Capítulo I

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Conheci Effie no hospital

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Conheci Effie no hospital.

Minha melhor amiga tinha inaugurado seu próprio restaurante no centro e, com tantas emoções misturadas, acabou tendo uma subida de pressão.

Colin, seu marido, levou-a diretamente até a clínica obstétrica onde ela estava fazendo seu pré-natal há quase 3 meses.

A primeira coisa que vi foram seus olhos cor de oliva. Deus, aqueles olhos eram a minha perdição. E então os cabelos dourados em volta do rosto, caindo pelos ombros.

O uniforme rosa de enfermeira ficava horrível em todas, menos nela. A atenção com que ela escutava cada detalhe do dia de Megan era admirável.

Effie era admirável. Perfeita e...

Mãe do meu filho.

Que ela iria abortar.

Enfiei os dedos entre os fios castanhos e os puxei levemente. Deus, o que eu faria? Eu queria o bebê, claro. Sempre quis um bebê.

Mas um bebê de Effie... Ah, puxa.

- Pensando na Effie? - Megan se sentou na cadeira ao meu lado, colocando um prato com bolinhos no centro da mesa. Suspirei e empurrei o prato para longe. Ela ergueu as sobrancelhas. - Recusando meus bolinhos? Ok, a situação é crítica. O que houve, Will? Vocês terminaram?

Não respondi. Eu a olhei nos olhos por um momento, estudando aquele azul tão familiar para mim, então meu olhar desceu para sua barriga de oito meses.

Minha mão pousou bem acima de seu umbigo, sendo recebida por chutinhos de imediato. A mão de Megan encontrou a minha e entrelaçou nossos dedos.

- Docinho, o que houve? - Ah, quando Megan me chamada de Docinho, um apelido de infância, não havia nada que eu pudesse esconder dela.

Meus olhos arderam.

- Effie vai ter um bebê.

Minha melhor amiga soluçou. Levantei o olhar para ela e encontrei a sua típica expressão chorosa. Olhos vermelhos, ponta do nariz vermelha e lábio inferior trêmulo.

- Oh, William!

Ela me puxou para um abraço. Enterrei a cabeça na curva de seu pescoço, sentindo seu cheiro de baunilha e me permiti chorar.

Chorei por amar Effie. Chorei por um sonho que se tornava realidade. E chorei por um bebê que não nasceria.

Megan me afastou bruscamente, com os olhos arregalados.

- Para quando é? Eu serei a madrinha? Puff, que pergunta! Óbvio que serei. Já sabe o sexo? Oh, tem que ser uma menina! Ela e meu Ben farão um casal per...

- Ela não vai ter o bebê, Meg.

Megan permaneceu com a boca aberta, prestes a terminar de pronunciar a palavra, congelada. Como se eu tivesse pausado o filme no meio da fala da personagem.

- Eu vou matá-la! - Megan rugiu, atraindo atenção dos poucos clientes ao redor, tomando o café da manhã antes de seguirem para o trabalho.

Arregalei os olhos quando ela se apoiou na mesa, tonta. Aparei-a antes que pudesse cair no estofado.

- Ficou maluca, Meg? - Ralhei, apoiando sua cabeça em meu peito enquanto abanava seu rosto com uma das mãos. - Colin! Alguém chama o Colin, pelo amor de Deus!

Colin apareceu um minuto depois. O cabelo longo estava preso em um coque no alto da cabeça. Ele vinha limpando as mãos no uniforme de cozinheiro que Megan insistia que ele usasse.

Ele fica uma delícia, ela alegou quando presenteou o marido com o uniforme no último Natal.

- Meg! - Colin correu até a esposa quase desfalecida em meu braços. Ele olhou para mim, alarmado. - O que houve?

- Ela se alterou.

- Me alterei?! - Ela exclamou. - Effie! Foi isso o que aconteceu! Eu vou matá-la, ConCon! Matá-la!

Ela respirou fundo, soltando o ar com um bico engraçado. Repetiu o ato umas dez vezes, antes de agarrar a mão do marido.

- Talvez eu a mate depois que ela examinar o Ben, sim?

Quando adentramos a clínica da doutora Porter, ela estava lá, rindo com as recepcionistas, mas nos avistou assim que abri as portas para Colin entrar com Megan.

- O que houve? - Ela perguntou, correndo até nós.

Uma cadeira de rodas foi trazida por outra enfermeira e ela ajudou Colin a sentar Megan na cadeira.

- Bem... - Engoli em seco.

- Vaca estúpida - Meg rosnou. Effie arregalou os olhos, assustada, mas quando a morena arfou, sua expressão se tornou preocupada. - Como pode fazer isso com um bebê?

A loira parou por um instante. Seu olhar passou da morena para mim antes de balançar a cabeça e colocar as mãos no ventre inchado de Meg.

- Ok, bipem a doutora Porter e levem ela para o terceiro andar - Effie sorriu para Meg. - Parece que esse rapazinho decidiu chegar mais cedo.

A enfermeira que trouxe a cadeira de rodas assentiu e agarrou a cadeira de Meg, empurrando-a na direção do elevador.

Effie ia no encalço quando Colin a chamou:

- Effie - Ela se virou para ele. - Cuide deles, ok?

Aqueles olhos verde oliva se voltaram para mim. Ela sorriu antes de olhar para Colin e assentir.

- Vou cuidar do seu bebê como se fosse meu, Colin.

- Vou cuidar do seu bebê como se fosse meu, Colin

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Primeiro capítulo fresquinho pra vocês, beninas.

Vejo vocês na quarta! E não esqueçam de votar e comentar.

Beijo, beijo.

> Bree

Aprendendo A Amar ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora