11_ "Eles não sabem quem é o Olaf."

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Organizar um baile era três vezes mais difícil do que eu imaginava ser. Eu não tinha tempo nem pra respirar direito! Sem contar nas aulas que eu tive essa semana, como dança, pintura, canto e as aulas com a senhora Junner. Era muito cansativo, ainda bem que hoje é Sexta e já está quase tudo pronto.

Hoje sendo Sexta, tenho aula de arco e flecha com o Jonathan, é eu nem acredito mas lembrei o nome dele.

Estou me arrastando pelos gramado verde do lado externo do palácio com uma cara de morta.

— Bom dia alteza — Jonathan faz uma reverência quando eu me aproximo e eu continuo com a mesma expressão, fiquei com preguiça de sorrir.

— Não sei o que tem de bom — Murmuro.

— O que disse?

— Nada.

— Está pronta pra começar?

Começo a resmungar.

— Parece que alguém não acordou de bom humor hoje — Ele fala com um sorriso brincalhão.

— Bom humor? Quem em sã consciência ficaria de bom humor com essa correria toda?

— Ah, o baile certo?

— Sim...— Respondo me jogando em uma cadeira que estava ali próxima da mesa onde se encontravam os arcos e as flechas.

— Imagino que não esteja sendo fácil para a senhorita organizar tudo.

— Ser princesa é mais difícil do que eu imaginava.

— Mas... A senhorita não é desde que nasceu?

Tinha esquecido que ele não sabe de nada.

— É... Mas as coisas só complicam com o tempo — Falo a primeira coisa que me vem a mente.

— Parece que ter uma coroa na cabeça não é tão bom quanto aparenta ser.

— Realmente, não é.

— Entendo. Quer dizer... Bem eu não entendo mas compreendo...

Dou uma risada com a forma de como ele falou.

— Olha só, nunca vi a senhorita rindo — Ele fala também com um sorriso estampado no rosto.

— Sério?

Ele dá de ombros.

Respiro fundo.

— Será que você não poderia me dar um dia de descanso hoje em vez de aula?

— Hmmm... Seus pais me pegam para lhe dar aulas, não descanso...

— Não se preocupe, eu me acerto com eles depois.

— Mas... Eu preciso do dinheiro.

Foi quando ele disse isso que eu reparei como ele se vestia, então ele era um camponês.

— Ah... Eu posso falar com eles pra te pagarem se quiser.

— Não precisa...

— Claro que precisa, você não vai sair prejudicado por causa da minha preguiça.

— Ah... Então, obrigado — Ele disse com um sorriso sem graça.

Ficamos alguns segundos em silêncio cada um perdido em seus próprios pensamentos.

— Sabe alteza... Você não é como as pessoas dizem ser...

É bom escutar isso de novo.

— Ah não? E o que exatamente as pessoas dizem sobre mim?

De repente em outra época. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora