Capítulo 18- Angel

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Cheryl POV

Mas um dia em Los Angeles, acordando nesse calor dos inferno. O frio e o clima mediano de Nova York está me fazendo falta. Fui na praia com as meninas esses dias e sai de lá só o pimentão, mais queimada que as comidas da Toni. Falando em Antoniette, temos trabalhado bastante no roteiro. Ela quer que ele esteja pronto até o começo do próximo ano, e bem, estamos chegando ao fim desse ano, falta apenas quatro meses. Escrever não é tão difícil quanto imaginei, mas ter que desenhar e pensar em cada figurino deste filme também é difícil. Ontem a bonita me pediu para começar a fazer os preparativos para os figurinos, e até agora, só fiz a calça de um. Sendo que tem centenas para fazer ainda.

Voltando ao foco principal, escrever está sendo ótimo. Estamos lembrando muito de nosso passado juntas, o que me deixa com o coração aquecido. É tão lindo ver que nossa história vai se tornar algo que, pode inspirar várias pessoas ao redor do mundo. Vai ser lindo se der tudo certo.

Digamos que eu e Toni estejamos engatinhando ainda. Como se toda a nossa antiga história, hoje em dia não serve para nada, além de lembranças. É como se realmente, tivéssemos começando do zero, nos conhecendo novamente. Isso é estranho, porque ao mesmo tempo eu a conheço como a palma de minha mão, ela me parece uma estranha que acabei de conhecer no bar. Ela ainda é tão, Toni... Mas é tão mãe agora... Isso me deixa de cabelos em pé, é tudo tão complicado agora.

Isso que não entra na minha cabeça de forma alguma, sua mudança brusca após ter a filha. Foi como um balde de água gelada jogado em seu rosto, um cheque de realidade e maturidade. Ela tinha feito besteira, depois de nove meses veio o resultado. Mesmo que Toni ame Santana de uma forma incondicional, esse banho de água fria que ganhou ao ver a filha pela primeira vez, foi mais parecido como uma cachoeira jogada dm seus ombros. Um pequeno ser agora era sua maior responsabilidade, deixá-la viva, feliz, com saúde. A pessoa Antoniette não importava mais, apenas a Antoniette mãe. Acorda e dorme pela filha, nada além disso. Estou tantando mostrar a ela que isso é ridículo, mães tem vida além de cuidar de seus filhos.

Se bem que Santana ainda é pequena, mas nem tudo é sobre ela. Eu sei que filhos são coisas preciosas e tudo mais, mas não entra na minha cabeça como alguém esquece quem é apenas pra viver a favor de um ser indefeso. Quem sabe quando eu criar laços com alguma criança eu não entenda isso. Bingo! Santana é minha porta de entrada para entender como a vida de Toni é atualmente. Porque ela basicamente faz de tudo para ver um sorriso no rosto daquela coisinha, quero tentar ter o mesmo sentimento que ela. Eu sou apaixonada pela mãe de Santana, mas preciso urgentemente me apaixonar pelo pequeno ser humano que saiu de Toni. Quanto antes criar laços com Santana, vou conseguir tudo que mais quero. Tê-la de volta, com uma mala junto, mas acho que tem espaço pra ela no meu coração.

- Cheryl! Levanta mulher!- Escutei Emma me chamar. Íamos morar em um apartamento alugado, porém, Josie deu a louca e não deixou por nada que fossemos morar longe dela. Acho que ela tá meio carente, já que sua turnê acabou, e os preparativos para seu próximo álbum só começam ano que vem.- Já não falei pra levantar criatura.

- Tá parecendo minha mãe Emma, só que menos filha da puta.- Digo e ela me deu uma travisserada.

- Não me compare a sua mãe, ela parece ser aquelas bruxas de filme.

- Mas ela é.- Digo rindo sozinha e me levanto.- Porque veio me acordar? Hoje eu só vou para o estúdio as duas.

- Toni me mandou mensagem pedindo para te acordar. Ela disse que precisa de sua ajuda para resolver um negócio.

- Por que ela não me mandou mensagem ou ligou?

- Olha o celular linda.- Pego meu celular e tinha várias mensagens e ligações perdidas.

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