Capítulo 12- Depois dela (versão Toni)

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Toni POV

Uma década se passou. E bem, nesses dez anos muita coisa aconteceu. Quando eu falo muita, quer dizer muita mesmo. Mas vamos começar do início. Depois de dizer "Até" para Cheryl, o que me restou fui um vazio no coração. Esse vazio era preenchido por sua presença, mas, a partir daquele momento, eu não sabia quando ele estaria cheio novamente. Foi triste, muito triste. Mas tudo passa, e pode apostar e passou. Na verdade, não passou completamente. Mas agora o lugar que Cheryl ocupava, está ocupado por uma mini pessoinha.

Assim que comecei a faculdade foi uma maravilha. Mas as coisa foram piorando com o tempo. No começo era tudo novo, legal e interessante. Mas depois foi ficando cansativo, triste e cinza. No auge dos meus 23 anos, eu estava depressiva. A única coisa que me alegrava, eram as férias de verão. Nas férias, passávamos todos juntos, eu e Cheryl curtimos esse tempo juntinhas. Ela foi minha única felicidade, até acabar a faculdade e não conseguir mais passar as férias conosco. Já que conseguiu um ótimo emprego.

Antes de uma das piores/melhor coisa conhecer na minha vida, Cheryl me mandou um convite para seu primeiro desfile de roupas. O que não recusei. Foi lindo e lá pude ver o quão talentosa ela é. Fiquei mega orgulhosa dela, da mesma forma que ela ficou ao ver meu primeiro curta. Mas uma coisa aconteceu após seu desfile.

Assim que voltei para Vancuver, não sabia o motivo, mas fiquei muito pior. Minha tristeza chegou ao ponto de eu pensar em suicídio diversas vezes. Até que depois de muita insistência de minha irmã Verônica, fui a uma festa de fraternidade. Nunca fui de beber, mais naquele dia, eu bebi de uma forma louca. Não queria saber de nada e nem de ninguém. Se essa pessoa não fosse uma cerveja, eu não estava nem aí para ela. Até que um menino, muito bonito por sinal, me ofereceu uma bebida. Como eu já estava completamente bêbada, aceitei. Conversa vai, conversa vem, fomos para o quarto, e acho que já estava bem na cara o que aconteceu. O que eu não esperava, era o maldito menino não usou a camisinha, o que deu em uma Antoniette depressiva e grávida aos seus 24 anos.

Eu culpei Verônica sobre tudo que estava acontecendo. Botei a culpa nela de eu estar grávida. O que deu em uma puta briga, e ficamos sem nos falar até o sexto mês de minha gravidez. Não vou negar, pensei sim em abortar, e esse foi um dos motivos de minha briga com minha irmã. Eu estava indo para meu último ano de faculdade, um bebê iria acabar com minha carreira profissional. Mas não sei como, depois que minha barriga começou a crescer, eu criei um laço maternal muito forte com o trequinho que crescia em meu útero.

Foi aí, no dia 22 de maio, que minha filha veio ao mundo. O pai dela nem ao menos me procurou depois daquela noite, e eu nem ligo para isso. Assim que encontrei os olhos daquele pequeno ser humano, nada mais me importava além dela.

Santana Angel Scarlet Topaz. É eu sei, é um nome muito grande para alguém tão pequena igual ela, mais tenho meus motivos. Santana foi em homenagem a minha avó, por que no momento em que a vi, sabia que ela seria doce e gentil igual a abuela Topaz. Angel foi lhe dado pelo único motivo dela ter sido um anjo em minha vida. Scarlet foi em homenagem a Cheryl, sim, minha filha carregava uma homenagem a alguém que nem conhecia. Mas como disse, tenho meus motivos para ter lhe dado esse nome.

Santana foi a melhor coisa que aconteceu comigo nesses anos todos. Ela me trouxe de volta a alegria que foi tirada de mim. Ela ocupou o espaço que pertencia a Cheryl, mas ainda tem uma parte de mim que ama aquela ruiva. Mesmo depois de uma década separadas, eu uso o colar que me deu todos os dias. Verônica e Jughead insistem em dizer que é bobagem minha ainda utilizar o colar dela, mas eu acredito que vamos nós reencontra, em uma ocasião muito especial.

Agora já está a na hora de levantar para mais um dia de trabalho. Estava morando atualmente em Los Angeles, já que consegui um ótimo cargo como roteirista na Universal studios de Hollywood. Não era o cargo dos meus sonhos, mas sabia que estava chegando lá. Ano passado escrevi um roteiro sobre uma história, na verdade escrevi metade desse roteiro, a outra metade tem que ser feita por uma pessoa muito especial. Ele estava em análise, e se tudo desse certo, eu seria diretora e roteirista de um filme de sucesso.

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