CAPÍTULO 6

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NATHANIEL ON

Tinha sido tudo tão rápido, o sequestro, o resgate, a volta para casa, minha cabeça estava explodindo!

Passamos boa parte da noite na delegacia, os policiais estavam nos interrogando enquanto os médicos nos examinavam. Fui interrogado por dois policiais diferentes, um deles, o detetive West me fez várias perguntas sobre o homem que me sequestrou, e sobre tempo que eu fiquei lá, ele falou alguma coisa, ou apareceu mais alguém... O outro detetive, acho que é Allen, me fez perguntas sobre o arqueiro, como ele era, se ele falou comigo, ou se eu consegui ver seu rosto. Respondo todas as perguntas, o máximo que consigo, não vi o rosto do arqueiro, ele usava uma máscara e não parecia ser essa pessoa horrível que eles estão falando no jornal. Mas não posso falar muito, trocamos umas três palavras no máximo.

Desde que a polícia me trouxesse, minha mãe não saiu do meu lado por nada, ela está assustada, e não posso negar que eu também estou... Quem não se assustaria?

- Eu vou tomar banho - Falo assim que chegamos em casa.

- Está com fome? - Minha mãe pergunta, enquanto tranca toda a casa.

- Um pouco.

- Enquanto você toma banho, eu preparo um lanche pra você - Ela fala passando a mão no meu rosto - Eu senti tanto medo de te perder... - Minha mãe fala com os olhos marejados.

- Já passou mamãe... - Respondo a abraçando - Eu estou bem.

- Eu não vou perder você de vista de novo - Ela fala beijando meu rosto - Eu te amo!

- Eu também te amo - Respondo.

Minha mãe beija minha testa e eu me solto do abraço. Vou para o quarto, entro no chuveiro e deixo a água cair no meu corpo, tanto esfriar minha cabeça, pois meu cérebro está fritando, enquanto relembra tudo o que aconteceu comigo hoje. Termino meu banho, coloco meu pijama e vou pra sala onde minha mãe está. A televisão está ligada no jornal, estão falando sobre a prisão do cara que me sequestrou, um deles pelo menos. Eram três caras, mas o que foi preso com certeza era o chefe, os outros dois só vi na hora que me levaram.

- Quer suco do que? - Minha mãe pergunta lá da cozinha.

- De laranja - Respondo sentando no sofá.

Não demora muito e minha mãe vem pra sala segurando uma bandeja com um copo de suco e uns sanduíches. Coloco a bandeja em cima da perna assim que minha mãe me entrega.

- Foi ele quem tirou vocês de lá? - Ela pergunta fazendo referência ao arqueiro que está passando na reportagem.

- Ele soltou a gente, mas quando a polícia chegou, ele fugiu - Respondo e logo dou uma mordida no meu sanduíche - Não entendo por que ele fugiu...

- Como assim? - Minha mãe pergunta.

- Tipo, ele salvou os reféns, me salvou, e fez a coisa certa, não?! - Questiono.

- Fez sim Nate... - Ela responde abaixando o volume da televisão - Mas ele é procurado da polícia, é por isso que falam tanto dele.

- O que ele fez?

- Parece que ele matou algumas pessoas em Star city. Parece que não eram pessoas muito boas, mesmo assim - Tomo o suco - Não justifica ele matar alguém.

- Então por que ele se deu ao trabalho de ir resgatar a gente? - Pergunto ainda sem concordar - Talvez ele não seja essa pessoa horrível que tanto falam...

- Talvez... Fica difícil de dizer, quando a gente não sabe quem é a pessoa por baixo da máscara - Ela tem razão. Eu não sei quem era ele, mas... Eu não sei explicar... Foi uma sensação... Uma sensação boa, parecia seguro - Seja lá quem ele for, eu tenho muito o que agradecer por trazer você de volta para mim.

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