20_ "Vai assustar o cão, diabo!"

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Como eu sou cara de pau eu volto da mesma forma que eu sumi, DO NADA. Hehe boa leitura ❤️

...

Já havia se passado algumas horas desde a morte de Lawrence. Estávamos todos sentandos debaixo de uma grande árvore, Ingrilia ainda chorava e abraçava suas pernas se balançando pra lá e pra cá. Laurença estava com uma cara de tédio lixando as unhas, sim ela havia trago uma lixa de unha. Jonathan tentava estudar o mapa, já que Lawrence não estava mais aqui...

Eu estava do lado de Ingrilia tentando acalma-lá. Eu fiquei do lado dela o tempo todo, não a abandonaria nesse momento. Ela ficou comigo quando Emma morreu, eu não vou simplesmente virar as costas pra ela.

Que tipo de ser humano eu seria se deixasse ela de lado?

Talvez um Clarkson da vida.

Calma Ingrilia... Vai ficar tudo bem — Eu sussurrava pra ela enquanto massageava suas costas. Ela já estava naquela posição a mais de três horas, se fosse eu já estaria só o pozinho dos ossos.

Ela apenas soluçava e negava com a cabeça. Provalmente se negando a aceitar a morte do loiro. O meu maior medo era de que ela me culpasse por isso, igual eu me culpava pela morte de Emma.

Eu fico pensando... E se eu tivesse ficado? E se eu não tivesse dado a louca pra voltar para a minha vida normal?

Eu posso até estar sendo egoísta. Mas... É um sentimento difícil de explicar. Eu poderia não gostar da minha vida antigamente, mas só foi eu sair dela que eu comecei a dar o devido valor. Por mais que a vida de princesa seja perfeita, eu não poderia ficar. Aqui não é o meu lugar. Essa não sou eu.

Eu preciso voltar... E quando eu voltar espero que todos que estão aqui comigo continuem seguindo suas vidas normais. Porque eu pretendo continuar a minha.

Sou tirada de meus pensamentos por Jonathan que se levanta e toca o meu ombro.

Encaro seu rosto e olho pra Ingrilia que continuava da mesma forma. Soltando um suspiro eu levanto e o acompanho.

— Falta pouco para chegarmos.

— Não tem mais nenhum perigo não é mesmo?

— Não Emma. Agora acabou. Direto para a montanha.

Dou um suspiro de alívio, mas esse suspiro é rapidamente cesado quando eu lembro do que Kaylan vivia me avisando.

— Os Wonkys...

— O quê?

— Os Wonkys Jonathan! Eles... Eles são fatais... Eles podem nos matar. Não é?

Ele abaixa a cabeça.

— Jonathan...

— Emma não se preocupa, a gente vai conseguir. Você vai ver — Ele fala tocando meu rosto e me puxa para um abraço. Um abraço que eu tinha certeza que estava precisando a muito tempo.

***

Não demoramos muito mais tempo naquele lugar, precisávamos chegar à colina antes do anoitecer. E pelos cálculos de Jonathan, no ritmo que estávamos andando chegaríamos logo.

De repente em outra época. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora