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"- Se querem esse lugar, vão ter que me matar primeiro! A Herdeira dessa merda sou eu!"

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Continuação de:
UMA  POLICIAL NO MORRO

Com um ano, eu descobri que eu podia entrar dentro da geladeira e um tempo depois comecei a andar.

Com dois anos eu ja falava coisas que alguns entendiam.

Com três anos aprendi a assustar meu pai.

Com quatro anos tive minha primeira franjinha.

Com cinco anos, aprendi que não podia esperar papai pra ir dormir.

Com seis anos tive minha primeira moto (adorava minha motinha elétrica rosa).

Com sete anos resolvi parar de chupar bico e tomar leite na mamadeira.

Com oito anos quis minha casa própria, mas meu pai não deixou.

Com dez anos eu dei meu primeiro beijo.

Com onze anos coloquei meu aparelho dental.

Com doze anos me apaixonei.

Com treze eu aprendi que garotos demoram mais pra sair das fraldas.

Com quatorze me apaixonei e tive a merda do meu coração partido.

Com quinze resolvi que eu sou boa em ser sozinha e que eu não precisava de ninguém.

Com dezesseis, meu pai me proibiu de contrariar ele, mas nada mudou.

Com dezessete eu ja andava pelo morro todo.

Com dezoito conheci o bailão, e meu pai curtia comigo, mas com regras.

Com dezenove, meu pai ja não me encontrava mais em lugar nenhum, eu dava cada perdido por ai.

E mês passado eu fui sequestrada, como sempre meu pai matou todo mundo e tudo ficou bem, não tem nem graça ser sequestrada!

Me mandaram pra casa da vovó e do vovô, me falam que eu sou praticamente a versão feminina do meu pai, com o coração e o bom senso da minha mãe.

Mesmo que minha mãe tenha feito coisas ruins, ela sempre deixou claro que foi preciso, então eu não a culpo e não acho que isso faça dela um coração ruim.

Ela pensa nas pessoas até quando não deveria.

Meu castigo finalmente acabou, não que seja ruim ficar na casa dos meus avós, porém meu vô tem um ódio mortal pelo meu pai e acaba falando algo ruim.

Dei um beijo na bochecha do vovô.

Eu- logo eu faço alguma merda e me mandam pra cá novamente.

Vovô- não demora então!

Abracei a vovó.

Vó- se comporta!

Vovô- sempre falei que ela deveria morar com a gente! Minha futura Juiza.

Sorri.

Eu- acho que não vovô.

Sai um pouco depois, depois de minha vó preparar um monte de doces pra mim levar.

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Cheguei no morro e na entrada ja tinha Lelê me esperando.

Eu- vou a pé, preciso ver meus amigos.

Lelê- vai porra nenhuma, entra na merda do carro.

Entrei.

Eu- você é o mais chato sabia?

Lelê- você não sabe das merdas que estão acontecendo aqui, a gente só quer te proteger.

Eu- esse papo de novo? Para com isso!

Lelê- a real é que você não se preocupa com nada! É nois que ta correndo pra te proteger, você só quer saber de bailão!

Eu- me proteger do que Leandro?

Eu sou a única que o chamo assim quando to brava.

Lelê- só não faz merda de novo.

Eu- não vou!

Vejo meu pai mais pra cima falando com duas crianças.

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Lucas pov-

Eu- eu vou atirar na porra da mão de vocês se eu pegar roubando de novo!

Xx- não ele não vai!

Reconheci a voz da garota.

Lala- ele é um homem mal, mas eu não vou deixar ele fazer isso! Mas tem que me prometer que não vão mais fazer isso!

Larissa sempre vem com essas merdas de me contrariar, odeio isso!

Ela tirou uns doces da bolsa e deu pra eles.

Os dois piralhos sairam correndo depois dela dar também o meu dinheiro pra eles.

Abracei ela.

Eu- eu tenho que ser duro com eles, é assim que vão parar!

Lala- não, você tem que entender o motivo deles!

Eu- ser boazinha não vai fazer eles te respeitar.

Lala- não quero respeito, quero que parem de ter medo de você!

Eu- o medo impõe limites! Mas você não ta pronta pra essa conversa!

Subimos até em casa discutindo.

Vi Laureana limpando a churrasqueira.

Eu- porque ela puxou sua teimosia? Puta que pariu!

Ela riu.

Laurinha- sua teimosia! Acha que esta certa o tempo todo!

Lala- parem com isso, eu estou ouvindo tudo.

Ajudei ela a limpar.

Lala- hoje tem bailão ne?

Sorri.

Eu- você não vai.

Laurinha- não depois do que aconteceu.

Lala- vão me prender aqui é isso?

Laurinha- até a gente arrumar alguma solução sim!

Lala subiu as escadas correndo falando que iria sim.

Eu- ta gostosa amor.

Agarrei ela.

Ela se inclinou mais pra limpar o fundo da churrasqueira.

Só pra me provocar certeza.

Segurei na cintura dela.

Eu- vamo uma rapidinha?

Laurinha- to limpando, não to te provocando.

Eu- esfregando essa raba em mim?

Ela riu e levantou.

Laurinha- ta mais vai ser rápido.

Depois que a gente começou, ela não quis saber de parar.

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Quem é vivo sempre aparece kkkk

Mil desculpas pela demora.

Queria que fosse perfeito, mudei essa história umas 50 vezes sem brincadeira, tentei arrumar tempo pra escrever.

Demorei pq tava passando muito mal, mas agora voltei.

Minha vontade é de reescrever a parte que Laureana descobre a gravidez, porque não é aquela maravilha toda não viu kkkkk

Vou tentar colocar o máximo de capítulos possíveis.

Boa leitura, ignorem meus erros kk

A Princesa da FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora