Capítulo 5

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Contemple, que tipo de amor o Pai nos outorgou, que fôssemos chamados filhos de Deus

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Contemple, que tipo de amor o Pai nos outorgou, que fôssemos chamados filhos de Deus. Portanto, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.

(1 João 3.1)

Pedro

Depois da nossa caminhada matinal, Talissa foi acordar Anabela; nossa menina não gostava de perder nenhum dia de aula. E ainda mais nessa época do ano, em que os ensaios para as apresentações natalinas eram mais constantes. Até cogitei em levá-la para a viagem, mas dessa vez Anabela não quis viajar, pediu permissão para ficar em Attos com sua avó e seus tios.

Eu e Talissa, em comum acordo, depois de uma longa conversa; decidimos que o melhor era ela ficar na ilha mesmo, porque as aulas escolares estavam nas últimas semanas e em Timor-Leste vamos ficar ocupados demais com a reconstrução da sede. Sem esquecer que todos os dias, Anabela, dedicava-se com afinco na harpa. Eu presenciava seu esforço, o quanto ela era disciplinada na prática desse instrumento. Não só com a música; Bela realmente tinha uma vontade enorme de aprender, sobre as matérias escolares, as Escrituras Sagradas, sobre a vida...

Anabela, irá tocar pela primeira vez no Recital Natalino de Attos, ela estava muito feliz e empolgada e eu, emocionado e admirado. Minha doce filha era uma garotinha musical.

A harpa, um dos instrumentos mais antigos de corda dedilhada, era por muitas gerações- na minha família paterna- o instrumento que possuía um significado muito forte e especial, porque os pais passavam todo o conhecimento que eles adquiriram aos seus filhos, para juntos adorarem a Deus através da música. Fiquei imensamente feliz quando Anabela escolheu a harpa dentre todos os outros instrumentos que mostrei.

Harpa e piano, eram minhas habilidades musicais para adorar a Deus. Tinha um significado profundo para a minha alma, porque foram meus pais que me ensinaram, papai com a harpa e mamãe com o piano.
Deixei a alegria permanecer, com Salmos adorei a Deus:

"Bom é dar graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo. Para anunciar a tua benignidade de manhã, e a tua fidelidade toda a noite".

Nesse exato momento, diante do piano, meus dedos digitavam sobre teclas a mesma melodia do dia que Cristo me chamou. Eu escordava que em uma sexta à noite, inquieto demais para ficar no quarto, tinha decidido ir à sala de música. Foi a primeira vez- depois da morte dos meus pais- em que eu coloquei os pés lá. Algo me puxava para o piano, minhas mãos tremiam e meus pés tinham vontade própria. Com tamanha vergonha fiquei, por causa do meu estado de pecador que tanto me separava de Deus. Meus atos encontravam-se distantes de Cristo.

Desabei em lágrimas quando percebi que Deus me amava, mesmo eu sendo o que era: um pecador. Lágrimas encheram os meus olhos, mostravam-me que um Deus Santo me salvou, então cantei para ele:

"Sou pecador... És Santo Deus. Não ignoras os erros meus. Serão punidos, sem exceção. Tua lei exige condenação. Perecerei, se lembrares todo o mal contra ti! Mas há perdão em ti, ó Deus"
(...)

Amor em Attos 1: Mentiras & Segredos ( REPOSTANDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora