Capítulo 21- Maldito vermelho.

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Hey pessoas. Antes de começar o capítulo, vim dar um pequeno aviso. Logo agora no começo, a nossa linda protagonista ruiva estará tendo alguns flashbacks sobre alguns assuntos. Então quando a letra estiver assim, será momento de flashback. Seram vários em uma lembrança , então vou separar essas lembranças dela com esse símbolo (¤). Outra coisa, esse capítulo pode conter gatinhos, então, se você sente que não deveria ler, não leia (Mas lê sim pq muito legal kkk). De qualquer forma, espero que gostem, bjs<3

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Cheryl POV

Eu encarava meu reflexo sobre a pouca luz que reflexiva naquela água cristalina. A lua era cheia, redonda e brilhante. Tão branca que parecia uma lanterna iluminado minhas trevas, que, resolveram se libertar naquele dia de agradecimentos. Olhando para mim mesma, vi o quão quebrada estava, estou e estarei. Consegui ver, meu passado nas águas mais profundas daquele pequeno lago. Meu presente sobre a água reza. E meu futuro nas pequenas ondas que se formavam pela ventania.

Via a Cheryl de sete anos, correndo feliz, sem muitas preocupações. A de doze, que se sentida diferente, sem saber o motivo. A de quinze, que se culpava por fazer alguém tirar sua própria vida. A de dezessete, que estava reconhecendo o amor. A de vinte, que estava perdida em sua nova vida. A de vinte e três, triste, pois tinha fracassado. A Cheryl de vinte e quatro, sem rumo, querendo alguém para lhe dizer que tudo estava bem. E por fim, meu eu atual, com medo, com medo de tentar encontrar amor nas menores coisas e pessoas. Com medo de esquecer sua sombra vermelha, carregada de sangue nas mãos, que escorria pelos dedos e manchava seu manto branco. No fundo de minha íris, vi meus demônios tentando fugir, escapar e voltarem a me atormentar.

Foi quando olhei para lua, e nela estava estampado dois sorriso idênticos. O sorriso delas, mãe e filha, que estavam me dando novas chances para me tornar uma pessoa melhor. Ouvi, junto ao vento, a risada infantil. Outra vez, vindo alinhada com a ventania, palavras de carinho dos olhos cor marte. Novamente o vento trouxe algo contigo, só que agora foi o perfume amadeirado da bela morena que tanto amo. Eu me sinto amada só em sentir seu cheiro sendo carregado pela brisa, pareceu que ele me cobriu feito um manto perfumado. Foi como abraça-lá.

Novamente, desci meu olhar para águas, meu reflexo estava mais fundo naquela água tão limpa. Era como se meu reflexo fosse pesado, e tivesse afundado pelo peso de minhas dores e correntes me puxavam cada vez mais para o fundo. Não era apenas meu reflexo sendo puxado, mas eu também. Sentia as correntes me puxando para trás com tanta agressividade. Por alguns segundos me senti tonta e sem respiração. Pois era como se, uma faca afiada tivesse atravessado meu coração, me fazendo sentir a dor mais insuportável desse mundo.

- Por que senhor?- Questionei baixo, enquanto agonizava, ajoelhada, com as mãos no meu peito, sentindo minha vida ser retirada de mim naquele instante.- Por que fez com que eu me perdesse em meio às estrelas dessa a imensa escuridão?- Foi quando eu, senti algo, lembranças, mais fortes que eu para serem evitadas.

"- Cheryl, corre aqui!- Hanna pediu para que subisse ao andar de cima de sua pequena casa.- Olha, são seus pais.- A pequena criança aprontou.

Eu via aquela cena, como um simples móvel daquele quarto. Me via criança. Assistia a pequena Cheryl, chorar no ombro na amiga. Ela não tinha certeza do motivo de suas lágrimas, mas sabia que sua mãe era a acusa delas. que naquele dia, Penélope provou ser a megera que tanto digo. Comigo ainda pequena, seus anéis estavam a deixar marcas no rosto de meu pai. Tudo isso por dinheiro, ganância.

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