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Pov Rui

O meu tio e pai juntos eram uma arma potente, quando se junta a minha tia, não há quem os pare.

Ouvi todo o tipo de histórias, especialmente dos meus avós. O meu avô Luke tem o costume de guardar coisas, e mostrou-me imensas fotografias da equipa da minha mãe quando era adolescente. Do meu pai, e contou-me tudo sobre a guerra mortal.
De como foi tudo culpa do meu tio, irmão da minha mãe.

Sempre admirei a união que a equipa parecia ter nas histórias. O meu avô dizia que eles se protegiam uns aos outros sem pensar duas vezes. Eu sempre quis isso, quis me sentir parte de um grupo onde sei que se desaparecesse, essas pessoas iam andar pela terra inteira a minha procura.

No dia em que conheci a Sara e a Mariça, não pensei que teríamos um laço assim tão forte. Durantes os primeiros tempos senti-me há mais. Afinal elas eram primas, tinham estado a vida toda juntas, treinavam juntas. Sentia que não ia haver espaço para mim. Mas estava errado, claro.

Muitas vezes havia assuntos que a Sara só falava comigo, e eu com ela. E o mesmo se sucedia com a Mariça. Quando a Angie chegou, eu fiz o famoso clique com ela. Ela entendia-me melhor que qualquer pessoa e estava sempre disposta a ouvir-me falar de assuntos que mais ninguém queria. Dizem que é normal, gostares mais de uma pessoa num grupo, isso é a que torna tua melhor amiga. Mas no nosso, não há bem a situação de gostar mais.

Eu gosto de todas, procuro mais a companhia da Angie porque bem ou mal sou calmo tal como ela. Mariça e Sara tem ambas um fogo com entusiasmo que é difícil acompanhar. Mas há dias que só consigo estar com uma delas porque preciso mesmo de me sentir vivo. Suponho que as amizades sejam assim, que nos complementemos e estejamos felizes juntos.

É assim que o meu pai fica com os meus tios por perto. Feliz, mais livre e parece mais rebelde. Como se não tivesse de ser a pessoas responsável na zona e pudesse ser ele.
Nós tínhamos chegado ao instituto quase a meio da noite ninguém disse grande coisa exceto que nos reuníamos de manhã. Que foi o que fizemos, eram dez e tal da manhã quando eu bati a porta do escritório do meu pai, tendo até alguém a me abrir a porta.

"Querido sobrinho!" A minha tia Izzy disse enquanto abria o resto da porta.

"Tia!" Disse abraçando-a. Ela abraçou-me com imensa força.

Quando nos separamos eu pude ver o interior do escritório do meu pai, mais cheio do que habitual.

"Olá puto!" Tio Simon cumprimentou a esfregar o meu cabelo.

"Olá tios." Eu ri-me.

"Bom dia filho, parabéns por seres o primeiro." O meu pai disse a rir. "O resto está morto para o mundo."

"Mas isso já é costume." Disse.

"Já ouvimos falar que a última noite foi forte." Izzy disse e acho que se referia a discussão com equipa de Alec.

"Não estava à espera." Tio Alec disse e parecia sincero.

"Eu estava." Izzy disse. "Eles são uns fedelhos mimados, têm sido toda a vida."

"Zayn não." Defendi logo. "Ele veio."

"Não digo que seja todos" Izzy disse.

"O Liam também não é mau." Simon defendeu-o. "Muito terra a terra, e boa pessoa."

"Ele ficou." Informei.

"Eu sei." Simon suspirou. "Ele leva a situação de ser líder a sério, nunca deixaria a equipa."

"Devia." Jace disse a rir. "Desgraça de equipa."

"Jace." Alec avisou. "Eles eram bons antes."

"Sim, sim." Jace descruzou as pernas que tinha em cima da mesa. "Eles iam trair-te."

ParabataiOnde histórias criam vida. Descubra agora