𝟏𝟐

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Acordo no dia seguinte com a a luz do sol no meu rosto, tapo os olhos com a mão, me sento na cama e aprecio o lindo dia ensolarado através da janela de vidro. Me levanto, ainda um pouco de dor pelo corpo, abro a janela e posso sentir a leve brisa em contato com minha pele.
Levo um pequeno susto quando a porta se abre, mas ao ver Justin com um largo sorriso no rosto, me acalmo.

"Desculpa. Eu te assustei?" - ele coloca algumas peças de roupa na cama e se direciona à mim.

"Não, tá tudo bem." - eu rio.

"Vim trazer algumas roupas da minha irmã. Depois que você estiver pronta, tomamos café e eu te levo, tudo bem?" - ele sorri amigavelmente.

"Obrigada, Justin. Desculpe por te incomodar..." - olho para o chão enquanto falo.

"Ei. Você não é um incômodo. Fico feliz em ajudar." - ele segura o meio queixo e se aproxima de meus lábios, mas, se desvia e beija minha bochecha. Eu rio com sua ação.

"Vou deixar você, estou lá embaixo." - ele pisca e sai do quarto.

Depois de vestir a roupa, desço ao térreo e vou à cozinha, onde encontro Justin e uma garota conversando sobre algo indecifrável.

"Queria que ela descobrisse..." - a garota  de cabelos loiros e longo para de falar, logo quando me vê.

"Kie, essa é minha irmã... Beatrice." -

"Oi, Beatrice." - ela sorri fraco, pega seu copo de suco e sai da cozinha.

"Me desculpe por ela. Ela tem quinze anos, tá na adolescência, e anda um pouco rebelde."

"Tudo bem." - sorrio.

"O que você quer comer? Cereais, panquecas, torradas..." - antes que ele continue, respondo.

"Cereais está bom." - Justin coloca uma tigela com cereais e me entrega uma garrafa com leite.

[...]

Depois de comermos, Justin me leva para o hospital. Eu estava ansiosa por notícias, só queria que meus amigos ficassem bem.
Justin insistiu em ficar, mas eu disse que não precisava e que eu ficaria bem.

"Como passou a noite?" - dou um beijo na bochecha de John e me sento ao seu lado.

"Eu quero acabar com aqueles idiotas, Kie. Eles vão pagar por tudo isso." - ele me olha por cima do ombro.

Uma médica e um policial que estavam conversando com a atendente caminham até nós, nos levantamos no instante que eles param em nossa frente.

"Vocês são amigos de Pope e JJ Maybank"  - o policial pergunta.

"Sim, sim." - o semblante de John fica sério.

"Vou fazer algumas perguntas à vocês, tudo bem?" - John concorda com um gesto.

Se John B. identificasse as pessoas que causaram aquilo, estaríamos ferrados. Aqueles babacas iriam nos caçar até a morte, estava claro que eles tinham muito mais recursos e poder para isso.

"Por que estavam lá?" - o policial aguarda a resposta com um gravador em mãos.

"Pope tinha me ligado, ele disse que estava sendo perseguido por dois caras ou mais, não sabíamos onde era exatamente, mas sabíamos que ele tinha ido entregar algumas coisas do outro lado da praia."

"E por acaso, vocês sabem quem são esses indivíduos que estavam atrás dele?" - aguardo a resposta de John, preocupada com o que ele diria.

"Não, não conseguíamos enchergar muito, aquela estrada é escura. E os caras estavam de máscara."

"Compreendo."

"E o Pope? Quando chegaram no local, onde ele estava?"

"Ele foi jogado no chão, não conseguia muito menos levantar."


"Na hora que o amigo de vocês levou a facada, eles fugiram em algum automóvel, vocês puderam identificar o veículo?"

"Não, não conseguimos."

"Estranho, normalmente pessoas iriam atrás da placa ou modelo do carro."

"Você não acha que estávamos preocupados demais com nossos amigos que estavam machucados?" - eu me atrevo a dizer.

"Tá bem... Provavelmente vocês serão notificados, ou algo assim. Agora, eu vou deixar a doutora falar com vocês." - o policial se retira.

"Bom, não era para eu estar aqui, mas, nós entramos em contato com o pai do JJ Maybank, só que não tivemos respostas. Tentamos ligar para ele novamente, mas ele não atende. Vocês sabem de algo?"

"O pai dele não dá muita bola para ele, provavelmente deve estar enchendo a cara, enquanto o filho tá aqui." - John responde.

"Nossa... Enfim, irei falar com vocês, porque pude perceber que estão bastante preocupados e anseiam por informação."

"Ele tá bem?" - o som da minha voz sai falha.

"A cirurgia foi bem sucedida, não atingiu nenhum órgão ou artéria importante. Tivemos uma pequena complicação de inflamação, mas já está resolvido."

"Quando poderemos vê-lo?" - John pergunta ansioso.

"Ele está sedado no momento, mas provavelmente poderão visitá-lo pela noite, se ele estiver consciente."

"Nós também podemos ver o nosso outro amigo?"

"Ah, sim. A família do Pope não deixou nada autorizado, se quiserem perguntar à eles..."

Agradecemos à médica pelas informações e ficamos sentados, conversando enquanto o tempo passava.

[...]


Logo quando anoitece, a médica nos chama para ir vê-lo. Meu coração palpitava aceleradamente a cada passo em direção ao quarto.

"Vocês podem ficar por trinta minutos, a enfermeira vêm avisá-los."

John vira a maçaneta lentamente.

"Você me deu um susto, cara!" JJ bate de leve na mão de John.

Ele me olha por um instante e logo abre um sorriso.

"Quem diria que um dia Kiara Carrera me faria uma visita." - ele ri e logo para, fazendo uma cara de desconforto.

"A parte ruim é que não posso fazer nada agora, a parte boa é que vou ter uma cicatriz sinistra." - ele sorri, evitando rir.

"Como o Pope tá?"

"Não sabemos ao certo, porque não deixaram a gente ver ele, mas acho que deve tá tudo bem." - John se apoia na parede.

Depois de muita conversa, a enfermeira  abre uma brecha da porta e avisa-nos que tinha dado o horário.

John segura a mão de JJ firmemente antes de ir em direção a porta, eu aceno para ele e também caminho para sair do quarto.

"Ei, Kie. Espera." - eu olho para trás, esperando ele falar.

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Oii meu amores.

Desculpem-me pela demora, amanhã eu irei tentar postar mais cedo.

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