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As malas pareciam ter sumido magicamente. Os primeiranistas foram guiados até o salão principal onde seriam designados para suas futuras casas.

As amigas seguravam firmemente as mãos uma da outra. Com sorrisos e olhares curiosos e brilhantes que varriam todo o grande salão.

Sirius e James andavam animados e com os mesmos olhares que as meninas para com o local. Já Remus, que já era considerado alto para sua idade, andava tímido, como se preferisse ser invisível, mas ainda assim, seu olhar brilhava com os detalhes dalí.

Um rapaz baixinho e rechonchudo apareceu ao lado das meninas, ficando entre elas e Remus. Remus logo notou que o rapaz estava tão deslocado quanto ele e tratou de logo puxar conversa.

A seleção começou por ordem alfabética. Logicamente, Luna iria antes de Romina.
James foi o primeiro dos conhecidos a subir nos degraus e receber o chapéu seletor na cabeça.

- Grifinória! - o chapéu berrou com pouquíssimos segundos de escolha.

Logo, a vontade de Luna de ir para a Grifinória cresceu, seria ótimo já conhecer mais pessoas da mesma casa.

O nome de Luna foi chamado. Ela sentia que ia vomitar. Odiava ser o centro das atenções. Antes de dar o primeiro passo, Romina segurou firmemente a mão da menina e deu-lhe um sorriso caloroso. Luna sorriu de volta e olhou na direção de Remus, que também sorria carinhosamente para a menina.

- Vá lá e volte com um grifinória, Luluzinha! - James bateu nas costas da menina a empurrando.

Ela se sentou e no mesmo segundo que o chapéu lhe foi colocado, uma voz ecoou em sua mente.

- Humm... Criativa, quantas histórias cabem nessa cabecinha, hum? - Ela não tinha certeza que deveria responder, e se o fizesse, deveria dizer em voz alta ou o chapéu a ouviria pensar? - Dormir com um lobisomem não é tarefa fácil, hein?

- Por favor, não diga nada! - ela pensou involuntariamente. - É segredo...

- Humm... corajosa... - a menina estufou o peito, nem se importava por ter sido mentalmente ignorada, mas sim! Ela era corajosa quando não se tratava de insetos nojentos e... ratos, e talvez aranhas... - Poderia ser uma grifinória.... mas realmente, levanto em consideração que... CORVINAL!

O chapéu disse em bom tom e algumas pessoas com vestes azuis comemoraram. Luna ficou contente, pois era a casa que, hipoteticamente, seria de sua mãe.

Ela correu para os fundos do salão, ficando ao lado da amiga.

- Agora eu tenho que ir pra lá também, né? - Romina estava roendo as unhas.

- Acho que sim... - a Santiago estava tão nervosa quanto a amiga. A amizade fresca que as meninas estavam cultivando era tão sincera que sequer o pouco tempo a deixava rasa.

Não demorou muito e o nome de Romina foi chamado.

Romina se sentou e tudo ficou em silencio por alguns instantes. Luna repetia baixinho e de dedos cruzados "corvinal, corvinal, corvinal".

- CORVINAL!

A cara de espanto e felicidade no rosto das duas meninas foi tão espontânea que James teve que se concentrar em fazer alguma piadinha a respeito das meninas. Romina foi saltitante até a amiga nos fundos da sala.

- YEEESS! - As duas se abraçaram com entusiasmo.

- Ah, qual é! Precisamos de meninas bonitas da grifinória. - James disse erguendo as mãos em um gesto exagerado.

Ran Before The Storm - Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora