Capítulo VII

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Will estava chateado

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Will estava chateado.

E eu sabia o porquê. A foto do meu ultrassom não estava na minha bolsa. Além disso, ele não estava com uma cara boa quando o encontrei no carro e também não falou comigo mais do que o necessário.

Ele não dormiu em casa. Horas mais tarde, Colin me mandou uma mensagem dizendo onde ele estava. Na maternidade com Megan e Benjamin.

Ele tinha o bebê nos braços e sorria abertamente para ele. Megan assistia a tudo com um sorriso carinhoso, mas então seu olhar se encontrou com o meu. Ela revirou os olhos.

Suspirei, derrotada.

Celeste e Anne desviaram o olhar dos prontuários de mim para o moreno dentro da maternidade. Elas se entreolharam.

— O que houve? — Anne se pronuncionou primeiro.

— Ela fez um ultrassom na semana passada. — Celeste explicou, olhando ligeiramente para as portas da maternidade. — E não contou para o bonitinho.

— Você não deixou que eu o chamasse! — Acusei a mulher de cabelos pretos.

— Em minha defesa — Ela colocou a mão no peito, indignada. — Você nem insistiu.

Anne lançou um olhar para Celeste. Os olhos acusadores.

— Fez isso para se vingar da Megan, não foi Celly?

Franzi o cenho.

— Se vingar da Megan? Porque a Celeste se vingaria da Megan? — Alternei meu olhar entre as duas.

Celeste cruzou os braços e olhou para cima, indiferente. Anne colocou as mãos na cintura, aquele olhar de mãezona no rosto.

— Não contou a ela, Celeste? — A cacheada levou a mão às costelas dela para dar um beliscão. A morena se afastou, irritada. — Conta, Celeste!

— Está bem! — Ela exclamou. Respirou fundo, pegando uma madeixa preta nas mãos pálidas e analisando as pontas, à procura de pontas duplas. — Eubrigueicomela.

— O que?

— Eu briguei com ela, Effie! — Celeste exasperou.

— Como assim — Cruzei os braços. — brigou?

Anne deu uma risadinha.

— Foi engraçado até. — Ela comentou.— Depois que você saiu da sua consulta, ela veio aqui para falar com a Megan. Inicialmente, ela me disse que seria uma conversa de madrinha para madrinha. Bem, isso até ela começar a chamar a minha paciente de pilantra manipuladora.

— Mas ela é. — Celeste resmungou. Anne pigarreou. — Desculpe, continue.

— Então — A cacheada recomeçou. — elas começaram a gritar uma com a outra e só pararam quando eu...

Anne foi interrompida pela sirene no andar, iluminando o balcão com uma luz azul.

Ordem de parada.

Nos entreolhamos.

As portas da maternidade se abriram e Will surgiu, preocupado e ofegante.

— Tem alguma coisa errada com o Benjamin.

Agarrei o bipe no balcão.

— Chamem a doutora Porter!

O monitor apitava. O medidor de batimentos cardíacos estava a loucura.

— Taquicardia — Anunciei para Anne que surgiu ao meu lado. — Cadê a doutora Porter?!

— Ajudem o meu filho! — Megan exclamou, desesperada. Ela se agarrou à Will, tão asustada quanto ela. — Façam alguma coisa! O meu bebê está morrendo!

— Não podemos tocar nele. — Anne explicou, enquanto eu me afastava para que Celeste se aproximasse. Ela tinha as mãos erguidas em punho, esterelizadas.

— Como assim? — Will rosnou. — São médicas! Ajudem o meu afilhado!

— Somos enfermeiras. — Retruquei, atraindo o olhar raivoso dos dois. Pela primeira vez, não me encolhi diante dos dois. Agarrei o bipe para chamar a doutora Porter novamente. — Enfermeira não tocam no paciente.

A doutora irrompeu pelas portas. Genevieve avaliou o monitor.

— Muito bem — Ela suspirou. — Apliquem 10 ml de lidocaína.

Celeste assentiu, pegando o medicamento e retirando do frasco com a injeção. Passou para mim, que apliquei no acesso.

Segundos se passaram. Os batimentos não diminuíram.

— Certo, mais 10 de prilocaína.

Desta vez, Anne quem me passou. Apliquei. Suspiramos aliviadas quando os batimentos voltaram ao normal.

— Certo, meninas — Genevieve tirou as luvas, esticando seus dedos finos. — Temos um caso de hipertensão aqui. Eu quero um raio-x do tórax. Effie você vem comigo, Celeste cuida do exame e você monitora, Anne.

Assentimos. As meninas começaram a se dispersaram e eu me preparei para seguir a doutora.

— Effie — A voz trêmula de Megan me fez parar no meio do caminho e me virar para a morena. — O que há com o meu Ben?

Troquei um olhar com a doutora Porter. Ela assentiu e seguiu seu caminho, me deixando à sós com os dois.

Respirei fundo.

— Megan, o seu bebê tem hipertensão prematura. — Ela ofegou, cobrindo a boca com a mão. — É algo normal em bebês prematuros que tem pais hipertensos.

— Hipertensos? — Ela trocou um olhar confuso com Will. — Mas eu...

— Pressão alta, Meg. — Will explicou, apertando-a contra seu peito. — Ben tem pressão alta.

Ela soluçou, as lágrimas escorrendo por seu rosto.

— Eu matei o meu bebê. — Ela chorou.

— Meg, ei, escute — Agarrei seu rosto, obrigando-a a olhar para mim. — Seu bebê não morreu. Ele está aqui. Seguro. É só um probleminha, ok? Q doutora Porter vai avaliar os exames e tudo vai dar certo.

— Promete? — Ela fungou.

Troquei um olhar com Will. Ele balançou a cabeça, negando, mas também tinha aquele olhar esperançoso.

Suspirei, abrindo um leve sorriso.

— Prometo.


— Prometo

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Oi, rs. Problemas no paraíso, huh? Não me matem, plis.

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> Bree

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