Donzela em apuros

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Saint Paul, Minnesota

Estou aqui novamente. Correndo entre a densa floresta. Nada faz sentido, como da outra vez: não sei para onde estou indo. Mas algumas coisas são familiares.

Ainda é como o outro sonho que tive. A mulher aparece diante de meus olhos. Paro bruscamente ao ver a mesma do meu outro sonho. A sensação de perseguição é horrível, mas esse rosto já é reconhecível.

- Fica longe de mim!

Seu rosto agora era diferente. Não bem o rosto, mas a expressão. 

- Calma Isabella, há dois lados da história e você terá de entender.

- Saia daqui. Eu não te conheço. Como sabe meu nome?

- Há de tomar cuidado com eles dois. 

 - Quem? Quem é você? Por que não me deixa em paz?

 - Eu estou tentando te salvar. - diz a mulher desconhecida por mim, tentando me acalmar. - Eu só digo uma coisa... Angeline.

Abro os olhos bruscamente. Como na vez que sonhara com a mesma mulher, se é que são a mesma pessoa.

Estou ofegante e suando frio. Esses sonhos tem de parar. Eu preciso descobrir o que é isso, mas não sei nem por onde começar.

Me levanto da cama e pego a toalha de banho.

Tudo ainda é nítido demais. Parece que sua voz ainda ecoa na minha cabeça. 

Entro no banheiro e ligo o chuveiro. Deixo a água esquentar.

- Acordou cedo hoje. - diz mamãe.

Ela pega algumas roupas sujas no banheiro, as que ficam no balde.

- É... estava sem sono. Não consegui dormir. - checo a temperatura da água. - Mãe, acho que a pressão da água está ruim. Não esquenta.

- Vá no banheiro do seu irmão. Ele já tomou banho. Tem treino mais cedo hoje.

- Tá legal. - desligo o chuveiro.

Pego a toalha e minhas roupas e saio do quarto. Poucas vezes entrei no quarto de Austin. É estranho.

Entro no quarto do meu irmão. O quarto era escuro, frio. Dificilmente entra luz dentro desse quarto, pelo que vejo. Era até arrumado, exceto por algumas roupas nos pés da cama de solteiro.

Caminho até o banheiro do quarto, porém, não consigo deixar de notar alguns papéis na escrivaninha. Estavam espalhados. Como que jogados. 

Sou levada pela curiosidade, e me aproximo da escrivaninha.

Havia de tudo. Desenhos, textos escritos e impressos, coisas até escritas pelo próprio Austin.

Pego um dos papéis com algo escrito.

- Você só pode estar brincando comigo... - sussurro com a mão na boca.

Austin estava desenvolvendo uma pesquisa completa, sobre lobisomens.

Havia coisas sobre linhagens, como um lobisomem se transforma em um, meios de matar eles. Entre outros.

E não acabava por aí!

Além de pesquisas sobre matilhas, e como funcionam, tinha desenhos feitos a mão, pelo meu próprio irmão.

Mapas, anotações dele… o que ele planeja com isso? Ah não...

Em um breve momento, ele terá de me explicar, o porquê de tudo isso.

(...)

- Tenham uma boa escola. - disse mamãe se despedindo de nós.

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⏰ Última atualização: Aug 01, 2020 ⏰

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