Mentira Que Virou Paixão 2!

Como Vai Você?

23 de Junho, Terça 

Julia Narrando 

Já faz quase uma semana que tudo aconteceu, durante esse tempo o Léo tem vindo todos os dias após o treino buscar o Leon e no dia seguinte antes de ir pro CT trás o Leon novamente. 

Eu não aguento mais essa situação, quero conversar com os dois, esclarecer as coisas. 

- Tá bonito Tio Franco, não sabia que o óculos tinha chego. - Digo assim que ele começa a arrumar a mesa do café da manhã -

- É, chegou ontem. Mas sua mãe disse que o óculos foi feito pra mim, porque ele é pequeninho e deu certinho no meu rosto. - Tio Franco conta rindo -

- Ficou um charme. - Digo sorrindo -

- Combinou mais ainda porque o óculos é da cor do cabelo dele, o que realça os olhos verdes dele que antes ficavam apagados. - Mamãe surge do nada falando -

- Ah sim. - Tio Franco diz sorrindo -

- Meu filho tá ficando velhinho, mas tá um gatinho com esse óculos bonitinho, o cabelinho penteado pro ladinho e essa blusinha de botão. 56 anos já, passou tão rápido, parece que ontem era dia 16 de Maio de 1964, quando você nasceu. - Vovó diz sorrindo -

Todo mundo riu. 

- Menos mãe. - Tio Franco diz rindo - 

- Foi fofo, vai? - Mamãe diz rindo -

- Juju, o Léo pediu pra você ir buscar o Leon lá no apartamento. - Tio Franco diz sorrindo -

- Tô indo lá então. - Digo sorrindo -

Cheguei no prédio animada, pois essa ia ser a grande chance de conversar com o Léo. 

- Oi? - Arrascaeta diz ao me ver saindo do elevador - 

- Bom dia. - Disse e ia continuar andando -

- A gente precisa conversar, não podemos agir como se nada houvesse acontecido. - Ele diz me olhando -

- Verdade, mas outra hora a gente conversa. - Digo apressada -

Toco a campainha e logo o Léo abre a porta com o Leon no colo.

- Eu tinha pedido para o tio Franco vir buscar o Leon, aconteceu algo com ele? - Léo diz serio -

- O óculos dele chegou, ele ainda está se adaptando e ficou com medo de andar assim na rua. - Digo sem graça -

- Entendi, eu só pedi pra ele vir porque eu estou meio enrolado hoje. - Léo conta fechando a porta -

Mas a campainha logo tocou novamente. 

- Pois não? - Léo pergunta ao abrir a porta -

- Acho que nós três precisamos conversar e esclarecer muitas coisa. - Ouço a voz do Arrascaeta -

- Entra. - Léo diz dando espaço -

Por alguns minutos ficamos em silêncio. 

- Enfim... Eu acho que muitas coisas aconteceram e do jeito que está não dá pra fica, precisamos por os pingos nos is. - Arrascaeta quebra o silêncio -

- Concordo. - Léo diz cruzando os braços -

- Eu quero pedir desculpas aos dois, por ter te traído Léo e por ter te dado falsas esperanças Arrascaeta. - Começo -

- Eu não queria ter me metido no meio dos dois, o pior não é o que eu estou sentindo, mas sim o que o meu filho possa vir a sofrer no futuro. - Léo diz bem serio -