ME APAIXONEI PELO DIABO

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- bem, você deve estar se perguntando o por que te chamei aqui. - bebo um pouco do vinho que me servi.

- bom, sim e eu posso até imaginar algo. Mas antes eu queria me desculpar por...

- se já imagina,  deve saber que trata-se de negócios. Não te chamei aqui para discutirmos o passado e muito menos seus devaneios An-dre-a....

- sim, Miranda- bebe um gole generoso de sua taça,  agora vazia. - Mas eu queria mesmo assim me desculpar.

- O que te leva a crer que aceitaria suas desculpas, só para que não sinta mais peso na consciência?

- Eu...eu não...

- Você acha o que? Que fiquei magoada com você por ter sido como os outros?.. oh não querida - me sirvo de mais vinho e encho a taça de Andrea notando que a mesma já estava vazia. - Eu não fiquei magoada, a palavra não é  essa. A palavra certa é decepção An-dre-a,  realmente pensei que poderia ser diferente.  Que teria coragem...  - faço um pausa longa.

- Coragem? Sério Miranda? Coragem foi o que eu mais tive trabalhando pra você. Dei a cara a tapa entrando em um emprego que não tinha nada a ver comigo, me moldei para caber em um mundo que não me pertencia. Por que eu queria mais! Eu... - me levanto em um impulso e começo a andar de um lado para o outro, sendo seguida pelos olhos azuis da mulher à minha frente.  - entrei lá com um objetivo e consegui ele mesmo sendo mais rápido do que imaginei. - bebo todo o vinho da taça e me sinto tonta quase instantaneamente. Tenho que parar de beber já estou levemente alterada.  - Eu não queria ir embora, mas eu precisei e não foi pelo que você me disse... qual é, você é esperta pense Miranda!

- Não tenho que pensar em nada,  acho que já bebeu de mais! Melhor termos essa conversa outra hora Andrea.

- não! - paro de andar de um lado ao outro e até eu me assusto com meu tom de voz.

- não? - falo tão baixo, quase como um sussurro.

- Não.... você vivia me chamando de tola. Mas  a tola dessa vez não está sendo eu.

- O que disse? - me levanto já sem paciência e posso ver o medo em seus olhos.  Por mais que eu goste da expressão doce dela, tenho que impor limites.  Quem ela pensa que é pra falar assim comigo?

- Miranda, me desculpa... eu...eu bebi muito...

Me aproximo de Andrea, ficando a milímetros de distância dela e vejo seu rosto ruborizar quase na mesma hora,  mantenho meus olhos nos dela, enquanto ela reveza entre os meus e a minha boca.  Ah doce Andrea, você está perdida!

- Miranda... - sussurra.

Chego mais perto e ela entreabre a boca e se aproxima fazendo menção em me beijar. Ah como eu queria provar dos lábios dela. Quando vamos enfim tocar nossos lábios, viro e dou um beijo em seu rosto e falo perto de seu ouvido.

- tem razão, bebeu de mais An-dre-a. - me viro seguindo em direção à sala.- passe a noite aqui,  tem vários quartos de hóspedes e está muito tarde para ir embora agora. Deixamos a conversa para amanhã..... - me viro para encara-la mais uma vez- Ah, e cuidado para não errar de quarto! - volto a seguir rumo às escadas. É muito bom provocar Andrea, ela não sabe o quanto.