Pondo em prática

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 Saint Paul, Minnesota

 - Bom dia. - Austin aparece na cozinha com uma cara rabugenta, com sono, e sem o mínimo humor. Ele é sempre assim pelas manhãs. Por ele, passava as vinte e quatro horas do dia dormindo.

- Dia. - falo comendo cereal.

- Olá querido. - mamãe diz bagunçando seu cabelo como fazia quando Austin era pequeno.

- Então... que horas aquela sua amiga vem filha? - mamãe perguntou arrumando algumas coisas no armário da cozinha.

 - Daqui a pouco.

 - Quem é? - questiona Austin se sentando na mesa a minha frente.

- Victoria.

- A bruxa. Entendi. Mas, para que?

- Ela vai me ajudar com algo.

- Que é?...

- Enfeitiçar esse cordão aqui. - mostro para ele um cordão, que estava no bolso do moletom cinza que estava usando.

- Como? - ele faz uma careta.

 - Usando flor de acônito.

- Bom, boa sorte para vocês e cuidado. Eu estou indo para a floricultura. - mamãe se despede de nós - Vocês vão ficar bem aqui? 

- Eu vou ficar jogando videogame. - diz Austin. 

- Irei ficar bem. - falo sorrindo.

- Então tchau. - mamãe diz. - Me diz uma novidade, senhor Austin. - mamãe diz bagunçando o cabelo dele por uma última vez. E sai de casa.

Como é final de semana - e minha mãe faz o horário dela -, mamãe entra mais tarde e sai mais cedo.

O cordão que iria usar era uma pedrinha da cor azul-água. Fora um presente de mamãe quando fiz dezessete anos.

- E isso vai funcionar Bella? - Austin pergunta apontando para o cordão no meu bolso.

- Hoje veremos.

-E se não funcionar?

Apenas dou de ombros. Austin faz o mesmo e sobe para o quarto.

Decidi não falar sobre o problema de Victoria com magia pura e negra. Pelo que ela me explicou mais tarde, ontem a noite, a magia negra está sendo "tirada" dela aos poucos, mas está saindo.

Ela me disse que todo dia, quando chega da escola, ela faz sessões com a tia dela, Elisabeth - também bruxa -, e é o que está ajudando ela.

Mas há ainda um certo desequilíbrio na magia dela. Pequeno, mas há.

- Carro prata se aproximando da residência dos Collins. - Austin anuncia.

Levanto da mesa e vou até a porta da casa.

O carro estaciona na frente de casa. A ruiva desceu do carro. Assim que me viu, deu um sorriso. Retribui o sorriso.

 - 12:30 eu venho te buscar. - diz a tia dela do carro.

- Ok tia.

Ela pega a bolsa dentro do carro e fecha a porta.

Dou um breve sorriso para a tia de Victoria, que me devolveu um sorriso simpático e amigável.

O carro dá "meia volta" na rua e segue caminho, sumindo pela rua.

Eram em torno das 9h30min am. O sol nebuloso do dia dava um ar sombrio para a rua, até porque ainda era verão. O bosque na parte de trás da casa estava com uma certa névoa, escura e silenciosa.

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