Capítulo IX

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Celeste tinha os olhos vermelhos quando a encontrei

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Celeste tinha os olhos vermelhos quando a encontrei. Megan e Colin vinham atrás de mim. A mulher de cabelos pretos soluçou.

— Eu sinto muito. — Ela sussurrou.

As lágrimas começaram a cair. Meus joelhos tremeram quando a vi lá dentro. Os cabelos loiros estavam espalhados pelo travesseiro, tão dourados quanto o sol da manhã. O rosto estava pálido, os lábios secos.

— O que houve? — Colin perguntou.

— Foi na pediatria. — Anne explicou, abraçando Celeste de lado. A mulher chorou em seu ombro. — Uma garotinha derrubou água no chão. Effie chegou antes da limpeza.

— Isso é um absurdo. — Megan rosnou. — Essa clínica é a melhor de Atlanta!

Anne lançou um olhar magoado para Megan.

— É uma criança, querida. — Colin beijou sua testa. — Não teve culpa de nada.

— E o meu filho? — Perguntei.

A barriga de Effie estava murcha, como se algo tivesse sido arrancado dela.

— Descolamento da placenta. — A doutora Porter se aproximou. — Tivemos que retirar o seu bebê. Ele está na UTI, é nossa prioridade agora. Aliás, parabéns é...

— Eu não quero saber. — Interrompi. Balancei a cabeça. — Digo, não quero saber o sexo. Quero descobrir junto com a Effie. Como nós planejamos.

— Docinho, talvez você deva...

— Essa é a minha decisão. — Me aproximei da porta, sem tirar os olhos dela. — Eu posso vê-la.

— 10 minutos. — A doutora disse antes de dar meia volta, em direção a outro corredor.

Puxei a porta de vidro, sendo atingido pelo frio do ar-condicionado e o cheiro de baunilha e erva-doce que eu tanto amava.

Sentei na poltrona ao lado da cama, agarrando sua mão.

— Oi, Linda — Sussurrei, acariciando as costas de sua mão com o polegar. — Aviso já que você continua bonita apesar de estar nessa cama.

Soltei uma risada anasalada.

Ela começara a ganhar peso, trazendo a insegurança e a paranóia de que estava feia a cada minuto do dia.

— Eu estava a caminho daqui, sabia? Com sua torta de chocolate com maracujá. — Funguei. — Deus, Effie, eu não posso perder vocês. São tudo o que eu tenho. Então, por favor, seja teimosa agora. Use toda essa teimosia para continuar aqui comigo.

Eu sabia que eles estavam me vendo. Sabia que estavam ouvindo. Sabia que estavam chorando. Outras enfermeiras estavam com eles, todas chorosas pela mulher deitada na cama.

Minha mulher.

Enfiei minha mãe no bolso no jeans, agarrando o par de sapatinhos rosa.

— Eu devia dar isso a você hoje. — Enfiei o dedo dentro do sapatinho, pescando o anel lá dentro. A pedra branca brilhou na luz do quarto. — Quero que se torne minha esposa, Effie. Que seja minha mulher oficialmente. Effie Jensen Trevor. Soa bem para mim.

Mais enfermeiras chegaram.

— Você conquista o amor de todos, Effie, assim como conquistou o meu. Sei que nosso filho será tão encantador e perfeito quanto você. De cabelos loiros e olhos castanhos esverdeados. A nossa mistura perfeita.

Eu me calei por um momento. Esperei que ela se movesse. Como nos filmes, em que quando fazemos silêncios, elas acordam sorrindo e dizendo que também nos amam. Mas ela não acordou.

Me estiquei até que nossos rostos ficassem acima um do outro. Nossos lábios se tocaram.

Do lado de fora, bipes apitaram. Passos apressados no chão. O grito de Meg.

Os olhos dela se abriram.

— Desculpe. — Ela sussurou.

E começou a chorar.

Genevieve Porter olhou para o relógio de pulso e suspirou

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Genevieve Porter olhou para o relógio de pulso e suspirou.

— Hora do óbito — Celeste soluçou. — 15:38.

Eu gostaria de lembrar que às 09:24 do dia 07 de julho, Nicoly prometeu que me perdoaria

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Eu gostaria de lembrar que às 09:24 do dia 07 de julho, Nicoly prometeu que me perdoaria.

> Bree

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