[¡LIVRO UM!]
Um grupo de amigos começa a receber mensagens de um número bloqueado que parece saber todos os seus mais sombrios segredos. Assustados, eles se juntam para desvendar esse caso ao mesmo tempo em que tentam sobreviver às mais perigosas ch...
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Ele respirou profundamente quando o despertador tocou, sentindo o corpo acordar aos poucos, pronto para aquele novo dia. Sentou-se na cama, desligando o barulho que tomava todo o ambiente silencioso e se espreguiçou, era hora de levantar.
Kim Seokjin seguia uma rotina rígida de acordar às seis da manhã, pois acreditava que começar o dia junto com o sol daria maior disposição. Uma crença boba, ele sabia, mas não se importava, menos ainda quando estava tomando seu banho morno com um grande sorriso. Sua felicidade tinha muito motivo: "Os campeonatos de fim de ano." Seokjin já estava prestes a terminar a escola e fechar aquele ciclo com méritos o ajudaria muito no futuro acadêmico - Por mais que ainda não tivesse decidido que rumo iria seguir.
Eles não usavam uniforme, então uma calça jeans com uma camisa simples era o suficiente, o destaque da vestimenta ficava pela jaqueta e bonés do time de voleibol do Instituto de Ensino Susana Amaral, a IESA, tão renomada e concorrida escola de Keeping'sWood. A faixa vermelha destacava no roxo e amarelo da jaqueta, ele era o capitão, e esse era seu grande orgulho de vida.
– Bom dia pai, mãe. – Cumprimentou os pais que já estavam à mesa quando desceu para o café da manhã.
Enquanto seu pai era grande e imponente, vestindo seu terno muito bem passado e caro, sua mãe era uma mulher franzina, de sorriso aconchegante e usava vestidos que com certeza eram do século passado, sempre com um avental acompanhando. Ela era dona de casa, seu pai dizia não haver motivos para que ela trabalhasse já que ele era capaz de arcar com os gastos, mas ela também não deixava as coisas assim, fazia bolos e doces para vender e ajudava a igreja que tinha projetos de caridade - seu sonho era abrir uma grande confeitaria um dia.
– Bom dia, meu filho. – Sorriu largo, servindo um pedaço grande de bolo de fubá e uma xícara tão grande quanto de café feito na hora.
– Bom dia, como está o time? Já sabe alguma coisa do campeonato? – Seu pai não levantou os olhos do jornal enquanto falava, forçando os olhos sem óculos para ler as páginas.
– Estamos muito bem. – Respondeu simples, dando um gole generoso no seu café. – O técnico vai explicar melhor hoje, é bem provável que já comecemos os treinos também.
– Muito bom, não vai esquecer de se empenhar. É importante ser o melhor no que faz...
– Ou as pessoas te passam pra trás. - Completou o que talvez fosse a frase que mais ouviu durante a vida. – Sim, eu sei.
Quando terminou o café, se despediu de sua mãe e seu pai o levou para a escola. Foram o caminho todo em silêncio, o rádio estava ligado baixinho, tocando uma música antiga, fazendo Seokjin se perder na letra que falava sobre como a vida no campo era boa. Enquanto seus fios roxos voavam com o vento que entrava pela fresta da janela, ele se deu ao luxo de imaginar sua vida no interior, se sua única preocupação fosse buscar água no poço e alimentar a criação. Seria uma vida boa.
