Parte I-Capítulo 1

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Fui crucificado com Cristo

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Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
(Gálatas 2.20)

Talissa

(...)

— Soltem eles! Me matem por favor, minha família não! São minha maior riqueza, tenham compaixão, eu imploro — papai desesperado suplicava aos torturadores. — Eles não! Eles não...

Os quatros agressores gargalhavam às custas do sofrimento da minha família.

Mamãe orou em alta voz:

— Deus, não nos abandone; nos socorre, nos segura em teus braços — a dor consumia minha alma; petrificava o meu corpo, esfarelava meu coração. Eu já não tinha nenhum controle sobre minha sanidade. — Guarda-nos debaixo das tuas asas!

Ela continuou suas preces em silêncio...

Agarrei-me na sensação de que tudo isso era apenas um sonho ruim, minha mente em agonia repetia: Vai passar, vai passar, quando eu acordar tudo voltará ao normal. Terei minha família de volta!

— Não é real. Não é real! Não é real — minha voz saiu como um sussurro doloroso; porém quando percebi que um dos torturadores avançava na direção da mamãe. Bateu e cuspiu em seu rosto, vi que era real, muito real! Nem em meus piores pesadelos, eu cogitaria uma cena dessa. Minha tão amada e preciosa mãe, meu porto seguro, estava deformada. Por quê? Por quê? — Ma...ma...mãe — balbuciei, tomada pelas lágrimas que jorravam sem controle. Não consigo suportar, estou sufocada...

O agressor que feriu a mamãe, entre gargalhadas, proferiu:

— Deus?! Esse aí é a fantasia mais tola que foi inventada — pelo cabelo, puxou a cabeça da mamãe para trás. — Para enganar trouxas como vocês!
Ele sinalizou com a mão para cada membro da minha família. E continuou:

— Esse ser divino não existe e não virá socorrer nenhum de vocês — sua voz gélida me causava arrepios. — Ei, caras! Eles estão esperando o Cristo — risadas ecoaram pela sala. — O "rei" de vocês — ele soltou a mamãe e fez uma reverência debochada. —, se existir, não salvará nenhum de vocês! Nem a si próprio ele se salvou. Quem vocês pensam que ele é?

Ele caminhava pela sala, arrastando uma barra que pegara do chão. O bastão de ferro, em contato com o piso de mármore, produzia um som angustiante. Abaixei a cabeça, abafei os ouvidos com minhas mãos e os pressionei com o restinho de força que ainda havia dentro de mim. Por mais que eu lutasse para não ouvir, era impossível deixar de escutar o eco macabro questionar:

— Que "rei" é esse?

Assustada, levantei minha cabeça e olhei para o dono da voz, porém era o semblante do meu irmão que atraía toda a minha atenção. Ajoelhado, vi o esforço de Rael em se levantar; erguendo sua verdade, como um trovão soou:

Amor em Attos 1: Mentiras & Segredos ( REPOSTANDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora