Capítulo 3- Defina amor

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Hey meu povo, seis tão legal? Eu sei que hoje não é sábado, mas não aguentei, esse capítulo tá meu tudo. Então lindos, vim aqui no começo pra avisar que vamos sim ter musiquinha no capítulo de hoje. Vai ser Older than I am da Lennon Stella. Se você não sabe o que é pra fazer, apenas leia a tradução da música e coloque ela quando for pedida. Desculpe pelo capítulo grande e a qualquer erro. Bjs e boa leitura<3

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Cheryl POV

Madrugada de domingo. Uma madrugada fria. Me perguntava o por que de estar tão frio, até lembrar que o outono já estava a acabar, e, a chegada das frias madrugadas de inverno estavam a tomar seu local. Uma angústia desconhecida me fez refém nesta noite, tirando meu sonho no meio da madrugada. Nada pior que seu precioso sono ser tirado de ti no meio da noite, sem ser por sua vontade ou do despertador. Nessa madrugada de domingo, tudo que se passava pela minha mente, era de que logo o sol iria aparecer no seu grande glamour. E eu, teria que me levantar, colocando aquele maldito vestido branco para ir a igreja.

Me peguei olhando para o nada, mas no caso, ao perceber, não era o nada, e sim a árvore central. Uma grande árvore que estava um pouco mais afastada de nossa vila, porém ainda fazendo parte de nosso território. Ao seu lado, para ilumina-lá, um poste de luz, com a maior luz de tudo o vilarejo. Talvez ir para lá não seria uma má ideia.

São quatro da madrugada, logo o dia amanhece. Ninguém irá ligar de eu não me levantar bem nessa manhã. Dando uma desculpa qualquer para faltar a missa. Me levanto rápido, indo escovar meus dentes e lavando o rosto. Voltando troquei minha calça do pijama por um de moletom e meu sobretudo vermelho por cima. Colocando meus all star de cano alto pretos, partindo para minha tão amada árvore. Mas sem esquecer a lanterna e um bom livro. Ante de descer, tranco meu quarto, prevenindo para que ninguém entre como da última vez.

Sim, já fiz mais de uma vez essas escapadas na madrugada para ler debaixo da árvore. Mas posso fazer o que se aquele local é o único que me sinto em paz. Ao descer as escadas, passei pela cozinha, pegando um guardanapo e uma caneta, ligando a lanterna para iluminar minha escrita. Escrevi um recado para minha mãe, avisando que não estou bem e que não poderia ir a missa pela manhã. Isso mesmo, Penélope é tão burra que acredita nessa mentira fajuta, que a princípio funciona muito bem. Abri a porta no maior silêncio que consegui, a trancando ao pisar com os pés para fora daquele pequeno inferno. Ou melhor dizendo, meu lar.

Liguei a lanterna no mínimo para iluminar meu trajeto até a árvore. Digamos que o caminho que pego não é o mais iluminado de todos. Pensando bem, será que estou fazendo o certo ao vir para cá no meio da madrugada? Estou sim. Não adianta nada ficar acordada olhando para o triste teto de meu quarto, tendo a visão de ondulações rosas e um par de olhos castanhos em meus sonhos. É, venho sonhando com seus cabelos aos ventos e seus brilhantes olhos. Efeito de uma bela jovem, que está reacendendo chamas que tentei esconder por anos.

Não demorou muito para meu trajeto já ficar iluminado pelo poste, identificando que havia chegado ao meu destino. A árvore da vila. Muitos de meus sonhos são feitos aqui. Minhas escritas e poesias. Desenhos e composições. Se tivesse uma cozinha, até comida faria aqui. Mas bem, me sentei na grama fria, encostando meu tronco na árvore tantando ficar o mais confortável possível. Peguei meu livro e comecei a folhear. A seleção é o seu nome. Um livro que para mim, tem um dos melhores enredos desse mundo todo.

Fiquei em torno de uma hora lendo sem ligar para nada ao meu redor. Quando leio, penso que estou dentro da história. Faço daquele cenário o meu próprio. Dos personagens reais em minha mente. E eu, um mero narrador do conto. Prestando atenção em cada mínimo detalhe. Até que levei um susto que, sério, levou minha alma embora.

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