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Larissa pov-

Bebi muito e já tô vendo coisas.

Eu só queria que tudo isso acabasse, queria minha vida de volta, as festas, os amigos, agora todos tem medo de mim.

Não consigo aproveitar nada, tudo é sempre uma bagunça, sempre resolvendo tudo, mas, agora é tarde pra reclamar.

Pam- sua cara tá pior que antes!

Eu- é porque você não vê gente morta.

Pam- credo Larissa!

Geleia veio falar com ela e ficaram um pouco distantes.

Eu tô cansada disso tudo.

Me levantei pra ir embora, mas senti alguém me puxando.

Eu- tá maluco?

Era Edu.

Edu- vamo conversar!

Eu- não!

Ele tava bêbado demais.

Edu- eu só quero conversar!

Tentei tirar a mão dele de mim.

Edu- você não era assim!

Me estressei e gritei com ele.

Eu- e como eu era?! Fiz tudo que você queria, sempre fiz! Você matou meu pai e eu simplesmente aceitei uma merda de aliança, que na verdade não era necessário! Porque você é fraco!

Edu- matei mesmo Larissa? Até porque eu não lembro! Apontei a arma pra ele e acordei em outro lugar, você é mentirosa e eu não acredito em nada que você fala!

Os bêbados do bar só via a baixaria.

Eu- você não passa de um filhinho do papai que não aceita ser chamado de fraco, não aceita uma rejeição!

Apontou a arma pra mim e todo mundo saiu gritando.

Mas eu não fiquei nem um pouco preocupada.

Eu- você nunca atiraria em mim.

Ri dele.

Pam- parem com isso.

Eu- deixa ele Pam! Acaba com isso logo Eduardo! Porque se você sair desse bar estará morto!

Edu- me mata você!

Me deu a arma.

Atirei na perna dele sem pensar duas vezes.

Ele caiu de joelhos.

Tirei as balas da arma e joguei no chão.

Eu- você nunca será igual a mim!

Pam me puxava pra ir embora enquanto ele me olhava com muita dor .

Eu não sinto nada e isso me assusta.

Eu- você nunca teria coragem,  mas eu tenho, nunca duvide de mim !

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Cheguei em casa e a Pam falava muito na minha cabeça.

Pam- quer que passe assim? Quer que os mortos sumam? Não vai funcionar desse jeito.

Eu- ele me confrontou!

Deitei na cama pra descansar.

Ela não para de andar pelo quarto e falar.

Pam- você poderia ter matado ele.

Eu- mas eu salvei a vida dele! Se fosse outro teria atirado na cabeça!

Pam- a claro!

Eu- você acha que iam deixar ele vivo depois do show que ele fez lá? Eu atirei pra amenizar, não sou fraca como ele!

Ela foi no banheiro, demorou um pouco e voltou.

Pam- vai tomar banho, já enchi a banheira.

Quando eu entrei na banheira eu desabei, enquanto ela mexia no meu cabelo.

Pam- sei que tá sendo difícil, mas você não é o seu pai! Mas mesmo se for, até ele se apaixonou!

Eu- eu não sei oque sinto por ele.

Pam- descansa, se não quiser mais assumir o morro, deixa com o Lelê, você pode voltar a traz, e tá tudo bem meu amor.

Ela fazia carinho no meu cabelo.

Eu- eu sou fraco, eu digo que ele é, mas na verdade eu que sou, mato quem pensa ao contrário de mim pra mostra oque sou, mas eu não sou isso.

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Acordei com Lelê me avisando que tão falando por aí que meu pai tá vivo e que a gente tá escondendo isso da favela.

Eu- deixa eles falarem, não vou dar moral pra fofoca.

Lelê- melhor avisar seu pai.

A Princesa da FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora