Era uma vez um garotinho.
Era uma vez a perda.
Era uma vez o reencontro.
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- Onde você estava Gabriel? - Minha mãe diz, assim que abro a porta.
- Eu fui ver...
Me calo ao ver, três soldados, apareceram por trás dela, ambos com a espada do treinamento para a ordem.
Dois de vermelho e um de Cinza.
Fogo e ar.- Então desobedeceu o toque de recolher? - O mais alto e com o uniforme vermelho fala. - E ainda mais sem elemento?
- CORRE BIEL. - Ouço minha mãe gritar, e já jogar seu elemento nós três.
Um de vermelho caio no chão, já os outros dois, foram mais rápido e colococaram o escudo.
Não, não irei deixá-la. - Penso.
Vejo então as esferas de fogo, indo em direção a minha mãe, o escudo fora quebrado rapidamente, e o de Cinza, fez um redemoinho que a revestiu, tirando seu ar.
Antes que ela morresse, pulei em um dos soldados caídos, pegando sua espada e perfurando no peito, o Soldado de cinza, que caiu, tirando a manipulação da minha mãe, antes mesmo que o último Soldado tentasse jogar umas das esferas contra mim, minha mãe fez um escudo.
- CORRE. - Ela grita novamente.
Quando chegou perto da porta, o soldado ainda me joga uma esfera, na qual minha mãe se joga em minha frente, na mesma hora que a esfera dela, o atinge na cabeça, e ambos caem no chão, logo o som atraia curiosos.
Corri.
A chuva levava cada gota de suor, que caiu da minha pele a segundos atrás.
O galope dos cavalos, a trombeta, a chuva dificultou um pouco a minha visão, já estava cansado, o esconderijo onde eu estava logo foi descoberto, precisava correr.
E então bati em algo que não vi, não tinha saída, estava fechado por um escudo protetor, sentei encostado no escudo esperando minha morte.
- Não, por favor. - Olho para eles, que riem de mim. - Por favor...
Logo cai de costas, o escudo se desfizera e a luz, a luz roxa consumiu a tudo, a lenda, o medo apenas cresceu, quando aquela luz sumiu, e apenas um garota estava em seu lugar.
- Oque está acontecendo? - Ela fala.
- Eeeeele... - Eles estão gaguejando? - Ele matou três dos nossos soldados, junto com a mãe, ele foi sentenciado a morte.
- Porque matou os três soldados? - Fico calado, uma garota, com aquele poder. - Então eles estão certo?
- Não, eles iriam me matar.
- Porque?
- Eu sou um sem elemento.
- Ele quebrou o toque de recolher.
- Um sem elemento? - Ela fala agora curiosa. - Para que esse toque de recolher?
- Para a paz. - O soldado diz.
- Então, porque ele quebrou uma regra, ele é morto?
- Porque eu não tenho Elemento. - O garoto diz, agora se levantando. - Antes mesmo, de descobrirem que eu sou, Sem-Elemento, quebrei várias vezes essa regra, e não me mataram.
- Então tudo é, porque ele é Sem-Elemento? - Eles ficam calados
Deixem-o em paz.
E assim eles fazem, vão embora.
- Obrigado. - Agradeço.
- Você não pode ficar aqui. - Ela diz.
- E onde eu iria?
- Não sei.
- Minha mãe foi morta, eu sou foragido, se eu voltar vou ser morto.
- Eu sou perigosa.
- Qual o seu elemento? Roxo? Nunca vi.
- Quer saber mesmo? - Ela para, me fazendo parar também e se vira para mim.
- Sim.
- Todos. - Ela fala curta e grossa.
- Todos?
Ela começa a andar novamente.
Eu a sigo.
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Os Elementos - Os Renegados
FantasyCapa por- Michelemsilva https://my.w.tt/jElKZEmds7 Nascer sem elemento é péssimo, nascer com dois é raramente quase impossível, mais três é morte. Ao nascer todos temos resquícios do nosso elemento. Em um mundo, onde todos manipulavam algum elemento...