CAPÍTULO 16

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OLIVER ON

   Hoje cedo Diggle e eu localizamos uma gangue dos Glades que está transportando armas militares para os traficantes locais. Conseguimos descobrir onde a venda das armas vai ocorrer e hoje mesmo vou dar um jeito nisso. Pelas informações que John conseguiu, a troca vai acontecer em uma espécie de boate que funciona embaixo de um hotel no centro, o local é clandestino, pois a entrada de menores de idade é liberada, inclusive drogas e o consumo de bebidas alcoólicas.
    Já estava pronto para sair de casa, disse a Thea para ficar de olho na Sara hoje, já que a minha filha tirou o dia para me provocar.
   Eu sei, ela está chateada por estar de castigo e por palavras dela eu "não me importo o suficiente" com ela, não posso dizer que talvez ela não tenha razão... Na visão da minha filha, eu sou somente o pai que fica o tempo inteiro trabalhando, ela não faz a mínima ideia sobre o arqueiro. Isso é culpa dela? É claro que não, a culpa disso tudo é somente minha! Eu sou o pai, deveria ter mais tempo para ela, mas acabo não fazendo isso. Eu vou mudar isso, mas não vai ser hoje.
  

- Já vai? - Thea pergunta descendo a escada.


- Estou quase atrasado - Respondo pegando a chave do carro.


- É sério Oli? Não vai mesmo falar sobre ontem? - Ela fala indignada - Ele estava literalmente na sua frente.


- Eu sei, mas não posso fazer isso assim - Explico - Ele não quer me ver, Speed. E Nate não faz idéia que na verdade o pai dele sou eu, é melhor deixarmos assim.


- Melhor para quem? - Ela pergunta - Eu sei que é complicado, mas se dão bem como conhecidos, talvez, sabendo quem você é de verdade ele mude de idéia e resolva tentar.



- Isso é o que eu mais quero, Speed - Respondo indo até a porta - Mas vamos terminar essa conversa mais tarde. Preciso ir. Amo você.


- Quando você vai aprender Oliver... - Escuto minha irmã murmurar e decido ignorar.

   Antes de ir atrás daqueles traficantes, preciso ir até o meu esconderijo na boate, John está me esperando com mais informações. Ao que eu entendi, essas armas estavam vindo de pessoas maiores, vindo direto do governo.
    Na maioria das vezes, Dig controla todas as câmeras do local e vai me falando por qual caminho andar, mas nessa boate vai ser diferente.
   Todas as câmeras nela, são voltadas somente para a pista de dança e bar, os quartos e corredores que ficam atrás não tem nenhum tipo de câmera ou conexão. Ou seja, o lugar perfeito para vender armas militares.
     Arrumo todos os equipamentos que vou usar e vou de moto até a entrada da tal boate.



SARA ON


  Não é novidade para ninguém que eu não iria ficar trancada dentro de casa, principalmente quando marquei de encontrar alguém. Thea também não faz a linha "Você não pode!", na verdade, nem ela está na mansão mais, então só pego minhas coisas e vou até a boate que prometi mostrar ao Nate.
   Vim a primeira vez aqui por acaso, precisei entrar no hotel para me esconder do segurança do meu pai e acabei trombando com o Rony na entrada. Ele me contou o que rolava ali e como funcionava para entrar, mas ele acabou me deixando entrar, desde que eu prometesse ficar longe das drogas. Foi o que eu fiz, entrei por pura curiosidade e acabei me apegando ao lugar, não pelo o que rolava ali, mas pelo fato de ninguém saber onde ficava... Na maioria das vezes, eu só queria ficar num lugar onde ninguém fosse me procurar e pudesse sumir por algumas horas.
   Vejo o garoto loiro descer do carro e atravessar a rua vindo em minha direção.


- Achei que viesse acompanhado - Comento assim que ele se aproxima.


- Na verdade, eu também achei - Ele comenta - Chuck disse que teria algo mais "importante" para fazer hoje a noite.



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