𝐖𝐈𝐒𝐇𝐄𝐒, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯

A Bajulação.

OLÍVIA JONES.

Despertei do meu sono de maneira lenta, esticando o corpo no colchão. Memórias da noite anterior invadiram minha mente e sorri largamente, abrindo meus olhos e tateando a cama. Contudo, eu estava sozinha. Engoli seco, sentando e olhando ao redor. Nada. Jimin não estava ali. Desci da cama e prendi meu cabelo com uma presilha, saindo do quarto. Uma sensação ruim apossou-se de mim. E se tudo tivesse sido um sonho? Andei à sua procura e retornei ao quarto, vendo se o Park tinha deixado algum bilhete ou até mesmo uma mensagem, no entanto, não encontrei absolutamente nada. Respirei fundo, escovei os dentes e fui em direção da cozinha, me surpreendendo ao vê-lo arrumando a mesa.

— Bom dia, Liv. — Jimin sorriu, fazendo seus olhos ficarem menores.

Eu amava o seu sorriso, por mais que ele quase não sorrisse para mim.

— Bom dia. — Sorri, caminhando até ele e o abraçando manhosamente. 

— O que foi? — Soltou um risinho, circulando minha cintura com os seus braços fortes.

— Pensei que você tivesse ido embora ou que fosse um sonho. — Resmunguei, descansando a cabeça em seu peito.

— Não é um sonho, Olívia. — Roçou o nariz em meu pescoço, me arrepiando. — Eu estou aqui com você, hm? — Beijou meu ombro esquerdo e suspirei profundamente, antes de me afastar.

Levei minhas mãos em direção ao seu rosto, tocando suas bochechas. Jimin continuou abraçado em minha cintura, olhando-me exclusivamente nos olhos. Alternei o olhar entre seus lindos olhos castanhos, sentindo meu coraçãozinho vibrar. O Park sorriu sem mostrar os dentes e começou me analisar também, como se estivéssemos perdidos em nosso próprio mundo e, naquele momento, nós estávamos. Acariciei sua pele macia com a ponta dos dedos, sorrindo ao ver algumas pequenas pintas em seu belo rosto. Não tinha nada mais gratificante do que olhá-lo de perto e contemplar a imensidão de sentimentos que os seus olhos me causavam. Park Jimin era intenso e cada detalhe dele, me fazia flutuar.

— Você é mais lindo de perto. — Soltei sem pensar.

— Você acha, Liv?! — Gabou-se, sorrindo maroto.

— Pensei alto demais. — Gargalhei e o mais velho me acompanhou na risada.

— Você é o meu paraíso, Olívia. Meu paraíso particular. — Ditou, sedutor.

Estremeci em seus braços.

— Jimin... — Balbuciei, envergonhada. Sua boca avermelhada tocou a minha em um selinho rápido, fato que me fez sorrir. Olhei para a mesa e vi a quantidade de comida que havia ali. — Onde comprou?

— Em uma padaria, aqui perto. — Lambeu os lábios. — Vamos comer, babe?

— Sim, estou faminta. — Ri baixinho e nos separamos. Jimin puxou a cadeira para que eu me sentasse, de um modo cavalheiro. Sorri e o vi sentar em minha frente. — Adoro esse bolo de cenoura! — Exclamei desejosa, apontando para o bolo redondo.

— Que bom. — Sorriu. — Quero saber todos os seus gostos. — Comentou, me passando uma xícara com café.

— Quanta bajulação... — Brinquei.

— Você merece, babe. — Piscou, agora servindo a sua xícara. 

Sorri, manhosa.