Capítulo 24

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Olá, postando o que faltou ontem. Espero que gostem. Não esqueça de votar :)


Manoela

Passada a crise de riso, a reunião foi cansativa, estou a cada dia gostando menos do meu trabalho. E isto provavelmente por não estar fazendo o que eu realmente gosto, que é Sistema de informação o que não tem nada com a área administrativa.

Depois da reunião pesquisei sobre meu suposto pai biológico, e descobri o porque nenhum dos filhos pode doar um rim para ele. A doença que ele tem, é hereditária, ou seja, todos os filhos podem desenvolver. Doença renal policística autossômica, é geralmente passada para o filho, e ele pode desenvolver já na idade adulta. Se nenhum dos outros filhos podem doar, eu também não posso.

Li todo o artigo médico sobre a doença, e cheguei à conclusão, que primeiro farei o teste, para saber se eu a tenho, além de testar Aninha, e em segundo, a conclusão que me doeu. Ele não se importa comigo, realmente não de importa, ninguém ali. Primeiro tentam me matar, tenho certeza que era para conseguir alguma doação direta, e em segundo ele vêm me ver depois de tantos anos, e apenas para ter um rim, e que se dane se eu desenvolver a doença amanhã e só com um rim impossível sobreviver.

Pensei que não me importava mais com este assunto, pai biológico, mas me enganei quando percebi que estava chorando, magoada.

Fui almoçar, e na hora do almoço, liguei para Thiago, que me explicou mais sobre esta doença, e faria o teste com o sangue que já tinha colhido da Aninha, amanhã no retorno dela, também farei o teste.

Mas a melhor solução é a prevenção, então de hoje em diante controlarei o sódio, e cortei o refrigerante da minha vida.

Na volta do almoço vejo "o doador de esperma na recepção, junto com a Lucimara, minha suposta irmã, e mais dois rapazes, pareciam agitados. Já eu me senti tão magoada que queria passar direto.

- MANOELA, ESPERA, QUEREMOS FALAR COM VOCÊ É IMPORTANTE. Lucimara fala mais alto, chamando a atenção de quem estava passando.

Me aproximo, com Quézia ao meu lado, já que almoçamos juntas.

- Falar o que? Que a doença que seu pai tem é hereditária? E por isto nenhum dos filhos podem doar o rim para ele? E que isto deveria me incluir também? Mas eu não sou filha não é mesmo? Fui abandonada com 4 anos, e desde então ele não me vê como filha, então não teria problema me enganar, para que tivesse sua peça de reposição. Falo me sentindo amarga.

- Como você soube? Ela pergunta surpresa.

- O prontuário dele esta no sistema do SUS, não é difícil de acessar, aliás dele e de todos vocês, todos fazem acompanhamento para o mesmo problema, mesmo que não tenham sintomas. Mas ao me encontrarem, preferiram me esconder sobre a chance de eu ter esta doença. Só precisavam do meu Rim, não é mesmo?

- Mas a chance de desenvolver é pouca, sabe? Nenhum de nós desenvolvemos. Mas precisamos que retire a queixa contra nosso irmão. Lemuel não te derrubou de propósito, foi um acidente. Lucimara esta aflita.

- Acidente? Braço direito quebrado, 6 costelas fraturadas, quadril trincado, lesão na cabeça, chegou a quebrar meu capacete, levei doze pontos na cabeça. E ele fugiu do local, não feliz passou a me perseguir, desde aonde eu moro, até mesmo quando estava com minha filha no carro, fomos perseguidas. Eu não sei da índole do seu irmão, mas o que eu sei, é que ele é capaz de matar sim, por que quase me matou. Passou dias me seguindo, até mesmo tarde da noite, enquanto voltava na faculdade. Eu sei que gosta do seu irmão, mas retirar a queixa não é algo que eu farei. Não o conheço, e o que pude perceber é que ele é perigoso.

A Secretária - CONCLUÍDA - SEM REVISÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora