De repente em outra época. [CONCLUÍDA]

17_ "Ahan Cláudia, senta lá."

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Não me matem, amo vcs. 😁❤️

Estávamos todos sentados em frente à uma fogueira que eu não fazia a menor ideia de como tinham conseguido acender.

Eu estava abraçando minhas pernas com o queixo sob os joelhos e pensando... Pensando no que a fada falou, sobre as flechas mortais. Eu estava apreensiva não posso mentir, mas eu sabia que eu teria que continuar e arriscar a minha e a vida dos outros se precisasse voltar pra casa.

Até podem me achar egoísta por isso, mas eu preciso voltar. Essa não é a minha vida, e provalmente nunca vai ser.

— Vocês querem biscoitos? — Emma 2 fala tirando todos de seus pensamentos.

— Não, obrigada. Eu... Vou dormir, tô com sono e a gente vai ter que acordar cedo amanhã certo?

Sem esperar resposta nenhuma me levanto e me dirijo até a minha barraca. Por incrível que pareça Ingrilia era boa mesmo em fazer um acampamento, se fosse eu as barracas nem em pé tinham ficado.

Fico deitada encarando o teto, eu não estava com sono, isso só foi uma desculpa pra mim não ficar com eles, pra depois não me arrepender de ter vindo porque eles estão arriscando suas vidas pra ajudar uma desconhecida.

Escuto alguém entrando na barraca, só poderia ser Laurença pois eu dividiria a minha barraca com ela. Mas aquele não era o perfume doce enjoativo dela.

Abro um olho e vejo Emma 2 me encarando.

Eu não estava acostumada ainda com a ideia de que o meu subconsciente agora possuía uma forma humana.

— Não precisa se preocupar.

Foi a primeira coisa que ela falou.

— Impossível — Falo com uma voz baixa. — É... Impossível não me preocupar, é a vida deles, E A MINHA, que estão em jogo...

Ela dá um suspiro pesado.

— Nós vamos conseguir. Você vai ver — Ela fala decidida.

— Por que eu não acho isso? Por que eu estou com tanto medo?

— Deve ser coisa da sua cabeça.

— Igual você.

Rimos da maneira como eu falei.

— Eu posso ser uma coisa da sua cabeça, mas pelo menos eu sou real.

— E esse medo que eu sinto? Não é real?

— Não acho que seja. Vai dar tudo certo.

Ela fala segurando minha mão em seguida apertando a mesma, foi reconfortante.

— Mudando de assunto. E você e o Jonathan eim? — Ela fala com um sorriso maroto me cutucando.

— Não tem nada entre mim e o Jonathan.

— Ahan Cláudia, senta lá.