-Gabriel Van Helsing.
-Van Helsing... - repetiu o Conde.
-Você o conheceu? - perguntei com esperança.
-Sim. - torceu o rosto. - O encontrei algumas vezes.
-Mesmo? - levantei-me num pulo, estava feliz de alguma maneira. - E como foi?
-Nada agradável. - caminhou agitado para longe, tirando toda minha felicidade.
-Por quê? Está me deixando confusa. - caminhei atrás do Conde.
Mas assim que o Conde saiu pelo quarto, não o encontrei mais. Drácula havia sumido entre os corredores.
Enquanto voltava para meu quarto, ainda olhando confusa para o chapéu, escutei um barulho alto de uivos. Corri para a janela e abri a cortina, podendo enxergar lá de cima uma alcatéia de lobos correndo e caçando pela floresta. A vontade de caçar para poder espairecer tornou-se tão forte, mas novamente o sono bateu em mim. E dessa vez, o sono ganhou.
(...)
A claridade batia tão forte em meu rosto que o fazia arder. A janela em meu quarto, que era no alto do penhasco, trazia-me a luz do sol. Sentei-me na cama, e ainda sonolenta notei o chapéu de meu pai em meu colo. Vesti o chapéu em minha cabeça e levantei-me. Fechei parcialmente as cortinas, deixando o cômodo mais agradável aos olhos.
Após acordar completamente, desci para o saguão. Eu estava revigorada, mas faminta. O percurso até meu destino foi rápido graças a minha memória fotográfica, que permitiu-me seguir o caminho sem nenhum problema. Surpreendi-me ao ver um prato em frente ao lugar em que eu estava sentada ontem. Puxei a tampa do prato e ali continha iguarias. Sentei e aproveitei o almoço.
Após me alimentar, aproximei-me da mesa de xadrez de ontem e peguei uma das peças na mão, um cavalo, minha peça predileta. Lembrei brevemente de Balaur.
-Preciso vê-lo. - pensei fora da caixa, mas ainda mantinha meu foco na mesa de xadrez.
Agora uma partida seria entusiasmante, porém xadrez é para duas pessoas e Drácula não está aqui.
Depois que Drácula revelou-me ter conhecido meu pai, então sem me dizer mais nada, sumiu entre os corredores. Simplesmente sumiu.
Devolvi a peça para o tabuleiro e respirei fundo, preparando-me para pesquisar esse castelo e descobrir onde realmente estou.
Voltei para o quarto em que dormi e recolhi folhas e uma pena de tinta que estava em cima da escrivaninha, então comecei a mapear os lugares que conhecia do castelo. Andei várias e várias vezes em corredores, na maioria das vezes repetindo-os, até que enfim encontrando outro cômodo. Era outro quarto, igual ao meu, em todos os detalhes, que cheguei até duvidar ser outro.
Desconfiada, entrei com sutileza e examinei sem tocar em nada, porém, ao olhar para escrivaninha e notar sua gaveta entreaberta, minha curiosidade ganhou vida.
Levei minha mão ao puxador da gaveta e, com os olhos brilhando de esperança, decepcionei-me ao ver simplesmente, nada. Não havia nada, mas por sorte eu sou uma Van Helsing e minha teimosia levava-me a acreditar que aquela gaveta não estava entreaberta atoa.
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Conde Drácula: Boca de Sangue
VampireA jovem romena Morgan encontrou uma floresta distante de sua casa após sair da mesma. Porém, mal imaginara que se tratava de uma região assombrada pelo famoso vampiro, Drácula. Para o azar da jovem, viver em um vilarejo pequeno e distante de tudo de...