Amor Por Contrato | Gicela

Eu Aceito

Gizelly POV

Gizelly estremeceu quando a Srta. McGowan abriu a porta, afundou no assento do motorista e fechou a porta violentamente.

"Você já se decidiu?"

Que tipo de mãe ela seria se não aceitasse a oferta? Oferta? Isso é chantagem. Mas André ainda iria querer "pagamento" por emprestar seu carro, e parecia que ele havia perdido a última modéstia em relação a ela. E se ele esperasse mais do que apenas o aluguel dela agora?

E David. Ele era um cara legal, mas ele não iria continuar permitindo que ela fosse para casa mais cedo ou não aparecesse quando Joaquim estivesse doente novamente. Sem mencionar a mercearia. Era apenas uma questão de tempo até que ela perdesse o emprego se as coisas continuassem assim.

"Assim que você assinar o contrato, eu vou pagar a conta do hospital para o menino", disse McGowan.

"Quantas horas por semana eu teria que estar... hum, disponível para você?"

Marcela piscou. "Horas? O tempo todo, claro. Por quê?"

O tempo todo? "Você quer que eu desista do meu emprego?"

"E daí?"

"Você deve estar brincando comigo." Gizelly respirou fundo, esperando que isso a ajudasse a se acalmar. Não ajudou. "Isso não vai funcionar. Quando esta coisa terminar, eu estaria desempregada e..."

"Corte a porcaria. O que eu pago mais o seu bônus no final deve ser mais do que suficiente para durar até encontrar algo novo. Além disso, quão difícil pode ser encontrar um emprego como garçonete ou caixa em uma mercearia?"

A Srta. McGowan se mexeu impaciente em seu assento. "Sim ou não? Eu quero sua decisão agora."

Decisão? Não tinha decisão a fazer além de fazer o que a Srta. McGowan exigiu. Joaquim precisava da cirurgia agora, não em alguns meses ou um ano. Uma chance como essa acontecia uma vez na vida. "Eu..." O coração de Gizelly estava batendo descontroladamente como se estivesse tentando sair de seu peito. "Eu aceito."

Por alguns segundos, a srta. McGowan olhou para ela como se não tivesse certeza de tê-la ouvido corretamente. Então um largo sorriso se espalhou pelo rosto dela. "Viu, isso não foi tão difícil." Ela deu uma tapinha no ombro de Gizelly.

Ela se encolheu ao toque.

"Você está fazendo a coisa certa."

Gizelly não tinha tanta certeza disso.

A Srta. McGowan pegou o recipiente de comida vazio, abriu a porta e jogou-a em uma lata de lixo ao lado do veículo. "Vamos pegar seu carro e levá-lo de volta." Ela fechou a porta.

Gizelly mordeu o lábio. Espero que André tenha desmaiado agora.

A Srta. McGowan ligou o carro e saiu do estacionamento. Olhando rapidamente para Gizelly, ela disse: "Algo em sua mente que eu deveria saber?"

Ela tem que saber que André pode estar esperando por mim. "Estou preocupada em com o que devo pagar por emprestar o carro".

"Seja o que for, eu pago."

"Você não entende. André, meu senhorio, é o carro dele. E ele... ele não quer dinheiro pelo carro. Pelo menos isso não é tudo o que ele quer."

"Então, o que ele quer?" McGowan acenou com a mão como se quisesse se livrar de uma mosca irritante. "Você sabe o que? Eu não me importo com o que ele quer. Nós damos a este Endril..."

"André"

"Tanto faz. Colocamos uma nota de cem no carro dele e é isso." Ela não tinha certeza do que a deixou mais irritada: ser tratada como uma criança ou que a Srta. McGowan estava prestes a gastar tanto dinheiro em seu nome. Não há nada que eu possa fazer sobre isso.