Capítulo 4

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POV. Louis

Ao abrir meus olhos flashes da noite passada surgem em minha mente. O jantar, o vinho, a dança. Cada beijo e toque, todas sensações. Todos voltam e eu posso notar que ainda estou no peito de Charles. Peito este que sobe e desce em movimentos lentos e calmos. Suas mãos estão na minha cintura e minhas mãos estão em seu peito.

Olho para cima e Charles está olhando para o teto. Ele parece pensativo, porém calmo. Me remexo para chamar sua atenção e funciona.

- Louis?! Já acordou?! - Ele passa as mãos em meus cabelos e faz um carinho gostoso.

- Já. - Sento-me na cama e olho em seus olhos - A noite passada foi maravilhosa Charles.

- Então Louis. Eu não quero te ver iludido. - Eu não sei o que vem a seguir. Eu quero que ele cale a porra da boca. - Sabe, o que aconteceu ontem foi só diversão, eu não quero que você se iluda achando coisas a mais. Nós somos amigos. - Diz despretensioso e isso só me irrita cada vez mais.

- Ah, tudo bem então. - Eu sorrio sem humor e começo a sair da cama.

- Mas isso não significa que não possamos nos divertir. - Ele agarra meu braço me puxando para que eu não saia da cama e aproxima seu rosto do meu.

- É, mas eu vou para o meu apartamento descansar um pouco antes da minha aula. - Eu puxo meu braço fazendo-o me soltar

Termino de vestir minhas roupas e pego meu relógio enquanto Charles ainda olha da cama. Como ele ousa zombar da minha cara como se eu fosse um adolescente perdidamente apaixonado por ele. Prepotente filho da puta, dá pra entender o porquê ele está sozinho até hoje. Minha vontade é ir até aquela cama e arrancar o pau desse escroto fora. Olho no meu relógio e ainda são 5:30. Ótimo, pelo menos eu posso dormir um pouco.

Saio do seu apartamento com ele atrás de mim depois de vestir uma cueca box. Até sair da casa de Charles não digo uma palavra. Se eu abrisse a boca eu falaria coisas que me provavelmente me arrependeria, então me mantive calado. Entro no meu apartamento sem olhar para trás. Eu não estou triste, a palavra certa é puto. Estou muito puto, ele acha que eu sou o que?! Um brinquedo que ele vai usar até se cansar e eu vou ficar me rastejando para ele me usar?!

Ele está muito enganado!

Retiro minha roupas e me jogo em cima da cama, meu corpo está doendo e minha cabeça parece que vai explodir. Se eu soubesse que a noite de ontem acabaria nisso eu nunca tinha ido naquele jantar. Fecho meu olhos e logo adormeço.

[...]

Acordo umas nove horas e tomo um banho para correr. Tenho esse hábito desde morava em Kaysersberg, eu sempre levantava e ia correr para espairecer, hoje estou precisando mais do que nunca. Coloco uma roupa casual e vou correr, a manhã está meio fria, meio incomum para essa época do ano, mas nada que me impeça de sair. Já estamos em agosto, então as coisas já estão bem quentes.

Depois de correr durante uns trinta minutos, paro em uma padaria para tomar café já que ter esse corpo lindo não é fácil e estou morto de fome, após sentar em uma das mesas um menino de cabelos castanhos e olhos azuis vem me atender, peço um croissant e um chocolate quente. Depois de alguns minutos ele traz o meu pedido e deixa uma nota com o preço do meu pedido e eu agradeço.

Após terminar meu café e pagá-lo, eu deixo o estabelecimento e corro de volta para meu apartamento. Ao chegar no meu prédio avisto Charles na porta de outro apartamento conversando com uma mulher de cabelos afro e pele negra, seu corpo é escultural e ela sorria de maneira sedutora para ele. Mal sabe ela a merda em que ela está se metendo coitada.

Le Professeur - Duologia Amor e Desejo - Livro I(Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora