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Hoje Mary seria liberada do hospital e eu estava tão aliviada por isso. A ideia de que ela tentou se matar ainda me perturbava mas eu tentava esquecer e focar na recuperação dela. O médico sugeriu para que nós levássemos ela num psicólogo, só para ter uma segurança maior de que ela não terá esses pensamentos novamente. Combinei com Prudence que só levaríamos se a mesma se sentisse confortável de ir.

Agora estávamos arrumamos as coisas dela para irmos pra casa... quero dizer, para ela ir pra casa.

- Pronta? - Hilda pergunta animada, como sempre. Desde que Mary e eu começamos uma amizade, Hilda se ligou à ela e hoje não desgruda mais. Digamos que é um sentimento mutual.

- Sim, obrigada, Hildy - ela sorri e eu meu coração acelera.

- Mary... O médico sugeriu para que você vá em um psicólogo mas só se você se sentir à vontade pra isso - início.

- Seria bom... preciso mesmo colocar meus pensamentos no lugar - ela diz em um tom divertido.

- Eu... Eu posso levar você - digo um pouco tímida.

- Tudo bem, obrigada - ela dá de ombros.

- Eu preparo o almoço hoje - Hilda diz quebrando o gelo que havia se instalado no caminho para pegar o carro no estacionamento do hospital.

- Eu posso dar um jeito na sobremesa - Prudence diz.

- Eu posso... Eu posso ajudar a Hilda - digo e todas riem.

- Princess rainbow, você é um desastre na cozinha e eu tenho provas concretas disso - Mary diz com um sorriso.

Meu coração se aqueceu por completo ao ouvir o apelido que ela mesma havia colocado em mim.

- Princess rainbow? Eu achei que você era a mais gay dessa relação - Prudence nos encara com um sorriso.

- Acredite, ela é pior do que eu - Mary diz rindo.

- Ei, eu não sou tão gay assim - retruco.

- Conta outra - minha irmã resmunga.

- Hilda!

- Mas não é verdade? - ela diz.

- Sabemos que é - Prudence e Mary dizem em uníssono.

- Pura invenção - reviro os olhos e sorrio.

- Tá princesa gay, entra aí 
- Prudence praticamente me empurra para o banco de trás e logo em seguida, Mary se senta ao meu lado.

- Os cintos - Hilda avisa do banco da frente.

Coloco o meu e Mary coloca o dela.
Prudence arranca com o carro e pegamos um engarrafamento horrível mas que fez Mary tombar sua cabeça em meu ombro, como costumávamos fazer antigamente.

- Está cansada? - pergunto baixo e vejo Prudence nos olhar pelo retrovisor, com um sorriso nos lábios.

- Um pouquinho - ela responde e se aconchega mais em meu corpo.

- Eu me sinto horrível - falei baixo para que somente ela ouvisse.

- Eu também me sinto assim. Nós duas somos culpadas pelo o que aconteceu - ela diz baixo também.

This Is So Wrong •Onde histórias criam vida. Descubra agora