Nossa salvação

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Saint Paul, Minnesota.

- Bom, o que exatamente tem para me contar, Bella? É sobre o propósito, certo? Não é sobre George... - mamãe pergunta enquanto se serve de café e come torradas.

- Não, não. É sobre o propósito. - explico. - Como você sabe, tenho que salvar Christopher em minha visão, certo?

- Ok. Isso eu já sei. - ela fala assimilando as coisas.

- Só que tem uma... garota, chamada Victoria. Ela é uma amiga minha. E eu descobri... que ela é diferente do que aparenta.

- Como assim?...

Ela franze a sobrancelha em dúvida.

-Ela é... um sobrenatural?

- Sim, foi assim: teve uma aula que nossos dedos se tocaram, e eu senti um tipo de "choque" no corpo, uma vibração. Depois eu fui descobrir... ela é uma bruxa.

Mamãe olha para mim depois murmura analisando o que eu acabara de dizer.

- Uma... bruxa?

- Exatamente. - assenti com a cabeça.

- E quem ela sabe... que não são "normais"?

- Eu, você, até porque... você é minha mãe, Stephanie, Katherine, e Austin.

- Tá legal, tá legal...

- E... eu tive a visão. Só que nessa última era diferente de tudo. Havia um... uma... um lobo numa das montanhas ao redor do lago. De pelo branco com algumas manchas cinzas, olhos azuis claros, e grande. Alto o suficiente para me derrubar no primeiro salto.

- Ok... você... tem certeza? - minha mãe questiona tão chocada quanto eu. Tanta informação de repente. Ela provavelmente está pensando em colocar seguranças especiais para me vigiar o dia inteiro.

- Tenho. Ela deu um uivo, em seguida, desceu a montanha. Certamente, vindo ao meu encontro.

Mamãe fica um tempo em silêncio, com as mãos juntas na altura dos lábios, como se estivesse a rezar.

- Então está realmente acontecendo... - ela fala para si mesma. Sua face está branca, e a preocupação evidente.

- O que está acontecendo? - disse. - O que vai acontecer? - corrijo a pergunta.

- Eu preciso ter certeza disso. - minha mãe diz se levantando e andando até a escada, em direção à seu quarto. Provavelmente indo pesquisar algo no computador.

- Eu preciso de respostas!

Era isso. Mil perguntas. Nenhuma resposta. Ela ia falar, certo?

Me jogo na poltrona na sala, ao lado do sofá acinzentado. A poltrona tinha uma colcha de retalhos, na qual fora feito por vovó, e nos dado de presente no Natal, o que me fez lembrar da vida calma e tranquila que eu levava em Washington.

Fecho os olhos, mas no mesmo instante que faço isso, um barulho de pneu de carro lá fora, me faz ir lá fora ver o que era.

De dentro do carro, sai Amber e George. Assim que me vê, Amber abre um sorriso. Simpatizei com ela, como... se tivéssemos um laço de irmã, entre nós. George apenas dá um sorriso recatado e sem jeito. Faço o mesmo. Acho que as coisas estam se acertando. Acho... não tenho idéia.

- Bom dia. - falo assim que eles chegam na varanda.

- Oi Isabella. - Amber diz ao me abraçar. Meio sem jeito, retribuo.

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