Você Me Tira O Folêgo

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Marcela POV

Gizelly se aconchegava em Marcela.  Abaixo do pijama, a mão quente da morena acariciava lentamente a pele de sua barriga. A cabeça dela estava em seu ombro e sua respiração tranquila fazia cócegas em seu pescoço, causando as mais agradáveis sensações por todo seu corpo.

Ela respirou fundo e apreciou o cheiro do xampu de Gizelly e seu aroma atraente e único. Que sonho maravilhoso! Com sorte, ela não acordaria tão cedo.

Espere um minuto! Por que ela não conseguia ver nada, se isso era um sonho?

Quase com medo do que poderia descobrir, ela lentamente abriu os olhos.

Oh meu Deus.

Gizelly estava de fato deitada aconchegada nela. Sua respiração era constante e lenta.

Em todas as noites em que elas compartilharam uma cama, algo assim nunca aconteceu. Nem mesmo quando Joaquim dormiu com elas e a morena esteve mais perto dela do que o habitual.

Mas agora a morena estava aconchegada a ela. E ela obviamente a envolveu em seus braços enquanto dormia. Eu deveria acordá-la. Ela não gostaria do fato de eu estar segurando ela assim.

Por outro lado, ninguém se machucaria se ela aproveitasse por mais alguns instantes. Era totalmente inofensivo. Era como... como quando ela abraçava Joaquim. Bem, não exatamente assim.

Ela respirou fundo, inalando o cheiro de Gizelly e relaxou em seu toque. Ela fechou os olhos e ouviu a respiração regular da morena.

Tinha que ser um sonho depois de tudo. Nada parecia tão bom na vida real.

(...)

O colchão afundou. Então algo beliscou sua perna antes de apertar seu ombro.

O corpo quente e macio ao lado dela se parecia exatamente com seu sonho de estar abraçada a Gizelly enquanto dormiam, mas todo esse movimento não. Ela forçou seus olhos abertos. "O que-?"

"Mamãe, Marcela, acordem! Já é de manhã e Papai Noel trouxe presentes. Eles estão todos embaixo da árvore de Natal." Joaquim se contorceu entre ela e as pernas de Gizelly, agarrou o ombro de Marcela e apertou-o por tudo que valia a pena.

Gemendo, ela rolou para longe dele, sentindo algo como uma carícia em sua barriga com o movimento, mas ela estava cansada demais para pensar sobre a causa do prazer da sensação. "Cinco minutos." Ela fechou os olhos novamente.

O colchão mexeu quando Joaquim pulou para cima e para baixo, e o calor que sentiu nas costas desapareceu, deixando um ponto frio em seu rastro.

"Jo, ainda são seis da manhã.", Gizelly gemeu.

Ela olhou por cima do ombro.

A morena que estava muito perto de suas costas, se virou de barriga para baixo e agora cobria o rosto com o travesseiro. "Apenas nos dê mais alguns minutos. Eu prometo que os presentes não vão embora." Sua voz abafada veio debaixo do travesseiro.

Joaquim continuou pulando para cima e para baixo. "Mas eu quero abrir eles agora."

Gizelly gemeu e espiou por debaixo do travesseiro. "Por favor, Joaquim. Você pode se deitar conosco se quiser e dormir mais um pouco."

O salto parou. "Mas eu não estou mais cansado."

Mesmo tendo ido para a cama logo depois de colocar os presentes debaixo da árvore, Marcela ficou acordada por muito mais tempo porque ela ficou pensando nas palavras de sua avó depois da igreja quando elas estavam sozinhas.

Ela havia levado Marcela de lado para lhe dizer novamente que deveria terminar seu relacionamento com Gizelly.

Mas ela não queria pensar nisso agora. Ela iria ignorar, junto com o tremor em sua barriga ao pensar em acordar a abraçando. 

Amor Por Contrato | GicelaOnde histórias criam vida. Descubra agora