Um adeus ...

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Capítulo 11

Larissa Alves

Ta legal, não concordo com essa história de plano pra enganar a Mih, poxa ela passou por muita coisa pra fazerem essa "brincadeira", mais como todo bom amigo me calei e deixei o mandante Nathan fazer o trabalho. Esses dias passaram rápidos demais minha barriga já até da pra ver um pouco, o Paulo andava meio estranho, não sei porque, quem estava grávida sou eu, a gente saiu da casa de Carol, eu morrendo de vergonha, pra que ele tinha que falar ?? Acho que estava ficando neurôtica, queria mesmo saber qual é o sexo dele ou dela, acho que rir dos meus pensamentos, o Paulo me chamou, eu o olhei, tão lindo, tão meu.

-Amor ? Você está bem ?, o olhei por um momento curtindo sua preocupação.

-Sim estou, estou muito bem. Sorrimos, e fomos pra casa, o Paulo nem me beijou, me deu um simples "Tchau" e foi embora bem mais rápido que o comum, entrei em casa e foi quase que momentâneo senti uma pontada na barriga, gritei e me dobrei de dor, chamei pela minha mãe ela não estava em casa, não sabia o que fazer, andei com dificuldade até a mesa do centro, apertei o dois na discagem rápida.

Ligação ON

"Emergência, o que deseja ?"

"Oi, oi é .. eu to grávida e estou .. ai meu Deus .. eu estou sagrando, por favor me ajuda." Estava vendo tudo embaçado na minha frente.

"Senhora se acalme mandaremos uma ambulância para ai imediatamente, nos informe seus dados."
.....

Paulo Castagnoli

Estava cansado, não sabia se iria suportar olhar pra ela de novo, sabendo que acabei com um futuro nosso, dela, meu. Não conseguia mais toca-lá, não como antes, cheguei em casa me joguei na cama, tinha que dormi precisava dormir, olhei o Snap, mexi em alguns apps, quando o recebo uma mensagem do Caíque.

Snap ON

"Cara vem logo pro Hospital Português"
Caíque está digitando ...

"Caralho o que houve ? Foi alguma coisa com a Yasmim?"

"A Larissa passou mal e deu entrada faz uns vinte minutos, cara acho que é sério."
Caíque está digitando ...

"Ta já to indo."

"Não é Yasmim é a LARISSA."

Desliguei o telefone, mais que merda era essa que estava acontecendo, ela estava tão bem a uma hora atrás, não podia ser, não era pra ser assim, coloquei um casaco, não ia de carro, o hospital era bem perto, dez minutos depois, cheguei encontrando o Caíque abraço com a Carol, ela estava chorando, o que me fez pensar no pior.

-CADÊ ELA ?? - bati na mesa da secretária- CADÊ ELAA ???

O Caíque me segurou, e ficou falando "calma cara" no meu ouvido.

-Ela .. ela .. ela morreu ? - já soluçava no fim da frase.

-Eii não relaxa, ela parece que teve um tipo de ... Carol qual é o nome mesmo ? - Ela veio até a mim, segurou minha mão.

-Ela teve um aborto espontâneo, o bebê não se sustentou, e morreu, eu sinto muito...

Fiquei sem ar, sem acreditar, como assim ? Era culpa minha se eu não tivesse ido embora tão rápido, eu poderia ter ajudado eu sei que podia, me levantei me negando a querer abraços, e palavras de conforto, eu não podia ve-lá não queria, era tudo culpa minha. Olhei para o Caíque, que acho que me entendeu, sai do hospital, resolvendo andar sem rumo, me perder, me esconder do medo que me perseguia, por que ? Por que ? Eu tinha fé que iríamos conseguir, eu queria aquela família, como eu sou um idiota. Ela não me merecia, eu não a merecia, eu era um egoísta, um estúpido, tinha que sair da vida dela, eu ia sair da vida dela.

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