P. O. V DAY
5 Meses. Fazem 5 Meses que a Carol sumiu e não temos a menor pista de como a encontrar, eu nem preciso dizer que não teve natal nem ano novo pra nós. Eu comecei a beber muito pra ver se conseguia sair um pouco daquele desespero, tentava pensar que a Carol ainda ia passar por aquela porta do meu apartamento e ia me dizer que tava tudo bem. Sonhava sempre com a Carol e em todos os sonhos ela me dizia que tinha feito nosso bebê morrer e eu sempre acordava chorando em pânico, os pais dela ficaram mais próximos de mim e da minha família e todos tentavam ser suporte de cada um, mas comigo aquilo não funcionava. Eu não conseguia parar de me culpar por aquilo, se eu tivesse acordado antes teria ido junto a ela aonde quer que ela tivesse ido, se eu tivesse feito isso ela estaria aqui, junto do meu filho, mas ela não tava e agora tinha um detetive na minha casa me fazendo várias perguntas sobre a Carol e a vida dela.
Detetive_Tem alguém ex seu ou dela que talvez possa ser suspeito?
_Eu tive uma ex namorada, Daniela Smith que já quis voltar e eu recusei, mas não sei se ela faria algo desse tipo. E a Carol tem um ex namorado abusivo, o nome dele é dreicon, ele já agrediu ela fisicamente e já foi parar na cadeia por isso, mas os pais são ricos e deram um jeito de tirar ele de lá.
Detetive_Esse Dreicon se chama Dreicon Bewiley?
_Sim, ele mesmo.
Detetive_Ok Dayane, olha, sei que já se passou muito tempo, mas iremos encontrar ela. Tenha fé. - Ter fé.. Era tudo que eu ainda tentava ter. Depois dessas perguntas ele saiu e meu celular tocou então eu o atendi
_Dayane por favor rastreia essa ligação meu amor, você vai me encontrar, eu amo você por favor não esquece disso e não esquece de mim. - Eu ouvi aquela voz de choro, medo, terror e pânico e comecei a chorar, gravei aquela ligação e assim que ela disse "Não esquece de mim" ela desligou, eu não sabia o que pensar e só mandei aquilo pro detetive que me disse que era uma ótima pista e aquela noite eu não dormi de novo, só passei bebendo whisky puro e nem sei como consegui não passar mal dessa vez. Quando acordei de manhã tinha várias ligações do Bruno e mesmo com aquela ressaca terrível que eu tava, eu resolvi retornar e ele logo atendeu
_Bruno que foi? São 9 da manhã r você tá me ligando pra que?
_Dayane encontraram a Carol por causa daquela ligação que ela te fez, por favor vem pra casa da tia Selma agora, os detetives tão aqui e tão querendo arrumar uma armadilha pra pegar quem sequestrou a Carol - Quando ouvi aquilo eu nem respondi, tomei um banho gelado e rápido pra logo ir pra casa da minha mãe, assim como o bruno havia pedido.
Detetive_Dayane nós só precisamos que faça uma coisa, bata no portão daquele lugar e espere a pessoa que sequestrou a Carol, não tem perigo nenhum. Assim que alguém aparecer nós iremos invadir o lugar.
_Ok, eu vou.
Selma_Dayane por favor não faz isso, ainda sim é arriscado, não tem outro jeito detetive?
_Mãe, a Carol tá lá, meu filho tá lá. Não importa o perigo, eu vou ir e vou tirar a Carol daquele lugar o quanto antes.
Detetive_Nós podemos fazer isso hoje mesmo
_Claro, eu quero tirar ela de lá o mais rápido possível.
Assim que terminamos a conversa ele pediu pra eu o acompanhar até a delegacia e assim eu fiz. Peguei meu carro logo em seguida e fui em direção a um tipo de galpão bem afastado da cidade, era um lugar vazio sem nada, nenhum tipo de comércio ou algo do tipo. Vários carros da polícia me seguiam, mas afastados pra não suspeitarem de algo. Assim que cheguei lá eu bati e vi a Daniela na minha frente e ao lado dela veio o cara que eu vi na cama com ela quando ela me traiu, não taba acreditando naquela cena e simplesmente fiz o sinal com as mãos pra que os policiais aparecessem e assim eles fizeram.
Policial_É MELHOR SE RENDEREM LOGO PRA QUE UMA BALA NÃO PARE NA CABEÇA DE VOCÊS
Dreicon_Do que vocês tão falando, quem é você garota? - Eu não falei nada e tava com tanta raiva que só dei um soco na cara daquele verme e a Daniela não tinha reação e foi em direção aos policiais, eu entrei naquele lugar e procurei pela Carol por todos os lados, até ver um corredor e ir em direção a ele. Lá havia uma sela e a Carol tava lá, deitada, desacordada e cheia de hematomas pelo corpo, ela tava muito magra e muito pálida. Chamei por um policial pra que abrisse aquela sela e assim ele fez, logo tirando a Carol de lá, não esperei nada e logo a levei pro hospital e assim que entrei com ela eles correram com ela pra uma sala que eu não consegui ver qual era. Liguei pros pais dela e pros meus dizendo que tinha encontrado ela e que tinha trago ela pro hospital, eles chegaram rapidamente e minha mãe tentava me acalmar e dizer que tudo ia ficar bem, mas não ia, eu sei que não ia. Tava tudo errado, a Carol devia estar com uma barriga de 5 meses e a barriga dela continuava reta, nem parecia que ela algum dia tinha engravidado, ela tava quase morrendo naquele lugar por culpa minha, eu não protegi ela, não cuidei dela.
