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Eles caminharam tanto que Luna sentia os tornozelos doerem e as panturrilhas queimarem. Estavam todos em suas formas humanas. Sirius queria que estivem todos em suas formas animagas e que James carregasse Remus e Romina nas costas, mas o moreno reclamou e deixou claro o quanto o apetecia seguir as regras de nada-de-magia-fora-de-Hogwarts.

Romina e Peter dividiam o peso de uma grande cesta de piquenique, o que fez Luna pensar por mais algumas vezes que estavam indo até uma oferenda.

- Onde estamos? – Luna tentou extrair informações pela décima vez desde que saíram dos domínios da escola.

- Chagando, Santiago. – James estava com um facão na mão e ia batendo em alguns galhos a frente, se sentia um aventureiro voraz e temido pelos seus inimigos.

- Você parece um elfo tirando poeira. – Sirius riu da cara indignada do amigo.

- Pois fique sabendo que sem mim, seu cabelo estaria cheio de teias de aranha.

- Como o seu?

James gemeu e sacudiu os cabelos.

- Isso é nojento, cara! Uh!

James reclamava e todos riam, Romina sentiu pontadas no ombro esquero e, ao pedir para revezarem o lado da cesta, Peter se ofereceu para carregar sozinho. Rommy achou de uma natureza extremamente cavalheira, mas se limitou a agradecer e dar um sorrisinho.

- Chegamos. – Remus apertou a mão de Luna com força assim que avistou um pequeno chalé a sua frente. – Preparada?

Luna olhou para o chalé, havia uma fraca luz serpenteando pela janela que ela deduziu ser de velas. Observou a cobertura do local que parecia ser feita de folhas velhas e secas. As paredes pareciam de barro e tijolos e tudo parecia ter sido feito a mão.

- Eu estaria se soubesse do que se trata. Não tem um cadáver lá dentro, né?!

Ela tinha várias hipóteses, mas não queria se frustrar. Remus deu-lhe um peteleco na pontinha do nariz e sorriu. 

Lupin fez uma batida característica na porta e abriu. Deixando Luna entrar logo em seguida.

Ela soltou um gritinho e saiu correndo para pular nas costas do tio.

- Não acredito! – ela tinha os olhos marejados enquanto afundava a cara no peito de Guildo.

- Mi pedacito de cielo! – Guildo apertava Luna com tanta força nos braços que Sirius se perguntou se ele poderia quebrar a pequena menina ao meio. A gargalhada grave do homem ecoava pelas paredes da pequena cabana.

- Vocês! Como? – Luna se virou para os amigos.

- Romina sabia como encontra-lo, Remus é genial. Eu não desisto nunca e Sirius é bonito. – James deu de ombros. – E Peter é um rato.

- Você sabia disso?! – Luna olhou perplexa para Romina.

- Ai, Lu! Você não faz ideia do quanto foi difícil esconder esse segredo de você, eu sentia que poderia explodir a qualquer momento, ou que ia vomitar, ou sair correndo e gritando no corr...

- A gente entendeu, Rommy. – Sirius deu dois tapinhas no ombro da amiga emocionada.

Ela riu e abraçou cada um dos amigos em forma de agradecimento. Por fim, abraçou Delilah, a então companheira de seu tio, que estava acanhada num cantinho do pequeno chalé.

Logo se sentaram no chão, estenderam uma toalha que puseram os comes e bebes sobre um lençol esticado no chão com algumas almofadas que estavam dentro da cesta graças a um feitiço.

Ran Before The Storm - Remus LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora