizes, e eu estou feliz com você, estou aqui com você, agora.
Eu olhava para ele, com o meu coração mole e derretido...
- Segure esta moeda e vamos fazer um pedido.
- Mas que pedido?
- Só pense em algum, e jogue a moeda na fonte que tudo se realizará.
Ele me olhava tão apaixonado, seguramos junto a moeda... fechamos nossos olhos e a jogamos na fonte. Logo após ele me deu um longo beijo... o segurei em seu pescoço, e ele em minha cintura, estávamos tão envolvidos, um amor platônico.
Ele se ajoelhou diante de mim, e tirou um lindo anel de diamantes de seu bolso e fez o tão aguardado pedido:
- Elena Elizabeth Davies, aceita se casar comigo?
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Olhei profundamente em seu olho, dei um longo sorriso e disse sim. Voltamos correndo para o salão onde anunciamos o nosso noivado, todos ficaram felizes com a notícia e aplaudiram, meus pais demonstraram orgulho e logo todo reino iria saber.
O Steven estava feliz por mim, mas eu sei que por dentro estava aos pedaços, mas eu sei que ele me entenderia.
Mal podia pensar em como seria o meu casamento, queria algo simples mas ao mesmo tempo requintado, tinha mil ideias em minha cabeça.
Depois de longas horas e meus olhos admirando o anel, perguntei para o Antônio o por que do pedido:
- Por que você é a mulher que eu amo Elena, você se mostra perfeita e exemplar em tudo que faz, enfrentamos bastante coisas juntos e assim desejo passar mais ao seu lado, para sempre.
Eu não sabia como me expressar, como agir naquele momento, só estava com uma eterna felicidade dentro de mim, mas ao mesmo pensando em como é possível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo.
Agradeci o Steven por ter vindo, e dissertou:
- Obrigado pelo convite, fico feliz pelo seu noivado, sempre vou te apoiar em tudo, você sabe onde me encontrar.
E foi saindo pela porta com a sua família de cabeça baixa e logo se virou e olhou para mim uma última vez.
Era o fim e o início de mais um ciclo, verdades e paixões.
Subi para o meu quarto junto com o Antônio, ele me despia enquanto me preparava para dormir, foi uma noite e tanto.
Fiquei agarrada com ele, enquanto meus olhos pesavam e a noite esfriava. Tive um longo sonho, sobre o meu casamento, como se tudo se encaixasse, estranho, mas não dei relevância.
Em poucos dias celebraríamos um novo ano, novas fases, ciclos, começos e recomeços e novas histórias, estava ansiosa para o que iria vir, mesmo sendo incerto.
